Audiência pública em Guarulhos contra fechamento da FURP

No último dia 04/10, a Câmara Municipal de Guarulhos realizou audiência pública para denunciar as graves consequências que a proposta do governado João Dória trará caso a Fundação para o Remédio Popular (FURP) seja fechada. A Fenafar foi representada pelo diretor do Sindicato dos Farmacêuticos do Estado de São Paulo, Bruno Fernandes.

A audiência lotou o plenário da Câmara com funcionários da FURP, e teve participação de lideranças do movimento social, sindicalistas de outras categorias (bancários, condutores, químicos), vereadores e deputados.

A audiência discutiu os impactos do fechamento da Furp, como o fim da produção de medicamentos para a tuberculose — que só é feita pela FURP — e a capacidade de transferência de tecnologia.

O diretor do Sindicato, Bruno Fernandes, destacou que a luta contra o fechamento da FURP é um movimento de defesa da “soberania e independência nacional e garantia de acesso de populações vulneráveis a medicamentos. Além de ser uma questão de otimização de recursos do Estado, uma vez que a FURP garante a produção de medicamentos a preços mais baixos para mais de 3 mil municípios”.

Leia mais: Nota da Fenafar e do Sinfar-SP sobre o fechamento da FURP

O farmacêutico também alertou para os prejuízos sociais que a medida terá. “Cerca de 1000 funcionário perderão seus postos de trabalho. Num momento em que o Brasil tem mais de 13 milhões de desempregados, extinguir mais de 1000 postos é uma irresponsabilidade, uma total falta de compromisso. O governador João Dória precisa saber que nem tudo se resume ao lucro. Os laboratórios públicos não têm que gerar lucro, eles têm que contribuir para a movimentação e para o desenvolvimento econômico, com a geração de empregos, produção de conhecimento, de novas tecnologias. Diminuir a dependência do Brasil para alguns medicamentos essenciais e que não tem interesse para a indústria nacional”, afirmou Fernandes.

Da redação
Publicado em 11/10/2019