“País vive estado de exceção”, diz Ronald dos Santos, em evento no Recife

“Estamos vivendo literalmente um ‘Estado de Exceção’, onde as regras são ditadas pela autoridade do momento. No atual cenário político do país, podemos dizer que ‘leis’ não servem para nada, por isso, é importante que nós, enquanto entidades sindicais, estejamos conscientes da necessidade de ampliar nossos debates e nossas formas de manifestações para reforçar o movimento de luta”, declarou o presidente da Fenafar e do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Ronald dos Santos, na abertura do 5º Encontro Norte e Nordeste dos Sindicatos dos Farmacêuticos, no final da tarde desta quinta-feira, 20. O evento acontece até sábado, 22, no Hotel Jangadeiro, em Boa Viagem, no Recife-PE, e reúne dirigentes sindicais das duas regiões e de outros estados do Sul e Sudeste, como convidados.

 

A fala de Ronald transcorreu dentro do tema “Controle Social e Valorização do Trabalho Farmacêutico no SUS”, que abriu a programação, e que foi amplamente debatido pelos demais componentes da mesa: Ielano Mesquita, Rilke Novato e Soraia Amorim. Antes da formação da mesa, a presidente do Sinfarpe, Veridiana Ribeiro, deu as boas vindas aos presentes. O diretor de Formação Sindical da Fenafar, Luciano Mamede, coordenou o primeiro debate da noite.

Os debatedores salientaram a necessidade das entidades sindicais se posicionarem contra o desmonte que o Sistema Único de Saúde (SUS) e outros serviços públicos vêm sofrendo com a política adotada pelo governo federal e, mesmo que uma parcela da categoria não concorde com a ideologia do sindicato, este precisa manter sua posição e convocar sua base para a luta, defendendo assim, o verdadeiro sentido de existência das entidades classistas, que é o de lutar em defesa dos direitos dos trabalhadores e da sociedade como um todo.

Rilke Novato ressaltou que a escolha do Recife para sediar o 5º Encontro foi especial, visto que o Sinfarpe está no seu cinquentenário e merecia este presente. Lembrou que os sindicalistas devem estar prontos para o enfrentamento e reforçou: “é necessário se reenergizar para encarar o que vem pela frente!”. O debate foi aberto para exposições da plateia. A diretora do Sinfarpe, Maria José Tenório, falou sobre a situação do Sinfarpe e das dificuldades que a entidade encontra para tratar de assuntos políticos com a base. Outros fizeram uso da palavra para expor condições semelhantes em seus estados. Veridiana Ribeiro lembrou que as entidades precisam se reorganizar.

O primeiro tema da noite contou com as presenças dos diretores do Sinfarpe, Veridiana Ribeiro, Maria José Tenório, Rodrigo Sales e Marise Matwijszyn, além dos convidados da entidade sindical, Holdack Veloso, João Maurício de Almeida e Leonardo de Barros. Representantes de 13 estados (Pernambuco, Sergipe, Maranhão, Bahia, Ceará, Roraima, Amazonas, Piauí, Paraíba, São Paulo, Goiás, Santa Catarina e Minas Gerais) participam do evento neste primeiro dia.

A noite segue com mais debates na segunda mesa, que tratará da “Situação Política Atual e o Movimento Sindical”, com a participação do senador Humberto Costa e da presidente do Sinfarpe, na mesa. Ao final será feita uma homenagem ao professor Edson Pereira, ex-presidente da Fenafar.

Fonte: Sinfarpe