Projeto do CCS sistematiza informações sobre o coronavírus e a COVID-19

“Sistematizar as melhores evidências científicas sobre recomendações de proteção e segurança e veicular informação útil e científica por meio de diversos materiais – cartilhas, guias, vídeo, podcasts – para orientar profissionais de saúde e comunidade em geral”. Este é o objetivo do Projeto Safety, que reúne alunos e professores dos cursos de Enfermagem, Farmácia e Medicina, do Centro de Ciências da Saúde (CCS). A diretora da Escola Nacional dos Farmacêuticos, Marselle de Carvalho, coordena a iniciativa.

 

 

A professora Marselle Nobre de Carvalho é chefe do Departamento de Saúde Coletiva do CCS e coordenadora da iniciativa. Ela explica que a equipe do projeto é formada pelas professoras Sarah Beatriz Felix e Daniela Frizon Alfieri, ambas da UEL; Maria Fani Dolabela (Universidade Federal do Pará) e Naiara Lourenço Mari (UNOPAR). A equipe tem também a participação de alunos de pós-graduação (residência, mestrado e doutorado) e colaboração de profissional externo (Ana Carolina Franzon).

A professora explica que a necessidade de um projeto dessa natureza se justifica por causa da quantidade de informações disponíveis ao público, nem sempre de fontes confiáveis e até mesmo informações falsas, que acabam provocando pânico, principalmente, entre o público leigo. Marselle Nobre de Carvalho aponta que as informações são atualizadas de forma muito rápida. Por isso, o processo de produção do conhecimento científico precisa considerar as melhores evidências. Confira o áudio.

A professora Marselle Nobre de Carvalho explica que os trabalhos do Projeto Safety tiveram início no mês de março, com o treinamento das equipes. No mês passado, foi realizada a organização dessas equipes e até junho, será executada a pesquisa, com análise de documentos e artigos. Ainda de maio e junho, serão elaborados os materiais com as informações coletadas e analisadas. Entre junho e agosto, serão disseminados os resultados da iniciativa.

Ela afirma que o Projeto Safety atua em duas grandes áreas. A primeira consiste na disseminação do conhecimento científico, com relatórios técnicos para gestores e profissionais dos serviços de saúde, em linguagem técnica. A segunda frente trata da divulgação científica e da popularização da ciência, que visa atingir a população em geral e seus segmentos sociais. Por exemplo, através da rede social – @projetosafety – a equipe do Safety espera atingir o público mais jovem.

Fatos – A informação científica sempre foi importante e, em períodos de pandemia, torna-se ainda mais necessária, porque trabalha com dados que lidam com a dualidade saúde e doença, vida e morte. No entanto, um contingente importante da sociedade, inclusive internacionalmente, ameniza ou nega os efeitos do coronavírus e a letalidade da COVID-19. A professora Marselle explica que esse fenômeno ocorre porque parte da sociedade nega a ciência, com prejuízo para a coletividade. Confira áudio:

Marselle Nobre de Carvalho lembra que a COVID-19 teve início nos extratos mais altos, ou seja, entre os mais ricos, mas é no segmento social dos mais pobres que a doença é mais dramática. “A ciência trabalha com fatos, com dados. E os dados estão aí. Os números crescentes e – ainda subnotificados – demonstram que o Brasil está numa ascensão da doença, mas em algumas regiões já tendo enormes problemas sanitários, econômicos, políticos, sociais. Muitas pessoas utilizam a desinformação, a péssima informação, para propagar os seus regimes de verdade. Isso para mim é criminoso”.

Fonte: UEL
Publicado em 12/05/2020