A diretora da Fenafar, Gilda Almeida, assume presidência da CNTU

A farmacêutica e diretora de relações internacionais da Fenafar, Gilda Almeida, assumiu interinamente a presidência da Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários – CNTU. O presidente da entidade, Murilo Celso de Campos Pinheiro se licençou do cargo por seis meses.

 

 

Durante a 11ª Jornada Brasil Inteligente, conversamos com Gilda Almeida para saber o que representa para a Fenafar assumir por este período o comando da confederação.

O que representa para a Fenafar estar à frente da CNTU neste período e quais os principais desafios até o final deste ano?
Gilda: É uma oportunidade de os farmacêuticos teram maior protagonismo neste debate sobre a questão do desenvolvimento e do emprego. É um processo que a Federação precisa acumular. Essa responsabilidade de estar à frente da CNTU é extremamente positiva para a Fenafar. E acho que a gente pode fazer com que a CNTU possa debater temas que são necessários hoje para a sociedade, em especial essa questão da unidade dos trabalhadores. Como nós vamos fazer com a reforma trabalhista, temos que exigir a sua revogação. São temas da soberania e desenvolvimento do Brasil que a Fenafar pode fazer a diferença neste debate. Isso vai ser muito bom para a Fenafar e para a CNTU, porque você diversificar a Confederação e isso é importante também.

As farmacêuticas eram as únicas mulheres na mesa de abertura. Como o fato de ter uma mulher na presidência pode incidir positivamente na CNTU?
Gilda: Essa é uma questão que a gente vem debatendo e toda a vez que a CNTU faz um evento, pelo menos a gente da Fenafar ressalta que é preciso ter a representação da mulher, é importante para a CNTU. As categorias de nutricionistas e odontólogos também é majoritariamente feminina, só que sua representação são homens. Nos engenheiros e economistas a maioria é de homem mesmo. Mas eu acho que fica desequilibrado a participação da mulher. E eu acho que neste processo nós também podemos fazer a diferença, porque se não fosse eu que estivesse ali, como presidente na mesa de abertura, acho que provavelmente a gente só teria uma mulher na mesa, a representação da Fenafar. A gente ainda tem um movimento sindical muito machista, então acho que temos que discutir e mostrar que é preciso que as mulheres ocupem posições e espaços políticos de comando, porque temos um papel importante na sociedade, inclusive neste processo político que o país está vivendo, as mulheres são as que primeiro saíram as ruas para defender os direitos e denunciar o golpe e, tamém, são as mais prejudicadas por estas reformas e retrocessos.

Você acredita que sob a sua direção, o tema da Saúde pode ter mais centralidade na agenda da CNTU?
Gilda: Ontem na reunião da CNTU nós debatemos que vamos fazer um site do 2022 e o primeiro projeto que vai ser colocado é o da Saúde, a agenda da defesa do SUS. E quem vai coordenar isso é o presidente da Fenafar. Então nós devemos valorizar isso, porque muitas vezes a questão da saúde é relegado por não compreendermos que a saúde faz parte do desenvolvimento. Se você não tem saúde, se você não tem equipamentos sociais para defender isso, o país não tem desenvolvimento, o mesmo com a educação. Então, isso é fundamental para que a gente possa fazer o debate e acho que com 3 categorias da área da saúde na CNTU nós podemos ter um grande protagonismo a fazer essa defesa.

Por Renata Mielli