CASF: uma ferramenta associativa sindicaliza

A realidade do movimento sindical, a baixa participação e o envolvimento dos trabalhadores e trabalhadoras e a reforma trabalhista, que visa sufocar financeiramente os sindicatos, exige criatividade e estratégias para buscar a adesão da categoria à sua entidade de classe. Com base neste entendimento, o 3° Encontro Sul, Sudeste e Centro-Oeste de Sindicatos de Farmacêuticos debateu, na manhã deste sábado (21), o CASF (Clube Assistencial dos Farmacêuticos).

 

 

por Sônia Corrêa, de Brasília

O presidente do Sindicato dos Farmacêuticos de São Paulo, Glicério Diz Maia fez uma apresentação do CASF no Estado. Ele diz que o Clube é um instrumento para atrair os profissionais para o Sindicato que, apesar da utilização do caminho assistencialista, o sindicato não abre mão do seu papel classista e político, de luta pelos direitos da categoria.

O CASF/SP tem como estratégia a soma das lutas pela categoria e a oferta de benefícios. Por isso, o Clube já possui um grande conjunto de convênios com empresas de consórcios, educação, lazer, saúde e utilidades. Entre os produtos ofertados estão a saúde complementar, seguro de vida, odontologia e prêmios.

Como forma de atrair os associados, São Paulo adotou como estratégia que o valor referente a contribuição sindical somado com a contribuição associativa tenha o seu valor devolvido aos beneficiários através de prêmios. Além disso, com a finalidade de manter o relacionamento com os associados e fidelizar, o CASF envia brindes.

Os resultados, segundo Glicério, já estão aparecendo. A campanha de sindicalização já resultou num crescimento de 15,5% da base de associados. Como a retirada do prêmio acontece no sindicato, permite que o sindicalizado seja abordado e, através destas conversas, o relacionamento amplia e conduz à fidelização.

O financiamento da entidade também tem resultados. A arrecadação associativa quase dobrou de 2016 para 2017. A entidade além de se preocupar com estratégias de comunicação com redução de custos, também optou pelo facilitamento do pagamento, que pode ser feito através de boleto e cartão de crédito, parcelado em até três vezes. A projeção é alcançar 100% dos sócios com pagamentos em dia, cadastrados e ativos.

A tesoureira da Fenafar, Célia Chaves, responsável pela implementação do CASF nacional, também apresentou um balanço do trabalho que está em curso. Até o momento Acre, Amazonas, Ceará, Goias, Maranhão, Minas, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo já assinaram o termo de adesão ao CASF/BR.

Pelo balanço apresentado, o Acre é o Estado que mais avançou em termos de firmar convênios, tendo agregado empresas de utilidade, turismo, saúde e educação. No Rio Grande do Sul os convênios estão ligados à contabilidade, educação, segurança e turismo. O CASF/BR também firmou convênios direto na área de turismo.