Plenária mobiliza profissionais de saúde para a Conferência Livre de Acesso à Medicamentos

Uma Plenária de Mobilização preparatória para a Conferência Livre de Acesso a Medicamentos foi realizada no sábado, (1), no auditório do Sindicato dos Farmacêuticos de São Paulo. O evento teve transmissão on-line pelo youtube do Instituto Escola Nacional dos Farmacêuticos. (Assista aqui) O evento é resultado de uma parceria do Instituto Escola Nacional dos Farmacêuticos (ENFar), da Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar), do Sindicato dos farmacêuticos de São Paulo (Sinfar-SP) e do Conselho Regional de São Paulo (CRF-SP) em torno do Projeto Integra. O objetivo foi discutir e aprofundar esse importante tema com os profissionais de saúde e com a sociedade. Também foram votadas e aprovadas propostas que serão encaminhadas para a Conferência Livre: “Acesso a Medicamentos em Defesa da Vida” que acontece no próximo dia 18 de abril em Brasília com transmissão pelo Youtube (AQUI). Para a Conferência Livre, as inscrições presenciais já estão esgotadas. No entanto, a participação on-line está garantida. Para realizar a inscrição, use o link a seguir: Conferência Livre – Escola dos Farmaceuticos Durante a abertura da Plenária, a presidenta do Sindicato dos Farmacêuticos de São Paulo, Renata Gonçalves Pereira, destacou a importância da parceria entre as entidades promotoras. “Foi fundamental a parceria entre as nossas entidades. Juntos, o Sinfar-SP, a Fenafar, o Conselho Regional e o Instituo Escola Nacional os Farmacêuticas realizaram esse evento, isso se chama parceria de fato.” Fábio Basílio, Presidente da Fenafar, convidou todos os profissionais, farmacêuticos e também de outras categorias a participarem do processo das conferências. “Este ano a Conferência tem uma característica muito interessante, serão aceitas novas propostas durante a realização da conferência. É uma ótima oportunidade para levarmos todo o nosso debate acumulado para contribuir com a 17ª Conferência Nacional de Saúde.” O presidente da Fenafar insistiu que o farmacêutico precisa estar nas conferências. “Precisamos que o farmacêutico se veja participando do controle social pois é assim que as nossas pautas serão conhecidas de fato. Nossa participação não pode ficar voltado somente ao debate do acesso ao medicamento em si, precisamos contemplar também todas as atribuições que um profissional tem na sua atividade.” Durante sua fala na abertura do evento, o presidente do CRF-SP, Marcelo Polacow, ressaltou que “Precisamos qualificar cada vez mais a assistência farmacêutica, garantindo que quando o paciente receba o medicamento ele não volte para casa segurando simplesmente uma caixinha, mas levando também a responsabilidade e o comprometimento com a própria saúde. Algo que ele somente terá por meio da orientação de um profissional qualificado.” Polacow, disse ainda que “o acesso aos medicamentos é uma ferramenta terapêutica, mas os tratamentos para alcançar os desfechos positivos devem estar vinculados a orientação adequada e ao acompanhamento do farmacêutico e proporcionar esses servidores no sistema público é essencial para garantir os melhores resultados que um tratamento pode oferecer. Porém devemos refletir se de fato o profissional farmacêutico é valorizado como deveria.” Representando o Instituto Escola dos Farmacêuticos, Priscila Vautier, destacou a importância do Projeto Integra e da parceria do Instituto ENFar com as demais entidades organizadoras do evento. “O Instituto ENFar vem há mais de dois anos trabalhando em prol do fortalecimento do SUS como uma política de resgate da cidadania, em parceria com a Fiocruz, o Conselho Nacional de Saúde, com apoio da OPAS e da Fenafar. Estamos formando lideranças num processo intenso de debate e, neste momento, um Estado importantíssimo como São Paulo não poderia ficar de fora.” Priscila lembrou também que a Plenária é uma etapa preparatória para a Conferência Livre de Acesso a Medicamentos. “Esta plenária é uma etapa preparatória para a conferência livre de Acesso a medicamentos que acontece no dia 18 de abril e para a 17ª Conferência Nacional de Saúde que será realizada em julho.” Luciana Canetto, vice-presidenta do CRF-SP chamou atenção para a importância dos serviços farmacêuticos para a economia e para a qualidade de vida do paciente. “A importância do farmacêutico em todos os níveis de atuação dentro do SUS, desde a gestão, na dispensação do acompanhamento farmacoterapêutico, na atenção básica na atenção especializada no estratégico.” Luciana, lembrou que “Hoje o farmacêutico atua na promoção proteção e recuperação da saúde. Participa do planejamento de avaliação da farmacoterapia, orienta e auxilia os pacientes. Previne, identifica, avalia, participa da equipe multidisciplinar, prescreve conforme a legislação. Esse profissional não pode mais somente entregar caixinhas. É importante garantir o medicamento lá na prateleira, mas não basta só isso, temos muito mais a colabora enquanto profissional clínico dentro do sistema.” A participação destacada na atividade foi do farmacêutico Marco Aurélio Pereira que neste momento de mudanças no Brasil, com a chegado do novo governo, assumiu a função de diretor do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde do Ministério da Saúde (DAF/SECTICS/MS). Marco Aurélio enfatizou a relevância do evento e das etapas anteriores do projeto Integra, como por exemplo o 9º Simpósio Nacional de Ciência, Tecnologia e Assistência Farmacêutica realizado em setembro na Fiocruz, do qual resultou a Carta do Rio de janeiro, documento que vem servindo como base para toda a discussão que antecede a 17ª CNS. “A iniciativa do Sindicato de São Paulo, com apoio do CRF-SP, da Fenafar e da Enfar é fundamental na construção desse debate que é maior do que o acesso ao medicamento. É o resgate da vida, da defesa do SUS, da dignidade e dos direitos, como diz o próprio tema da conferência. Momento único e fundamental onde todos participam se mantendo atentos às propostas e no acompanhamento das implantações dessas deliberações, que são da sociedade e fazem parte do controle social”. Josemar Sehnem – Redação Enfar