Sinfarmig viabiliza reunião para discutir falta de medicamentos

Representantes das entidades que compõem o recém-criado Fórum Mineiro de Patologias e Deficiências (FADOP) estiveram reunidos com o Superintendente de Assistência Farmacêutica do Estado de Minas Gerais, Homero Cláudio Rocha Souza Filho. A reunião que ocorreu na Cidade Administrativa foi viabilizada pelo Sindicato dos Farmacêuticos de Minas Gerais – Sinfarmig.

 

A interlocução entre as entidades e a Superintendente foi possível depois que o Sinfarmig foi acionado e conseguiu uma reunião emergencial visando buscar soluções para as demandas do FADOP, dentre elas a falta de medicamentos. Formalizado em março desse ano, o Fórum surgiu da união das entidades que procuravam alternativas para vários problemas estruturais no atendimento a portadores de doenças crônicas e raras.

Segundo o superintendente de Assistência Farmacêutica da SES-MG, Homero Filho, o desafio de manter as farmácias abastecidas tem sido enfrentado com prioridade e já foram obtidos êxitos. “No início da nova gestão, em janeiro de 2015, o diagnóstico apresentado apontava 165 medicamentos em falta, por problemas na aquisição. Hoje esse número foi reduzido para 39 em todo o Estado, o menor índice de falta registrado nos últimos anos, e a intenção é que a redução seja permanente”, explicou. O quantitativo atual de itens não encontrados representa menos de 10% dos medicamentos cuja responsabilidade de aquisição é da SES-MG.

Também participou da reunião, o farmacêutico Jans Isidoro acompanhado da Assessoria Jurídica representando o Núcleo de Atendimento à Judicialização da SES, que explicaram o fluxo em relação às demandas judiciais, sobretudo, aquelas relacionadas a medicamentos. Eles apontaram efeitos que a experiência com o processo de judicialização têm mostrado como a questão da parcialidade no acesso aos serviços, o aumento dos gastos com compras fora das regras do Sistema Único de Saúde e da Administração Pública, a utilização de medicamentos fora dos protocolos e a inversão do modelo assistencial, atribuindo um peso maior a questão individual.

Os responsáveis relataram que o número de demandas judiciais em saúde tem aumentado não só em Minas Gerais, mas em todo o Brasil. “Vale ressaltar que o custo do produto judicializado é maior do que pela via administrativa, uma vez que todo o processo de compra é individualizado”, lembrou o Farmacêutico Jans Isidoro.

O diretor do Sinfarmig, Rilke Novato, também participou da reunião que foi realizada na última segunda-feira, 27/06. Segundo ele, a luta do Fórum é também dos farmacêuticos e da Entidade Sindical que defendem o acesso aos medicamentos de forma racional e integrada a uma política de saúde que contemple todo o País.

Fonte: Sinfarmig