Fenafar reúne lideranças farmacêuticas para discutir a 2ª CNSMu

No último dia 18 de março, diversas lideranças farmacêuticas e do movimento feminista reuniram-se em Florianópolis a convite da Federação Nacional dos Farmacêuticos para debater, organizar e orientar a participação da categoria farmacêutica nos espaços da 2ª Conferência Nacional de Saúde da Mulher.

A luta pelo fortalecimento do controle social da saúde e pelo respeito e cumprimento às suas deliberações, com ampla participação das farmacêuticas e dos farmacêuticos nos processos de Conferências foi deliberada no 8º Congresso da Federação. Além disso, é fundamental levar para todos os espaços o acúmulo, construído no último período nos encontros propiciados pela Fenafar e a Escola Nacional dos Farmacêuticos, sobre o direito a Assistência Farmacêutica plena, conforme preconiza a Resolução Nº 338/2014 da Política Nacional de Assistência Farmacêutica reafirmada pela Lei 13021/2014.

O Grupo de Trabalho constituído pela Fenafar para discutir a intervenção das farmacêuticas apontou que a força de trabalho na categoria é predominantemente de mulheres, desta forma trata-se a 2ª Conferência é um momento ímpar para qualificar e estruturar a atuação da categoria nos espaços do controle social da saúde, buscando construir um lastro de consciência sobre a lógica da promoção, proteção e a prevenção a saúde.

Participaram da reunião o presidente da Fenafar, Ronald Ferreira dos Santos; Soraya Amorim, diretora da Mulher da Fenafar e Membro da Comissão Organizadora da 2ªCNSMu; Eliane Simões, diretora Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora da Fenafar; Silvana Nair Leite, diretora de Educação da Fenafar e Coordenadora Geral da Escola Nacional dos Farmacêuticos; Gilda Almeida de Souza, diretora de Relações Internacional da Fenafar e diretora da CTB; Debora Raymundo Melecchi, diretora de Organização Sindical da Fenafar; Lia Melo de Almeida, diretora Regional Sul da Fenafar; Simone Lolatto da União Brasileira de Mulheres/SC; Elgiane Lago, diretora de Saúde da CTB, Ivânia Pereira, diretora da Mulher da CTB; Marselle Nobre, Coordenadora da Escola Nacional dos Farmacêuticos; Fernanda Manzini, Coordenadora da Escola Nacional dos Farmacêuticos; Carmem Lúcia Luiz, Conselheira Nacional de Saúde e Membro da Comissão Organizadora da 2ªCNSMu; Migue Silva da Cooperação Conselho Nacional de Saúde e Zizia Oliveira, assessora da Fenafar.

No que tange as questões específicas da saúde da mulher, profundas mudanças precisam ser realizadas na sociedade para a garantia de uma estrutura social que seja capaz de eliminar as desigualdades que hoje afetam a condição de gênero, seja nas relações familiares, afetivas e nos espaços de trabalho.

Atualmente as mulheres são as maiores vítimas de sofrimentos psíquicos, apesar de subnotificados pelos órgãos competentes, pesquisas realizadas pela Fenafar na categoria, já identificam este agravo. O alto índice de medicalização e dispensação de medicamentos dão conta dessa realidade, seja para fins de transtornos mentais, controle reprodutivo, e ou estéticos e tem acarretado sequelas e graves riscos à saúde destas mulheres.

Assim as lideranças que participaram da reunião em Florianópolis aptom que “a farmacêutica e o farmacêutico têm um papel primordial, ao ser o profissional de saúde do qual a população tem acesso, durante a dispensação destes medicamentos, tendo o dever de sempre atuar na linha do cuidado, garantido o uso correto e adequado do medicamento, para fins curativos, e buscando a qualidade de vida, e saúde destas mulheres”.

Após um dia de debates, foi construído um documento orientador, que muito em breve será divulgado para subsidiar a participação das farmacêuticas e farmacêuticos nos espaços da 2ªCNSMu. O documento faz forte defesa da Seguridade Social, no que tange a Saúde, Previdência e Assistência Social, como a defesa da igualdade de direitos trabalhistas e equidade dos direitos previdenciários, entre homens e mulheres.

Maiores informações sobre a 2ªCNSMu : https://www.facebook.com/2cnsmu/

Assessoria da Fenafar