Cortes na Educação atingem hospitais universitários

Paradas as obras de equipamentos de Saúde que vão servir a 2,7 milhões de pessoas. O corte, quer dizer, o ‘contingenciamento’ na educação fez com que fossem bloqueados R$ 40 milhões destinados a obras em três hospitais universitários: em Natal, em Palmas e em Dourados (MS).

Toda essa verba era proveniente de emendas parlamentares. Se concluídas, as obras vão abrir 755 novos leitos e beneficiar 2,7 milhões de pessoas. A informação é do repórter Carlos Monteiro, no UOL.

No caso do Tocantins, havia R$ 12 milhões previstos no orçamento deste ano, e o custo total é de R$ 120 milhões para construir o novo hospital. Segundo a UFT, os problemas de financiamento são antigos, e o dinheiro deste ano havia saído via emenda parlamentar. A verba toda foi bloqueada.

Em Natal, o bloqueio também foi de 100%  e, de acordo com a UFRN, aconteceu antes do grande corte anunciado pelo ministro. Lá o atingido foi o Hospital da Mulher.

E também em Dourados a obra parada é a da Unidade da Mulher e da Criança, uma ampliação do hospital universitário que seria concluída em outubro para atender a 33 municípios. Lá, foram contingenciados 62% dos recursos destinados à construção. O Mato Grosso do Sul é terra do ministro da Saúde, Mandetta. Ele visitou as obras em março e garantiu que ia se empenhar para que não faltassem recursos.

Amanhã deve ser analisado mais um bloqueio orçamentário de cerca de R$ 5 bilhões. Diante dos protestos, a equipe econômica de Jair Bolsonaro avalia deixar a saúde e a educação de fora. A verba da Saúde, inclusive, já está bem perto do mínimo constitucional, segundo a matéria do Estadão.

Enquanto isso, alheio à crise econômica, cresce o segmento de hospitais privados de luxo, conta a matéria do Estadão. O maior investimento recente foi feito pela Rede D’Or São Luiz, que já abriu unidades em São Paulo e no Rio e vai inaugurar outra em Brasília. As três custaram UR$ 1 bilhão. São hospitais menores, com cerca de cem leitos cada. Mas com elementos de conforto que vão de de quartos de 60 metros quadrados a comida de chefs e lençóis 400 fios.

Fonte: Outra Saúde
Publicado em 20/05/2019