Farmacêuticos e estudante protestam exigindo retratação da Secretária da saúde de Aracaju/SE

Na manhã desta quinta-feira, 6, entidades farmacêutica e estudante de farmácia, realizaram uma manifestação em frente à Prefeitura de Aracaju, em desagravo as declarações feitas pela secretária da Saúde, Waneska Barboza, durante audiência na Câmara Municipal de Aracaju (CMA).

A manifestação foi organizada pelo Sindicato dos Farmacêuticos de Sergipe (Sindifarma/SE) com o apoio do Conselho Regional de Farmácia (CRF/SE) e dos Centros Acadêmicos da Universidade Federal de Sergipe campus São Cristóvão e Lagarto.

No dia 28 de junho, durante a prestação de contas da Pasta, a secretária, em um pronunciamento muito infeliz, alegou que o ato de dispensar medicamentos é apenas uma entrega, não necessitando, portanto, de orientação.

Waneska Barboza disse ainda que quando o paciente vai à farmácia de uma Unidade Básica de Saúde (UBS), qualquer pessoa pode fazer a entrega, não sendo necessário a presença do profissional farmacêutico, e que o mesmo acontece nas farmácias privadas, cabendo ao profissional apenas o intercâmbio de marcas.

Para a presidenta do Sindifarma/SE, Quênnia Garcia Moreno Resende, a fala da secretária demonstra ignorância em relação ao papel do farmacêutico na saúde da população aracajuana. “Foi uma fala muito infeliz que gerou repercussão nacional e revolta das entidades farmacêuticas e profissionais farmacêuticos de todo o país. Diante do contexto nós profissionais farmacêuticos, estudantes de farmácia e entidades farmacêuticas exigimos uma retratação por parte da Secretária Waneska Barboza”.

O presidente do Conselho Regional de Farmácia de Sergipe (CRF/SE), Carlos Eduardo Oliveira, também cobrou um posicionamento da Secretária. “A gente pode até considerar que aquela fala foi um equívoco, particularmente eu não considero. Falta de informação não foi. A retratação é um passo só, o que nos trouxe até aqui é a necessidade da Prefeitura de Aracaju ter farmacêuticos em todas as UBS’s e nos demais estabelecimentos de saúde”.

Uma nota conjunta das entidades (Fenafar, Instituto Enfar, CRF-SE e CA-UFS) foi lançada no dia seguinte denunciando o caso e cobrando a retratação pública da Secretária e respeito a todos os profissionais farmacêuticos do Brasil.