Dia Internacional dos Farmacêuticos – nossa homenagem a quem cuida da vida e da ciência

Em meio à Pandemia da Covid-19, os farmacêuticos assumiram papel de destaque no enfrentamento à doença. Seja nas farmácias e drogarias, nos hospitais, nos laboratórios de análises clínicas ou de pesquisa, nossa categoria foi protagonista na luta pela vida.

“Nosso compromisso de lutar todos os dias pela valorização do profissional farmacêutico, de resistir a todo o custo às medidas que retiram nossos direitos ou que modificam as leis que regem o exercício da nossa profissão para atender os interesses mercadológicos, é a maneira através da qual prestamos diariamente nossa homenagem aos farmacêuticos e farmacêuticas de todo o Brasil, uma categoria que é exemplo de dedicação, solidariedade e indispensável para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e digna”, diz Ronald Ferreira dos Santos, presidente da Federação Nacional dos Farmacêuticos.

Ronald ressalta, ainda, que foi a luta da categoria, representada pela Fenafar e seus sindicatos filiados, que garantiu aos farmacêuticos de todo o país o direito ao acesso aos Equipamentos de Segurança Individual (EPI’s). “Muitas empresas tentaram se eximir da responsabilidade de garantir a segurança dos profissionais, a luta para a garantia deste direito foi intensa e, certamente, impediu que milhares de profissionais — que já estão super expostos por estarem na linha de frente no combate à Covid-19 — ficassem ainda mais vulneráveis”.

O presidente do CFF, Walter da Silva Jorge João, também destaca que “nos mais diversos postos de trabalho das mais diferentes frentes de atuação, nós, farmacêuticos, estamos prestando uma enorme contribuição à sociedade, como sempre fizemos”.

Segundo levantamento do Conselho Federal de Farmácia, atualmente os farmacêuticos estão presentes em 135 diferentes áreas de atuação relacionados ao atendimento à população, diagnóstico, tratamento e apoio, prevenção, cuidado, suprimento de produtos, vigilância em saúde e sanitária, pesquisa e tantas outras. 

Durante a pandemia, em cada uma dessas áreas, os farmacêuticos e farmacêuticas, ao lado dos demais profissionais de saúde, se colocaram o desafio de salvar o maior número de vidas, de criar as condições para melhorar a qualidade do atendimento à população, buscando garantir a segurança e reduzir as possibilidades de contágio durante o atendimento, desenvolvendo protocolos para tornar o tratamento dos doentes mais eficaz e humano.

Exemplos que podem ter passado despercebidos, mas que espelham a dedicação e o empenho dessa categoria profissional, estão espalhados por todo o país. Ao ser decretada a pandemia, quando a comunidade científica ainda buscava conhecer com maior profundidade as formas de contágio pelo novo coronavírus, e a sociedade se isolava em casa, os farmacêuticos das cerca de 90 mil farmácias brasileiras, se colocaram a postos para garantir o atendimento aos usuários de medicamentos.

O mesmo ocorreu com os farmacêuticos dos laboratórios de análises clínicas, que, por meio de resultados de exames, apoiam cerca de 70% das decisões clínicas. São dez mil laboratórios de análises clínicas de propriedade de farmacêuticos no Brasil. Assim como as farmácias, esses estabelecimentos nunca fecharam as portas!

Os farmacêuticos também têm atuado nos hospitais, colocando sua expertise a serviço dos pacientes e da segurança dos trabalhadores dessas unidades de saúde. No Sírio Libanês, em São Paulo, farmacêuticos clínicos promoveram ajustes nos protocolos terapêuticos, e conseguiram reduzir em 30% o número de entradas nas unidades de terapia intensiva (UTIs), o que diminuiu a utilização de equipamentos de proteção individual (EPIs). 

A coordenadora do setor, Lívia Barbosa, explica que foi observada a evolução padrão dos pacientes para criar um procedimento que protegesse os profissionais e garantisse o material para aqueles membros da equipe que são indispensáveis nas unidades. Para saber mais acesse https://bit.ly/3kDUcKv.

Os farmacêuticos contribuíram ainda no desenvolvimento de novas tecnologias para a assistência aos doentes de Covid-19. Para ajudar a contornar a crise gerada pela falta de respiradores no mercado, a startup em que o farmacêutico Ricardo Ferreira Nantes é presidente desenvolveu, em um tempo recorde de menos de três meses, o Equipamento de Suporte Respiratório Emergencial e Transitório. A ferramenta é mais barata e utiliza uma tecnologia alternativa.  Para saber mais acesse – https://bit.ly/3hFUxdA

Outro exemplo é um sistema inteligente desenvolvido no Rio Grande do Sul, que auxilia o farmacêutico clínico durante a avaliação do paciente no ambiente hospitalar. Desenvolvido por uma equipe liderada pela farmacêutica Ana Helena Ulbrich, diretora do Instituto de Inteligência Artificial, o sistema cria uma barreira para evitar que o dano de um erro de prescrição chegue ao paciente. Assim, é possível dar maior atenção às prescrições com maior risco de erro, o que aumenta a segurança. Para saber mais acesse https://bit.ly/2ZM7Enq.

Da redação com CFF