MG: Fórum Estadual de Luta pela Valorização da Profissão demonstra preocupação com curso de Farmácia EaD

A primeira reunião mensal do ano realizada na última quinta-feira, 16/02, o Fórum Estadual Permanente de Luta pela Valorização da Profissão Farmacêutica contou com a participação de várias entidades da categoria. Entre elas, representantes do Sindicato dos Farmacêuticos de Minas Gerais (Sinfarmig), da Associação Mineira de Farmacêuticos (AMF), da Sociedade Brasileira do e Farmacêuticos em Oncologia, Regional Minas Gerais (Sobrafo), da Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar Regional Minas Gerais (SBRAFH), da Executiva Regional dos Estudantes de Farmácia (EREFAR) e do CRF/MG.

 

A Coordenadora do Fórum Estadual Permanente de Luta pela Valorização da Profissão, Júnia Lelis, abriu a reunião abordando os principais pontos da pauta. Os cursos de graduação em Farmácia na Modalidade de Educação a Distância – EaD que tem sido motivo de preocupação para as entidades e motivou a campanha nacional lançada esta semana pela Federação Nacional dos Farmacêuticos – Fenafar, “A Vida Não é Virtual”. O objetivo é denunciar a resolução nº 01 de 11 de março de 2016, do Ministério da Educação, que autoriza o funcionamento de cursos de graduação na Modalidade de Educação a Distância – EaD, e que incluem os cursos de graduação em Saúde.

O Diretor da Fenafar, Rilke Novato, destacou que “as graduações em saúde devem ser pautadas em princípios humanos, éticos e científicos. A interação social e as experiências interprofissionais precisam ser desenvolvidas a partir dos anos iniciais. Ela deve percorrer todo o processo de aprendizagem, preparando os alunos com atividades curriculares e complementares, sob responsabilidade da IES, dentro e fora da universidade”. Ele ressaltou, ainda, que é importante alcançar amadurecimento para os estágios finais, devidamente supervisionados que já são preconizados pela Resolução 350/2005 do Conselho Nacional de Saúde.

Os membros do Fórum Estadual decidiram elaborar uma carta, com o posicionamento da entidade e devidos esclarecimentos assinada por todos que será encaminhada às instituições de ensino e também ao Conselho Federal de Farmácia (CFF). Outro tema da reunião foi a proposta da Prefeitura de Belo Horizonte de reorganização da Assistência Farmacêutica, com previsão de fechamento das farmácias das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e a transferência da distribuição dos medicamentos para a rede privada.

Também foi assunto da pauta o repasse do incentivo do Programa Farmácia de Todos que está em processo de mudanças por iniciativa do Governo de Minas. As entidades estudam uma forma de conseguir a provação de uma nova Resolução na Secretaria Estadual de Saúde que garanta o repasse do incentivo aos farmacêuticos. Em março, será proposta uma reunião com o novo presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (Cosems) e com a Superintendência de Assistência Farmacêutica (SAF), na tentativa de buscar uma solução para o problema.

Júnia Lélis informou, também, sobre as providências que estão sendo tomadas depois que a Justiça negou liminar do Sindicato dos Farmacêuticos de Minas Gerais – Sinfarmig que pedia a suspensão do concurso público para a ocupação de soldado farmacêutico da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) com base em tratamento isonômico por nível de graduação.

Outro informe dado pela Coordenadora do Fórum Estadual Permanente de Luta pela Valorização da Profissão Farmacêutica foi a respeito do ofício que o Sinfarmig enviou à Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM solicitando correção em Edital de Concurso Público para Farmacêutico.

Fonte: Sinfarmig