Sinfarpe reivindica reajuste para farmacêuticos da rede Pague Menos

A presidente do Sinfarpe, Veridiana Ribeiro, e o assessor jurídico do sindicato, José Leniro, se reuniram na manhã desta quarta-feira, 12, com gerentes da Pague Menos para tratar do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), dos farmacêuticos da rede, celebrado entre as duas partes no ano passado. Segundo denúncias feitas à entidade sindical, a empresa estaria se recusando a reajustar os salários, em 8,5%, conforme determinado na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2016/2017 dos profissionais no Estado. Depois de uma ampla discussão sobre o assunto, os representantes da empresa ficaram de dar uma resposta ao sindicato, após conversarem com a administração geral em Fortaleza (CE).

 

Antes de se comprometerem a dar um novo posicionamento, os gerentes tentaram justificar por que não poderiam conceder o reajuste. Alegaram que aplicar o percentual estipulado na CCT penalizaria a empresa, pois os salários ficariam acima dos pagos pelas demais redes. Argumentaram ainda que o ACT já havia contemplado os profissionais com vários benefícios financeiros, incluindo a alteração da faixa salarial conforme a carga trabalhada, a qual serviu como base para o texto da Convenção geral da categoria. Veridiana rebateu o argumento, e disse que o reajuste é direito de todos e lembrou que ele está determinado na CCT, já homologada pelo Ministério do Trabalho.

“Claro que o Acordo serviu como base para a Convenção, mas as conquistas foram frutos das mobilizações, discussões, participação da categoria nas atividades, inclusive nas audiências do dissídio no Tribunal Regional do Trabalho (TRT6) e o amplo debate com os profissionais que abraçaram a causa e lutaram em defesa de seus direitos. O sindicato foi incansável nessa luta, assim grande parte de sua base!”, salientou a presidente.  

O assessor jurídico do Sinfarpe, José Leniro, ressaltou também que o reajuste para os farmacêuticos da rede havia sido acordado informalmente pelo advogado da empresa, quando da celebração do Acordo Coletivo. “A empresa havia se comprometido a incorporar o reajuste na folha dos profissionais quando a CCT fosse homologada, por isso, não incluímos esse item no ACT. Independente dos valores ficarem acima do que algumas redes pagam, ou vão pagar por força da Convenção, o reajuste deve ser ofertado à categoria, caso contrário, ela ficará sem aumento relativo ao ano de 2016”, enfatizou.

Veridiana questionou ainda a desculpa dos representantes da Pague Menos, quanto à falta de condições em reajustar os salários dos profissionais. “É impossível acreditar que uma rede deste porte não possa conceder aos seus farmacêuticos, um aumento que ficou abaixo do índice inflacionário de 2016. Esperamos que a empresa nos apresente uma resposta positiva e que continue mantendo uma relação amigável com o sindicato, como teve até agora. Caso nossa reivindicação seja negada, o sindicato tomará as medidas cabíveis”, anunciou.

A reunião foi acompanhada pelos representantes da Pague Menos: Elaine Souza (gerente Regional da Zona Norte), Micaline Soares, Adriane Gomes (gerente Regional), Eduardo Ramos (assessor jurídico da empresa no Estado) e Glauber Araújo (gerente de Operações).

Fonte: Sinfarpe