Os desafios das farmacêuticas! É Hora de mudar esse cenário

Mulheres são maioria na profissão, porém ainda menos valorizadas. Por isso, é necessário discutir e lutar para defender os direitos das profissionais farmacêuticas.

 

 

De acordo com Relatório do Conselho Federal de Farmácia, publicado em 2015, chamado Perfil do Farmacêutico no Brasil, estudos apontam para a “feminização” da profissão no Brasil.

Porém, um outro dado chama a atenção no estudo: os cargos com salários acima de R$ 5 mil estão muito mais concentrados entre os profissionais masculinos (22%). E apenas 10% das mulheres estão empregadas com essa remuneração, mesmo sendo maioria no mercado.

Gráfico: Perfil do Farmacêutico no Brasil – Conselho Federal de Farmácia (2015)

Para Priscila Vaultier, diretora de comunicação do SINFAR-SP, é necessário mudar a lógica machista que rege as contratações; empresas que dão preferência por homens em cargo de gerência, demissões pós licença-maternidade, estabelecimentos que contratam homens para o turno da noite,para não arcar com os custos de segurança, entre outras situações.

“Hoje, pela Convenção Coletiva de Trabalho, a mulher tem direito a levar o filho duas vezes por mês ao médico, sem desconto,se esse direito é estendido ao pai, mudam as condições para a mulher e diminuem os preconceitos em relação ao trabalho da mulher.O mesmo acontece com maior tempo de licença paternidade”, aponta Priscila,que também observa que indicadores sobre a eficiência da mulher no trabalho, seriam mais uma poderosa ferramenta no combate ao machismo nas empresas.

Para Renata Gonçalves, secretária do SINFAR-SP, direitos garantidos pela CCT,como jornada reduzida para amamentação ou acompanhar o filho ao médico devem ser cobrados das empresas.

“Essa é uma realidade que devemos lutar para mudar. O direito está assegurado por lei e se a mulher não cobra os empregadores não cumprem. Mulheres são a maioria no mercado e uma força de trabalho essencial para a economia e qualquer negócio”,observa.

Reforma da Previdência

A secretaria do SINFAR-SP convoca também as mulheres a ficarem alertas e mobilizadas.De acordo com a proposta da Reforma da Previdência, o governo pretende aumentar a idade mínima das mulheres para aposentadoria, de 60 para 62 anos,sem levar em conta que as mulheres trabalham mais, comprovadamente, e ainda possuem dupla jornada de trabalho.

Fonte: Sinfar-SP