Fórum das centrais sindicais promete empoderar as candidaturas comprometidas com as mulheres

No seminário “Mais Mulheres na Política”, do Fórum Nacional das Mulheres Trabalhadoras das Centrais Sindicais (FNMT), ficou decidido que cada central encaminhará as propostas do FNMT para as candidatas e candidatos de sua escolha, inclusive pedindo para que assinem o compromisso de defenderem essas propostas, caso sejam eleitas ou eleitos.

 

 

O evento ocorreu na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Prestação de Serviço de Asseio e Conservação e Limpeza Urbana de São Paulo, na capital paulista, na manhã desta sexta-feira (31), com a presença de 60 representantes das cinco centrais sindicais participantes do seminário (CTB, CUT, Força Sindical, Nova Central e UGT).

“Tivemos um debate muito importante e concluímos sobre a essencialidade de estarmos cada vez mais unidas e mobilizadas para tirar o Brasil do vergonhoso 154º lugar (segundo a ONG estadunidense Inter-Parliamentary Union) no ranking dos países com mais mulheres na política”, diz Celina Arêas, secretária da Mulher Trabalhadora da CTB.

A sindicalista mineira conta também que houve unanimidade na decisão de que não basta ser mulher para ter o apoio das centrais sindicais, “é necessário ter compromisso com a luta emancipacionista feminina e pela igualdade de gênero”.

Falaram no seminário Liége Rocha, representando a União Brasileiras de Mulheres (UBM) e Sônia Coelho, pela Marcha Mundial de Mulheres. A CTB contou com a presença de dez representantes, além de Celina.

Participaram as secretárias da Mulher Trabalhadora, Gicélia Bitencourt (SP) e Kátia Branco (RJ), Mara Kitamura, do Sindicato dos Professores de Sorocaba e Região, além de três metalúrgicas de Jaguariúna (SP), duas bancárias de São Paulo e a assessora da CTB, Márcia Viotto.

Além de defender as propostas específicas das mulheres trabalhadoras como igualdade salarial, creches nos locais de trabalho, contra o assédio moral e sexual, foram definidos planos de mobilização contra a violência, que “cresce espantosamente no país, com milhares de feminicídios e estupros todos os anos”, define Celina.

Outro tema que não escapou ao crivo das mulheres trabalhadoras das centrais sindicais foi o da defesa intransigente do Plano Nacional de Educação (PNE). “Entendemos a educação como essencial para o combate à violência e à discriminação”, afirma Celina.

Ela lembra que foi encaminhado para os fóruns estaduais realizarem encontros como este seminário com o mesmo objetivo de levar as propostas de se ter mais presença feminina em cargos de decisão em todos os setores.

O Fórum Estadual das Mulheres Trabalhadoras das Centrais Sindicais do Rio de Janeiro realiza reunião para preparar o seu seminário, na quarta-feira (5). Já o Fórum Estadual das Mulheres Trabalhadoras das Centrais Sindicais de Minas Gerais faz o seu evento no domingo (9) e na segunda (10) tem encontro com a candidata ao Senado, Dilma Rousseff e Jô Moraes, candidata à vice-governadora na chapa com Fernando Pimentel.

“As eleições deste ano adquiriram um caráter histórico fundamental para a vida brasileira”, define a sindicalista. “Existem dois projetos em disputa. Um que defende o atrelamento e a submissão da nossa economia e o nosso que luta por um desenvolvimento nacional livre da tutela estrangeira. A luta das mulheres por direitos iguais, passa por estas questões”.

Fonte: CTB