Movimento Estudantil denuncia: “O SUS é um prato suculento para o golpe”

Em evento da União Nacional dos Estudantes, o debate “SOS SUS – O desmonte da Saúde Pública” contou com a presença do presidente do Conselho Nacional de Saúde e da Fenafar, Ronald Ferreira dos Santos, dos ex-ministros da Saúde, Alexandre Padilha e Arthur Chioro, e do coordenador da Denem (Executiva Nacional dos Estudantes de Medicina), Danilo Amorim.

 

No debate, que aconteceu durante o Conselho Nacional de Entidades Gerais da UNE,  todos alertaram sobre os ataques ao Sistema Único de Saúde em tempos de golpe. “Com esse golpe em curso, se a gente não impedí-lo, não vai ter plataforma para a gente continuar debatendo essas questões. Daqui a pouco não haverá mais SUS. O SUS é um prato suculento para o golpe”, disse Alexandre Padilha.

Segundo ele, não é apenas por interesses econômicos que os atores do golpe querem acabar com o SUS, mas também pelo fato do Sistema ter se configurado, ao longo dos anos, como uma plataforma política, de onde surgiram vários movimentos, como a própria DENEM.

Para Ronald Ferreira dos Santos, “no nosso país, a hegemonia continua sendo do Judiciário que dá golpe, de uma mídia que dá golpe de um legislativo que dá golpe. Nós apenas chegamos ao centro do poder, mas não conquistamos efetivamente o poder”, avalia.

Por isso, há duas lutas centrais hoje na sua opinião: a defesa da democracia e do estado nacional.“Da democracia porque estamos vivendo um golpe, e do Estado Nacional porque estamos diante de uma proposta que pelos próximos 20 anos o estado deverá ir se desresponsabilizando de suas obrigações, portanto estas são duas questões centrais. “Temos convicção de que há possibilidade de estabelecer resistência a estes ataques. Nós não fizemos as reformas estruturais – Agrária, Urbana, dos Meios de Comunicação, Tributária, Política, mas nós conseguimos avançar na reforma da Saúde com o SUS. Este é um avanço real que conseguimos. A agenda da sáude nos permite um acumulo de forças e aglutinar muitos setores porque estamos defendendo a vida das pessoas”, alerta Ronald.

O presidente da Fenafar e do CNS, Ronald Ferreira, lembrou que a luta em defesa do SUS reúne um leque amplo de atores sociais de amplo espectro político. “Temos uma frente com a presença do MST, e que passa por prefeitos, governadores, organizaçòes sindicais e religiosas. Um movimento em defesa do SUS e de aportes de recursos públicos que sejam suficientes para garantir o direito à saúde, disse.

Manifesto em Defesa do SUS, e a construção de uma Frente Parlamentar Mista em Defesa do SUS. Se contrapondo a proposta do governo interino de estabelecer teto para a Saúde. E também estamos construindo para os dias 25 e 26 de agosto a 20 plenária dos conselhos de saúde e movimentos sociais.

Da redação com informações da UNE