CE: Categoria nega propostas do patronal e delibera por paralisação

O Sindicato dos Farmacêuticos do Ceará, realizou Assembleia com farmacêuticos que atuam em farmácias e drogarias, rejeita propostas do sindicato patronal e aprova paralisação para o dia 27 de fevereiro.

Na assembleia, que aconteceu em 31 de janeiro, diretoria do SINFARCE, logo na abertura do encontro, fez breve retrospectiva da negociação relatando a difícil trajetória para viabilizar reunião que, depois de 3 meses, foi, finalmente, realizada na última segunda-feira, dia 29 de janeiro.

A assembleia, que teve grande participação da categoria, deliberou pela paralização no dia 27 de fevereiro; isso porque o Sincofarma NEGOU todas as propostas de inclusão de novas cláusulas; sugeriu a RETIRADA de cláusulas consagradas em anos de lutas; solicitou a ALTERAÇÃO de cláusulas sociais e financeiras sempre de maneira a prejudicar o profissional farmacêutico. Foi, inclusive, sugerida a retirada de cláusulas que não trazem nenhum impacto para o patronal. O SINFARCE, na ocasião, reafirmou o seu compromisso com a categoria não aceitando nenhum retrocesso e nem a retirada de direitos.

Durante a negociação foi esclarecido, para o SINCOFARMA, que todas as cláusulas foram conquistadas com muita luta e suor dos profissionais farmacêuticos. A Diretoria, salientou em reunião, que o sindicato patronal deveria valorizar a atenção farmacêutica diante da ampliação do mercado e que a proposta desmotiva, em absoluto, o desempenho dos profissionais que atuam no cuidado a população.

A categoria, após explanação, mostrou-se indignada com a indecorosa proposta do SINCOFARMA. A seguir confira algumas sugestões propostas pelo sindicato patronal:

– Reajuste salarial: proposição de aumento de 1,66 (80% do INPC);

– Gratificação de RT: de 12% reduzindo para 5%

– Gratificação de titulação: de 15% reduzindo para 10%;

– Vale alimentação: R$ 10,25 e aumentar desconto de 1% para o valor de 20%;

– Licença maternidade: de 6 meses para 4 meses (voltar a CLT);

– Licença paternidade: de 7 para 5 dias;

– Multa por violação: reduzir para 1% do salário mínimo;

– Casamento: de 6 para 3 dias (voltar a CLT);

– Proibição de descontos indevidos: alterar texto responsabilizando os farmacêuticos;

– Negadas/recusadas: tipificação de função; remuneração de cargos e funções; plantões; auxílio creche, auxílio babá, vigência da CCT por dois anos; ampliação da estabilidade da gestante; ampliação para 24 meses a estabilidade do pré-aposentado;

– Negadas ou sofrerão alterações prejudiciais aos farmacêuticos: adicional de hora extra; anotação na CTPS; adicional noturno, homologação, condições mínimas ambiente de trabalho; falecimento de sogro; inclusão de irmãos e avós no caso de falecimento; fornecimento de uniforme, adicional noturno; jornada de trabalho no aviso prévio.

Paralisação farmacêutica
Dia: 27 de fevereiro (terça-feira)
Local: Praça da Imprensa (Av. Desembargador Moreira | esquina com Av. Antonio Sales)
Horário: 8:00

Fonte: Sinfarce