Diretas Já: ato político da Frente Brasil Popular lança plano de emergência para o país

A Frente Brasil Popular, formada por movimentos sociais e políticos e apoiada pelas centrais sindicais, realizou nesta segunda-feira (29) um ato no teatro Tuca, na PUC-SP, por eleições diretas e para o lançamento do Plano Popular de Emergência, um documento com dez pontos que apresenta uma proposta politica e econômica para o país.

O ato reforçou a unidade entre os movimentos progressistas e democráticos que, mesmo possuindo divergências, vêm se fortalecendo e ampliando sua luta por direitos e contra o avanço neoliberal, privatizante e antitrabalhista que tenta se impor com força pela via legislativa e do executivo.

“O plano propõe caminhos para o desenvolvimento econômico com distribuição de renda, que é uma luta importante e central do movimento sindical”, afirmou Adilson Araújo. Do ponto de vista econômico, a proposta visa implementar um projeto nacional de desenvolvimento que fortaleça a economia nacional e o desenvolvimento com valorização do salário mínimo.

E assim, “enfrentar a desigualdade de renda, de fortuna e de patrimônio como veios fundamentais para a reconstrução da economia brasileira, para a recomposição do mercado interno de massas, da indústria nacional, da saúde financeira do Estado e da soberania nacional, um modelo social baseado no bem-estar e na democracia”, aponta o documento.

Democracia, Diretas Já e Greve Geral

O plano emergencial traz algumas questões centrais, como a antecipação das eleições para presidente; a democratização da mídia, uma reforma política; taxação para grandes fortunas e a constitucionalização da renda mínima. O documento está aberto a receber propostas das entidades participantes.

“A saída democrática que propomos tem como pressuposto a antecipação das eleições presidenciais para 2017. Esse é primeiro passo para se travar uma ampla e persistente disputa política capaz de criar uma correlação de forças favorável a oportuna convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte, destinada a refundar o Estado de direito e estabelecer reformas estruturais democráticas”, destaca o texto.

E uma nova greve geral começa a ser organizada pelas centrais sindicais. A decisão foi tomada em conjunto na manhã desta segunda-feira, em reunião na sede da CTB. O comunicado foi feito por Vagner Freitas, da CUT, durante o ato no Tuca. Será na última semana de junho, dia ainda não definido.

Estavam presentes no evento o ex-prefeito Fernando Haddad (PT-SP), o ex-ministro e ex-presidente do PSB, Roberto Amaral, o presidente da CTB, Adilson Araújo, a presidenta da UNE, Carina Vitral, o presidente da CUT, Vagner Freitas, a jornalista Laura Capiglione, o presidente do MST, João Pedro Stédile, o coordenador da Central de Movimentos Populares (CMP), Raimundo Bonfim, entre outras lideranças.

Fonte: CTB