Sinfaerj faz audiência de medição com Sincofarma na Justiça do Trabalho

Na segunda-feira,20, dirigentes do Sindicato dos Farmacêuticos do Rio de Janeiro e do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêutico do Município do Rio de Janeiro compareceram na Superintendência do Trabalho e Emprego do Rio de Janeiro para mediação de negociação diante da negativa que o setor patronal deu à proposta do Sinfaerj. A Fenafar também participou da mesa de negociação, representada por sua diretora de Organização Sindical Débora Melecchi.

Enquanto a reunião acontecia, farmacêuticos e farmacêuticas se manifestavam do lado de fora com nariz de palhaço e portando cartazes defendendo a valorização da categoria.

“A busca da negociação via Justiça do Trabalho foi uma deliberação da assembleia da categoria realizada em novembro de 2016, em virtude da negativa do Sincofarma em torno da proposta de CCT enviada pelo Sinfaerj, que a regulamentação e desmembramento da jornada de trabalho com seus respectivos salários em: para 20 horas semanais R$2.800,00, para 30 horas semanais R$ 3.800,00, para 40 horas semanais R$ 5.200,00 e para 44 horas semanais R$ 6.000,00. Além disso propusemos um reajuste de 13% para quem recebe acima do piso. O piso atual é de R$ 2.574,0,3 sem jornada de trabalho regulamentada, o que leva a 100% dos estabelecimentos a adequarem o piso salarial pela jornada máxima de trabalho de 44 horas semanais. E o que o Sincofarma-RJ ofereceu apenas o reajuste do índice, sem regulamentação da jornada e não houve rodada de negociação”, explica Catarine Cavalcanti, coordenadora operacional da Escola Nacional dos Farmacêuticos e membro da comissão de negociação.

A diretora da Fenafar, Débora Melecchi diz que o Sinfaerj chamará audiência na próxima semana para levar para a categoria a contra proposta do

 Sincofarma, de repassar somente o INPC do período. Com a decisão da assembleia, a proposta deve ser encaminhada ao Sincofarma que deverá retornar ao Sinfaerj. No prazo máximo de 45 dias ocorrerá nova reunião na SRT”.

Na sua avaliação, “a mediação foi importante para provocar no patronal a necessidade de elevar a proposta de piso, que esta abaixo da lei estadual, que hoje define um piso acima de R$2.899,79, enquanto a proposta do patronal ficou na faixa de R$ 2700,00. Além disso, a presença da Fenafar demarcou espaço de fortalecimento e organização da categoria, apoiando a luta dos profissionais via Sinfaerj”.

Catarine Cavalcanti considera que “todo processo de mediação somado à organização da categoria e com a presença da mesma é importante. Demonstra união e interesse da categoria em melhorar as condições salariais do farmacêutico. Agora é o momento de nos organizarmos e lutar por um trabalho decente no Rio de Janeiro”.