A Vigilância em Saúde como ferramenta para a saúde e segurança do trabalhador farmacêutico

O tema da Vigilância em Saúde ocupou o debate do 3° Encontro Sul, Sudeste e Centro-Oeste dos Sindicatos de Farmacêuticos, neste sábado (21), promovido pela Fenafar, que está acontecendo em Brasília.

 

 

por Sônia Corrêa

Para apresentar o tema, o dirigente mineiro da Federação dos Farmacêuticos, Rilke Públio, discorreu sobre os valores que inspiraram a 1ª Conferência Nacional de Vigilância em Saúde.

Segundo Rilke, “a democracia, justiça e solidariedade, reafirmam o compromisso com a efetiva garantia do direito à saúde e com o desafio da construção de um Sistema Único de Saúde – SUS, universal, público e de qualidade, levando em consideração o cenário de determinação social da saúde em seus respectivos territórios, cenário este mediado pela atual conjuntura política por que passa o país”.

O sindicalista relatou os eixos temáticos que compuseram a Conferência, que foi 1) O Lugar da Vigilância em Saúde no SUS; 2) Responsabilidades do Estado e dos governos com a vigilância em saúde; 3) Saberes, Práticas, processos de trabalhos e tecnologias na vigilância em saúde; e 4) Vigilância em saúde participativa e democrática para enfrentamento das iniquidades sociais em saúde.

A função essencial do SUS, foi apontada como uma ação que considera os complexos fenômenos econômicos, ambientais, sociais e biológicos que determinam o nível e a qualidade da saúde das brasileiras e dos brasileiros, em todas as idades, visando controlar e reduzir riscos. Rilke também falou sobre as nuances da atuação da vigilância, sendo a epidemiológica, sanitária, em saúde do trabalhador e a vigilância em saúde ambiental.

Os desafios da vigilância em saúde precisa examinar as condições de vida e saúde das populações para organizar intervenções nos seus respectivos territórios. “A ação da Vigilância em Saúde deve incidir sobre diversos planos, como nas políticas e mecanismos regulatórios de todos os setores econômicos, sociais e ambientais que tenham relação com a saúde, na rede de atenção à saúde, considerando todos os seus dispositivos e junto à sociedade, integrada aos territórios”, aponta Rilke Públio.

Pensar uma Política Nacional de Vigilância em Saúde de forma participativa e democrática requer repensar o modelo de atenção à saúde, imbuída de novos sentidos e significados à cidadania e à democracia brasileira, é o que sinaliza o debate.