5º Encontro Norte, Nordeste:Discussões sobre negociações e comunicação encerram programação

“Negociação com o Setor Privado (redes de farmácias) e o Setor Público: Experiências e Ações foi o tema que iniciou o terceiro dia do 5º Encontro Norte e Nordeste dos Sindicatos dos Farmacêuticos, e foi abordado pelo presidente do Sinfarce, Márcio Batista, o qual detalhou quais os principais problemas que os sindicatos enfrentam para negociar com os setores públicos e privados.

 

Usando um slide, ele apresentou dados do faturamento do setor farmacêutico e comparou com o discurso incoerente do patronato para não conceder salários adequados aos profissionais. A mesa foi composta por Leandro Basso (assessor jurídico da Fenafar), José Leniro Rodrigues (assessor jurídico do Sinfarpe), Isabela Sobrinho (diretora jurídica da Fenafar) e os líderes sindicais, Luciano Mamede e Lavínia Maia,que coordenou os trabalhos.

O advogado da Fenafar, Leandro Basso, resumiu o quadro geral do setor judiciário no país, que tem trabalhado para desqualificar o trabalhador com aplicação de sentenças que retira direitos da classe, como a queda da ultratividade, que é a perpetuação dos diretos garantidos em convenção anterior, até que nova convenção venha a ser definida pela justiça, segundo explicou o advogado do Sinfarpe, José Leniro Rodrigues, o terceiro a debater o tema. Leniro lembrou que o STF está tentando fazer a reforma trabalhista via judiciário, com interesses próprios envolvidos na causa.

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Em relação ao tema central do debate, o advogado do Sinfarpe lembrou a situação imposta pelas grandes redes que chegaram ao Estado, definindo novas cargas de trabalho para os profissionais. O sindicato judicializou várias ações coletivas contra as redes e eles reagiram. “Por isso, precisamos estar preparados para o combate com o patronato”, ressaltou. A diretoria de Assuntos Jurídicos da Fenafar, Isabela Sobrinho, destacou a situação com o setor público no Acre, onde atua como dirigente sindical, enfatizando a falta dos profissionais farmacêuticos no setor público. “Não diferente de todos os estados, nós do Acre precisamos aprender a negociar e estar preparados para encarar a luta”, declarou.

Luciano Mamede foi o último a debater o tema e relatou que a situação no Maranhão não é diferente, com o patronato impondo suas condições de trabalho, salários e cargas horárias. O sindicato local também ajuizou ações contra as grandes e empresas sobre assédio moral contra os farmacêuticos. Lavínia Maia encerrou a exposição com notações sobre o que cada um narrou sobre seus estados e em nível nacional e abriu espaço para o debate com a assistência.

Financiamento e Comunicação Sindical

O segundo tema discutido no sábado, 22, foi Financiamento e Comunicação Sindical. O diretor de Comunicação da Fenafar, Sérgio Gomes, fez um relato sobreas ferramentas de divulgação utilizados pela Federação e as estratégias comunicativas para levar informações aos sindicatos filiados, às centrais sindicais parceiras e à sociedade. Destacou o planejamento como essencial para que a comunicação funcione nas instituições de classe, com o objetivo de esclarecer as categorias sobre suas atividades e atrai-las ao movimento de luta.

Sérgio dividiu a exposição do tema com Carlos Toledo (do sindicato maranhense – Sinfarma), Ulisses Nogueira (Sinfarpi), Glicério Maia (Sinfar-SP), que fez uma excelente explanação sobre financiamento sindical, e Cecília Leite Motta (Sinfar/AM). Os expositores falaram como suas entidades promovem a comunicação institucional e externa. Muitos lamentaram a situação precária de filiação e estrutural dos sindicatos para a contratação de profissionais qualificados para realizar o trabalho de divulgação, sendo este feito pela própria diretoria.

No debate, inclusive com os argumentos da assistência, que o profissionalismo neste setor contribui não só para qualificar a comunicação, mas impulsionar o financiamento dos sindicatos, através do aumento de filiações. “Isto, porque a categoria passa a dar mais credibilidade ao que é informado e começa a acompanhar com frequência rotineira os sites e fanpages dos sindicatos, o que a leva a decidir pela filiação”, declarou a diretoria do Sinfarpe, Maria José Tenório, numa de suas falas durante o debate. Um coffee break foi servido no final.

À noite, uma festa foi oferecida pelo Sinfarpe, em comemoração aos 50 anos do sindicato pernambucano, aos participantes e convidados na cobertura do hotel. O evento foi considerado positivo e muito produtivo por todos os presentes.

Fonte: Sinfarpe