Fim do Farmácia Popular é uma ameaça à vida

Leia nota da Federação Nacional dos Farmacêuticos sobre o anúncio feito pelo ministro Paulo Guedes de extinção do Programa Farmácia Popular.

 

 

A Federação Nacional dos Farmacêuticos manifesta seu mais profundo repúdio à extinção do programa Farmácia Popular. 

Uma das políticas públicas mais inclusivas do país, criada em 2004, na primeira gestão do governo Lula, o Farmácia Popular tinha o objetivo de garantir acesso gratuito a medicamentos essenciais para tratamento de doenças como diabetes, hipertensão, asma, doença de Parkinson, glaucoma entre outros. 

O programa é indispensável, porque além do direito ao acesso ao medicamento, o programa contribui para controlar o agravamento de doenças crônicas, o que além de melhorar a qualidade de vida das pessoas, reduz os gastos com o atendimento pelo Sistema Único de Saúde. De acordo com dados do IPEA, entre 2003 e 2016 houve uma redução média de 15% do total de óbitos no país por diabetes, hipertensão e asma, em razão da ampliação do acesso aos medicamentos pelo Farmácia Popular. Também se observou, no mesmo período, uma redução acentuada no número de internações relacionadas a estas enfermidades. No centro-oeste, essa diminuição chegou a 90%.

Os impactos do fim desse programa — em meio à uma grave crise sanitária e econômica, na qual assistimos atônitos o aumento da miséria e dos índices de desemprego — é um atentado contra a vida de milhões de brasileiros e brasileiras.