O debate sobre ciência, tecnologia e inovação na saúde, deve ser indissociável da participação social

A vice presidenta da Fenafar, Débora Melecchi, participou na terça-feira (02), da reunião preparatória para 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde (CNCTI) que teve como tema a “Saúde como Vetor de Desenvolvimento” e discutiu as estratégias para o Complexo Econômica-Industrial da Saúde e os desafios contemporâneos para a pesquisa em saúde.

Débora, fez parte da mesa de autoridades, representando o Conselho Nacional de Saúde na condição de conselheira nacional de saúde, e coordenadora da Comissão Intersetorial de Ciência Tecnologia Assistência Farmacêutica (Cictaf/CNS).

O encontro em Brasília, reuniu especialistas e pesquisadores da academia e da indústria, tanto pública quanto privada, para realizar debates em torno da Ciência, Tecnologia e Inovação com foco no Complexo Econômico-Industrial da Saúde que é uma agenda política de destaque do Governo Federal.

Durante sua manifestação, Debora Melecchi destacou que o debate sobre ciência, tecnologia e inovação na saúde, precisa ser indissociável da participação social e da necessidade de escutar dos usuários, que serão os beneficiados pelas tecnologias resultantes da pesquisa da academia.

“É essencial promover uma troca de saberes e conhecimentos para implementar o Complexo Econômico-Industrial da Saúde da melhor forma, buscando enfrentar a desigualdade no país por meio de uma ampla articulação das políticas públicas de ciência, tecnologia, inovação, assistência farmacêutica, vigilância em saúde e saúde digital para alcançar resultados significativos.”

A Vice-presidenta da Fenafar destacou também a necessidade de defesa do Sistema CEP/Conep, (Comitês de Ética em Pesquisa/Comissão Nacional de Ética em Pesquisa) responsável pela avaliação ética em protocolos de pesquisa envolvendo seres humanos. Ela defende o empenho e a união de amplas forças sociais e políticas para barrar as alterações propostas pela Lei nº 6007/2023 em tramitação no Senado Federal e que cria regras para fabricação, uso, importação e exportação de bens e produtos para pesquisa com Seres Humanos.

Segundo Débora “A lei, além de desrespeitar as pessoas que participam das pesquisas, aponta para uma independência dos CEPs nos Estados, o que abre uma oportunidade para as investidas da iniciativa privada. Além disso pretende desvincular a Conep da estrutura do CNS, ou seja, retira o protagonismo do controle social nesse processo.”