Categoria rejeita proposta de reajuste abaixo do INPC feita pelo Sincofarma

Em assembleia virtual nesta 5ª feira, 12/08/21, bastante concorrida e com recorde de participação, as farmacêuticas e os farmacêuticos presentes disseram não à proposta de reajuste feita pela direção do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos – Sincofarma, de apenas 80% do INPC para reajuste da remuneração da categoria do setor.

 

 

O Sincofarma não considerou nenhuma das demais cláusulas apresentadas na Pauta de Reivindicações aprovada em assembleia da categoria em fevereiro (42 láusulas).

Em tempos de Pandemia Covid-19 e devido ao maior grau de exposição dos colegas, a reivindicação do adicional de insalubridade, simplesmente,  não foi considerada, assim como a obrigatoriedade de pagamento do salário em conta, cláusula existente desde o final da década de 1980 e que absurdamente continua sendo negada, sem a menor justificativa…

Crescimento do varejo farmacêutico

O setor farmacêutico foi um dos poucos da economia que teve desempenho positivo em meio a Pandemia, desde 2020. De acordo com instituições de pesquisa de mercado ligado a indústria e ao comércio de medicamentos, portanto, entidades que assessoram as empresas patronais,  onde um dos estudos feito pela empresa Close-Up International aponta que o varejo farmacêutico deve, pela primeira vez, atingir faturamento de três dígitos e ultrapassar R$ 103,2 bilhões em 2021, com a venda de 7 bilhões de unidades. O resultado representaria um avanço de 10,8% na comparação com os R$ 93,1 bilhões alcançados em 2020. Veja quadro abaixo. 

Este crescimento deve-se muito à dedicação e envolvimento da categoria farmacêutica, que se expôs mais ainda aos riscos de contaminação pelo coronavírus e também aos serviços e demandas cada vez diversificadas e que tem feito das farmácias e drogarias verdadeiros estabelecimentos prestadores de serviços de saúde.

 Não fugindo à luta, ao contrário, a categoria vem assumindo cada vez mais responsabilidades, jornadas extenuantes, com competência e disposição enquanto profissional de saúde comprometido com a sua profissão e com seus deveres.

 Os participantes da Assembleia manifestaram indignação perante essa demonstração de não reconhecimento, pelo patronal,  a todo  trabalho desenvolvido e de forma unânime, rejeitaram a proposta de apenas 80% (4,98%) do INPC referente à data-base que é o mês de março (6,22%). Entendemos que reajuste abaixo da correção de perdas é redução salarial, portanto, inaceitável.

A direção do Sinfarmig apresentará ao Sincofarma essa decisão e proporá nova reunião para que alcancemos, pelo menos, o INPC cheio.

 Seguimos em frente na defesa dos direitos e da dignidade do trabalho farmacêutico.

Fonte: Sinfarmig