Devido o aumento de movimento nas farmácias, sindicato pede reforço à PM para evitar assaltos

O presidente do Sindicato dos Farmacêuticos de Mato Grosso (Sinfar-MT), Wille Calazans, protocolou ofício no Comando-Geral da Polícia Militar em busca de reforço nas rondas ostensivas em Cuiabá. No documento, o qual o HNT/HiperNotícias teve acesso, o presidente do Sinfar lembra do assalto ocorrido nesta segunda-feira (23), em Cuiabá, quando bandidos armados, um deles usando máscaras de proteção, roubaram uma farmácia.

 

 

Preocupados com o esvaziamento nas ruas, o sindicato pediu ao comandante-geral da PM, coronel Jonildo José Assis, que as rondas sejam intensificadas onde existem farmácias, pois essas foram consideradas estabelecimentos essenciais pelo governo do Estado, mediante decreto de funcionamento comerciais em Mato Grosso.

Wille alega que as farmácias têm recebido um fluxo maior de clientes, em razão da pandemia do coronavírus, procurando por Equipamentos de Proteção Individual (EPI), como luvas e máscaras, além de álcool em gel, vitamina C e medicamentos, principalmente aqueles de combate à gripe. Ele ainda ressalta que as farmácias são os pontos de referência e também porta de entrada das infecções. “É um dos primeiros estabelecimentos de saúde a ser procurado pela população”, argumenta.

No documento encaminhado à PM, o presidente do Sinfar argumenta que as farmácias estão mais vulneráveis devidos o isolamento social e o fechamento da maioria dos estabelecimentos comerciais. “As farmácias que de maneira nenhuma deve fechar as portas, acaba sendo alvo da criminalidade, como ocorreu nesta segunda-feira.”, relatou Wille.

Medo e insegurança

Dono de uma rede de farmácias em Cuiabá, Diego Geraldino diz que até o momento não registrou ocorrências por assaltos em seus estabelecimentos, mas afirma estar apreensivo devido o esvaziamento das ruas por causa do isolamento social.

“As pessoas estão em casa, mas nós não podemos fechar. Graças a Deus não passamos por nenhuma situação dessa natureza, ainda, mas estamos preocupados. Recebemos clientes o tempo inteiro em busca, principalmente de medicamentos e produtos de combate ao coronavírus, temos funcionários também e a nossa preocupação é com a segurança das pessoas”, disse Diego que possui lojas no Centro da cidade, no Porto, Avenida do CPA e no Coxipó.

Édipo Mendes, é farmacêutico e proprietário de uma farmácia localizada em um bairro periférico na região do CPA. Também alega sensação de insegurança devido ao isolamento que diminuiu, segundo o farmacêutico, até as rondas policiais que eram feitas com mais frequência na região.

“Graças a Deus ainda não ocorreu nada conosco, mas ficamos suscetíveis a isso, visto que as ruas estão desertas. Mas antes da pandemia, as rondas eram mais frequentes, porém agora, essas viaturas sumiram. Entendemos as dificuldades que a polícia também enfrenta, mas é uma situação que nos preocupa”,

Outro Lado

Ao HNT/HiperNotícias, a Polícia Militar assegurou que as rondas policiais foram intensificadas neste período de pandemia da Covid-19, o coronavírus. Segundo o tenente-coronel Luiz Fernando Oliveira Dias, coordenador de Comunicação da PM, os dados que norteiam as ações da polícia, apontam queda quantos aos crimes de furto, roubos e demais delitos que em dias normais estariam maiores.

“A PM montou um planejamento de contingência em que consta o reforço do patrulhamento, especialmente no período noturno com intuito de salvaguardar patrimônios fechados temporariamente em razão do coronavírus”, disse o tenente-coronel, ao destacar que a mesma atenção é dada setores comercial, considerado essencial e que estão em funcionamento como é o caso das farmácias e drogarias, supermercados, restaurantes e congêneres.

Sobre o ofício encaminhado à PM, Dias assegura que o pedido será levado em consideração e que a situação já foi repassada à equipe operacional. De acordo com a Polícia Militar, mais de mil policiais estão nas ruas, diariamente, em todo o estado. Na Capital, cerca de 500 policiais estão nas ruas de domingo a domingo e mais de 200 viaturas foram disponibilizadas para auxiliar os patrulhamentos.

“A população pode ficar tranquila. Não está em nossa projeção o aumento de delitos, mas caso ocorra, estamos nas ruas realizando ações de prevenção e repressão imediata”, assegurou o coordenador de Comunicação da PMMT.

Fonte: HNT Hipernotícia