Nota do SINFAR SP sobre Proposta do Sincofarma para CCT 2018

Na última quinta-feira, 13.09, após reunião de estratégias de mobilização, os profissionais farmacêuticos do varejo seguem contrários à proposta patronal de 2,5 % de reajuste salarial para este ano. Leia nota do sindicato.

 

 

Além disso, repudiam veementemente o índice proposto, uma vez que se configura abaixo da inflação, somado ao fato da alegação da mobilização dos caminhoneiros no período, bem como o reajuste dos medicamentos. É de conhecimento de todos e amplamente divulgado pelo Sincofarma e pelas Associações, os lucros das farmácias e drogarias no atual momento, sendo assim, não há impedimento para que o reajuste baseado na realidade inflacionária e mais um aumento real seja acordado.

Da mesma forma, que inserir cláusulas no direito aos farmacêuticos à compra de leite em pó e medicamentos a preço de fábrica, retirando as empresas que possuem política de descontos dessa prática, corta mais um benefício do trabalhador e comprova um profundo descaso com os profissionais que tanto cooperam para o bom funcionamento dos estabelecimentos. 

Também é inaceitável, que são tempos de luta por equiparação de direitos entre mulheres e homens, é inaceitável que  a ausência justificada para acompanhamento de filhos ao médico não seja estendida também ao pai. Assim segue também o debate sobre a licença paternidade de 5 dias e o período de licença maternidade para 180, que representam movimentos mundialmente reconhecidos que primam pela melhor qualidade de vida e é indemissível que os farmacêuticos não tenham acesso a esses direitos.

A categoria repudia também a proposta de retirada assistência na homologação, uma vez que apenas desfavorece os profissionais nas rescisões contratuais, já que esses não contarão com supervisão para assegurar direitos. O sindicato patronal, assim, aproveita da reforma trabalhista e intensifica a precaridade nas relações de trabalho.

Dessa forma, o SINFAR-SP segue em mobilização e em luta por uma proposta de acordo com a realidade dos índices econômicos e por direitos que tornam a vida desses profissionais melhores, uma vez que possuem responsabilidades técnicas e jornadas, muitas vezes, exaustivas nesses estabelecimentos.

É muito importante que todos farmacêuticos sigam juntos nessa luta, com a consciência de que é necessário estar unidos para transformar esse cenário. 

Fonte: Sinfar-SP