O 1º Curso de Formação Sindical realizado pelo Sinfarpe e Fenafar na capital pernambucana, nos dias 29 e 30 de setembro, contou com duas aulas importantes: “Relações de Trabalho na Profissão Farmacêutica: negociação, acordos e convenções coletivas”, ministrada na tarde do sábado, 30, pelo farmacêutico e blogueiro, Marco Aurélio Pereira, e A importância da comunicação nos meios classistas, abordado pejo jornalista Fernando Borgonovi.
Resistir ao que acontecerá após a Reforma Trabalhista entrar em vigor, a partir de novembro deste ano, foi um dos pontos relevantes abordados por Marco Aurélio. O cenário atual e as incertezas em relação ao mercado de trabalho foram amplamente discutidos com a assistência.
Marco Aurélio destacou bem como a terceirização vai precarizar o trabalho no país, restringir direitos e reduzir salários da classe trabalhadora. E os farmacêuticos serão atingidos, como qualquer outra categoria de profissionais no Brasil. O tema trouxe à discussão processos de negociação, fórmulas de atuar junto aos empregadores nas reuniões sobre campanhas salariais, a importância da interação do jurídico das entidades sindicais com os trabalhadores, bem como a força da comunicação neste processo todo.
“Temos que estar preparados para o que virá. É um cenário de incertezas políticas, econômicas e sociais, mas uma coisa temos como certa: jamais vamos desistir de lutar!”, declarou Veridiana Ribeiro, presidente do Sinfarpe.
Comunicação sindical deve ser parte da luta contra-hegemônica
O jornalista Fernando Borgonovi discorreu sobre a temática, destacando como o processo comunicacional dos sindicatos e das centrais sindicais devem ser parte da luta contra-hegemônica, com um trabalho voltado em desfavor das classes dominantes e sua visão de poder.
Para Borgonovi, a comunicação precisa engajar o trabalhador na luta pela conscientização e deve reportar fatos com valores de ideias classistas. “Politizar
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e elevar a consciência das de classe são fundamentais neste campo. Estamos num tempo da desmoralização da política e tentativas de exterminação dos sindicatos no país, por isso, se faz necessário o uso de estratégias comunicativas eficazes para atrair a categoria trabalhadora às lutas contra o domínio dos que oprimem a massa”, ponderou.
“Os trabalhadores precisam olhar para os sindicatos como os únicos instrumentos de lutas para defender seus direitos e isso pode ser conquistado com uma boa comunicação com a base e valorização desta neste processo”, concluiu o expositor.
O 1º Curso de Formação Sindical em Recife foi encerrado com aprovação e elogios de todos os participantes. Representantes da Fanafar e de outros sindicatos prestigiaram o evento, como Lavínia Magalhães (Sinfarce e Fenafar) e Gilda Almeida (Fenafar), entre outros.
Da redação com Sinfarpe