Patronal não aceita proposta do Sindfar-DF em mediação no MPT. Acordo vai para a Justiça

A diretoria do Sindicato dos Farmacêuticos do Distrito Federal e a Federação Nacional dos Farmacêuticos participaram nesta terça-feira (30) de uma reunião de mediação no Ministério Público do Trabalho para tentar fechar a Convenção Coletiva de Trabalho – CCT com o Sindicato do Comércio Varejista – Sincofarma.

A negociação entre Sincofarma e Sindfar-DF se arrasta há meses sem que se consiga chegar a um acordo. “Infelizmente, apesar de várias reuniões bilaterais e três reuniões de mediação, a reunião de ontem mediada pelo procurador Cristiano Paixão também não chegou a um acordo. O Sincofarma não abre mão de criar uma nova função na CCT que é a do Assistente de Farmácia, com salário de R$ 3.250,00. Essa nova função tem como objetivo, na verdade, reduzir o salário do responsável técnico que atualmente recebe R$ 5.500,00. O Sindicato de Brasília não aceitou a proposta e o procurador encerrou a mediação e o caminho agora é o judicial”, explicou Fábio Basílio, diretor do Sindfar-DF e vice-presidente da Fenafar que acompanhou a mediação.

Além de Fábio Basílio, o assessor jurídico da Fenafar, Leocir Costa Rosa também participou da reunião no MPT. A Fenafar está preocupada com a situação de Brasília e as práticas antisindicais pelo patronal daqui e com esta tentativa de precarização do trabalho farmacêutico. Eles estão criando um cargo novo com salário baixo. A Fenafar não concorda. Agora o procurador deu um prazo de cinco dias úteis para que as partes se posicionem e justifiquem o dissídio. O único que foi pedido pelo sindicato foi a reposição da inflação e o patronal não aceitou. Por este motivo e pelo respeito ao deliberado em assembléia o sindicato não abriu mão das conquistas históricas dos farmacêuticos e agora partirá para as vias judiciais para que nenhum direito seja subtraído”, salientou Basílio.

Estiveram presentes representando os trabalhadores os diretores do sindicato Iohanna Martins e Rayzah Teodoro de Oliveira, membros da comissão de negociação, os farmacêuticos Forland Oliveira Silva, Valença e Poliana.

Da redação