Reforma da Previdência: Se votar o Brasil vai parar!

No dia Nacional de Luta contra a Reforma da Previdência trabalhadores pararam em todo o Brasil para mostrar que não aceitam perda de direitos. Os farmacêuticos se somaram à mobilização em todo o Brasil.

 

 

Em São Paulo, um grande ato na Avenida Paulista mobilizou milhares de trabalhadores. O presidente da CTB, Adilson Araújo destacou a importância e a responsabilidade que tem o movimento sindical com o futuro do país. “O nosso povo tão sofrido vai começar a mostrar para aquele povo que ocupou a av. Paulista de verde e amarelo como é que bate panela”, disse o dirigente, em referência aos movimentos que foram às ruas pedindo o impeachment de Dilma Rousseff.

Ele enfatizou que o governo que aí está não está preocupado com a juventude, com o futuro, com nada que não seja o capital e o sistema financeiro nacional e internacional. “Este governo quer excluir e marginalizar – é o que fazem a reforma trabalhista e da previdência.

O presidente da CUT, Vagner Freitas, visou “Se colocar para votar no dia 13, o Brasil vai parar”. Ele lembroma greve geral de 28 de abril que parou o Brasil. “Já colocamos 45 milhões de pessoas em greve no dia 28 de abril e temos condições de fazer uma greve maior, prova disso são os atos realizados em todo o país hoje”..

O vice-presidente Nivaldo Santana disse que “a bola da vez deste governo mambembe e golpista é a previdência social e a aposentadoria. Pelas regras que eles tramam no Congresso, poucos trabalhadores e trabalhadoras terão acesso à aposentadoria tamanha são as restrições e exigências para se atender àquilo que o governo propõe”.

Pelo Brasil

Em Brasília, cerca de 300 manifestantes se concentraram em frente ao Museu da República, num protesto com discursos, buzinaço, faixa e cartazes pedindo o fim da Reforma e a saída de Michel Temer do poder. “Se votar não volta!”, foi o recado dado pelos presentes aos parlamentares favoráveis a PEC da Previdência.

Para o Secretário do Serviço Público e dos Trabalhadores Públicos da CTB, João Paulo Ribeiro (JP), “estamos protestando contra esse governo golpista que gastou R$ 99 milhões em propaganda falsa para dizer que nós trabalhadores do serviço público somos privilegiados. Não saíremos das ruas até impedir essa reforma nociva, não somente aos servidores, como a toda classe trabalhadora do Brasil”.

No ato em Goiânia, o presidente da CTB, Railton Souza, disse que “as reformas de Temer, apresentadas como modernização, na verdade, são um retrocesso, uma vez que vão forçar o trabalhador a contribuir durante 40 anos para conseguir se aposentar. Não é uma reforma que moderniza e tira privilegios – é uma reforma que tira dos pobres e transfere para os ricos, banqueiros, a previdência privada e desmonta o maior programa social do Brasil, que é a Previdencia”, criticou.

No Rio Grande do Sul, a CUT e demais centrais sindicais não esperaram nem o dia clarear. O aeroporto Salgado Filho foi escolhido para mandar o recado aos parlamentares que viajaram rumo a Brasília logo pela manhã. Os sindicalistas denunciaram a farsa do déficit e o combate aos privilégios, referindo-se aos servidores públicos, como explicamos na matéria Temer ataca servidores e coloca em risco serviço público no País.

No final da manhã, após manifestações e assembleias em diversas fábricas, na Estação Rodoviária e trancaço no Pórtico de Rio Grande, o movimento seguiu para a frente do prédio do INSS, no centro de Porto Alegre, onde promoveram um abraço solidário.

No Rio de Janeiro, a defesa da aposentadoria começou cedo. Os petroleiros fizeram uma grande mobilização em Macaé, Angra e outros municípios. Os trabalhadores do Estaleiro Brasfels atrasaram a entrada no trabalho em uma hora e teve panfletagem na Transpetro.

“Se a Reforma da Previdência é boa, por que os políticos, militares e o judiciário estão fora”, questionavam os dizeres de uma faixa em frente ao Banco Santander, fechado pelos bancários, no centro do Rio de Janeiro, onde aconteceu um ato público. Outros bancos na capital carioca também foram fechados. Radialistas e jornalistas se manifestram em frente à EBC e professores foram às ruas denunciar o desmonte na Previdência.

Na capital de Santa Catarina, além de alguns trabalhadores e trabalhadoras terem aderido à greve no aeroporto Hercílio Luz, houve mobilização, panfletagem e diálogo com a população sobre os riscos que a aprovação da Reforma da Previdência representa para toda a sociedade. Também teve greve dos trabalhadores e das trabalhadoras químicas de Criciúma e região. O dia de luta terminou com ato em frente ao Ticen, em Florianópolis.

Em Fortaleza, a manifestação da Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo reuniu cinco mil pessoas contra a Reforma da Previdência, no cruzamento das avenidas 13 de Maio x Universidade, no bairro Benfica. “Quem vota contra o trabalhador, não volta pro Congresso. O povo tá de olho”, dizia uma das faixas erguida pela população.

Em Minas Gerais, a luta contra a reforma da Previdência começou de madrugada, com fechamento da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Além de panfletagem nas estações, assembleias nos locais de trabalho, ato dos servidores em frente à Prefeitura, os trabalhadores e trabalhadoras se concentraram na Praça Afonso Arinos, no Centro de Belo Horizonte para mandar o recado aos parlamentares: “a aposentadoria fica”. As diversas categorias que participaram dos movimentos estão mobilizadas para paralisar as atividades, caso entre na pauta da Câmara dos Deputados a votação da Reforma Previdenciária.

No Piauí, a luta unificada fortaleceu a unidade no ato público com caminhada pelas principais ruas do centro da capital, encerrando a manifestação em uma das principais avenidas, a Frei Serafim.

Da redação com CTB e CUT