Gastos com propaganda em saúde ultrapassam US$ 30 bi só nos EUA

Os gastos em marketing na saúde dobraram nos EUA entre 1997 e 2016, chegando a impressionantes US$ 30 bilhões por ano, segundo uma pesquisa publicada esta semana no Journal of American Medical Association – JAMA.

 

 

A matéria do site Kaiser Health News explica que a publicidade na indústria farmacêutica não faz só as pessoas escolherem uma ou outra marca, mas vai além: faz com que elas se preocupem com doenças que não têm e peçam remédios ou exames de que não precisam. O retorno é enorme.

A maior parte do dinheiro vai para influenciar médicos, com pagamentos de viagens e inscrições de conferências etc. Mas os marqueteiros estão cada vez mais interessados em fazer publicidade direta para os consumidores. A publicidade de testes genéticos (que permitem que as pessoas conheçam sua ascendência ou risco de doenças) já custou US$ 38 milhões só em 2016. Clínicas de células-tronco – que inclusive oferecem terapias ainda não aprovadas por agências reguladoras – aumentaram seus gastos com marketing imensamente, e eles passaram de US$ 900 mil em 2012 para US$ 11,3 milhões em 2016.

As estratégias para essa comunicação mais direta se multiplicam. Incluem os comerciais de TV que mandam as pessoas consultarem os seus médicos sobre determinado medicamento. Mas também tem coisas mais novas, como campanhas na internet que encorajam o autodiagnóstico ou sugerem como as pessoas devem abordar seus médico. O site do Viagra, por exemplo, fornece perguntas específicas que os pacientes devem fazer nas consultas. O ‘viagra feminino’, Addyi, vai mais longe e as pacientes podem  usar o site para marcar uma consulta telefônica sobre o remédio.

Fonte: Outra Saúde
Publicado em 09/01/2019