MG: Negociação com Sincofarma termina sem acordo. Sinfarmig convoca assembleia

Terminou sem acordo nesta quarta, 11 de maio, mais uma rodada de negociações entre os profissionais que atuam em farmácias, drogarias e distribuidoras e o Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos de Minas Gerais- Sincofarma/MG. Alegando mais uma vez o clima político-econômico do país, a entidade patronal se recusou a negociar a maioria das 42 cláusulas da pauta de reivindicações.

 

Só depois de mais um intenso debate, os empresários concordaram em conceder o reajuste salarial de (11,07%) referente à reposição das perdas inflacionários do período de 1º de março de 2015 até 28 de fevereiro de 2016. Com esse índice o piso salarial ficará em R$3.746,99 para uma jornada de 40 horas semanais e o pagamento será retroativo à data-base da categoria, 1º de março.

Antes disso, o Sinfarmig havia insistido no “ganho real” para os farmacêuticos, que seria o pagamento de 11,07% a partir de março, mais 1,43% a partir de setembro totalizando 12,5% de reajuste salarial. Entretanto, a entidade patronal recusou terminantemente, deixando claro que a sua contraproposta seria a última. Os farmacêuticos retomaram a cláusula que trata da conta-salário e após discutir sem consenso os patrões sugeriram tratar o tema fora da negociação coletiva.

O Sindicato realizará uma Assembleia no 17 de maio, às 19h, com a participação de todos os farmacêuticos que poderão decidir se aceitam ou não o reajuste proposto. “Estamos vivendo um clima historicamente inédito e pesado na mesa de negociações em que os empresários estão irredutíveis. Só depois de muita insistência eles oferecem a reposição da inflação retroativa a nossa data-base, mas achamos justo definir os rumos da nossa Campanha Salarial ao lado dos colegas”, explicou Rilke Novato.

Para a diretora do Sinfarmig, Júnia Lélis, a Campanha Salarial esse ano está abaixo das expectativas, contudo é preciso compreender que vivemos um momento atípico no Brasil. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mais da metade das negociações nacionais fechadas no primeiro trimestre tiveram aumento menor que a variação do INPC. Ainda assim os farmacêuticos conseguiram manter o índice de reposição da inflação. “Acreditamos que é fundamental a participação de todos nessa Assembleia. Afinal, o Sindicato é de todo mundo e nessa oportunidade vamos poder dialogar sobre o que está em pauta nas negociações esse ano. Negociamos o reajuste de 11,07%, mas só fecharemos com a entidade patronal se a categoria concordar”, explicou.

Fonte: Sinfarmig