CTB defende revogação da reforma trabalhista

A CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) defendeu a revogação da reforma trabalhista, aprovada no governo Michel Temer e aprofundada no governo Bolsonaro. Adilson Araújo, presidente da entidade, ressalta que o foco agora deve ser a volta da garantia dos direitos depois de todos os ataques sofridos pelos trabalhadores e pelo movimento sindical desde a implantação da reforma.

“É necessário que a gente possa enxergar que a reforma trabalhista aprovada em novembro de 2017 visou desconstitucionalizar, desregulamentar e promover o desmonte do Estado nacional”, afirmou Adilson Araújo.

O presidente da CTB defende que as prioridades no momento são o combate ao trabalho intermitente, com garantia dos direitos dos profissionais de aplicativos, bem como o fortalecimento do movimento sindical. “Precisamos pôr fim ao contrato intermitente, pôr fim ao universo de medidas que precarizaram as relações de trabalho, sobretudo aos trabalhadores por aplicativo e a elevada informalidade”.

“Fazer a valer a importância de garantir a sustentação material dos sindicatos, de forma autônoma e independente, também está na síntese da ideia do movimento sindical brasileiro”, ressaltou.

O debate sobre a reforma trabalhista foi um dos temas mais debatidos pelo movimento sindical durante a campanha eleitoral. Na fase de transição, o presidente eleito Lula já sinalizou mudanças em pelo menos três pontos da reforma, como o que trata do regime de trabalho intermitente, o acordo direto entre patrão e empregado sem mediação do sindicato, e estudos sobre o retorno da aplicação da ultratividade em convenções coletivas, que consiste na prolongação dos efeitos do acordo coletivo de trabalho para além do prazo de sua vigência, até que nova negociação entre em vigor.

Fonte: Hora do Povo