Diretoria da FNE toma posse e chama por engenharia unida

Diante de plenário lotado e representativo, ocorreu nesta segunda-feira (28), na Assembleia Legislativa de São Paulo, a posse solene da diretoria da Federação Nacional dos Engenheiros. Murilo Celso de Campos Pinheiro foi reconduzido à Presidência. A FNE é filiada da Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados – CNTU, da qual a Fenafar é membro. A Federação prestigiou a posse da nova diretoria representada pelo seu vice-presidente, Fábio Basílio, e pelas diretoras Gilda Almeida (Relações Internacionais) e Marusa Carlesso (Secretária Geral).

A gestão 2016-2019 iniciou-se oficialmente em 16 do mesmo mês. Ministros de Estado, secretários nacionais, estaduais e municipais, senadores, deputados, vereadores, desembargadores e procuradores da Justiça abrilhantaram a cerimônia, que reuniu cerca de 1.800 pessoas. Prestigiaram o evento, ainda, entre outras personalidades, presidentes dos Conselhos Federal e Regionais de Engenharia e Agronomia (Confea/Creas), diretores da Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU), de federações por ela representadas, do Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec) e de sindicatos de engenheiros de todo o País, de associações, centrais sindicais, entre outras organizações. No ensejo, foi lançado o projeto “Engenharia unida”, convocando a ação coesa da categoria no enfrentamento dos desafios atuais.

Pinheiro saudou os sindicalistas e autoridades presentes, dedicando agradecimento especial aos que o acompanham ou passarão agora a acompanhá-lo na empreitada junto à FNE. “Sinto-me imensamente privilegiado em estar, mais uma vez, fazendo um discurso de posse como presidente da Federação Nacional dos Engenheiros. Sinto-me também responsável em contribuir com as discussões e ser exemplo do que estamos buscando com o trabalho sério e comprometido com os engenheiros e a sociedade em geral”, frisou. Assim, enfatizou: “Diante do cenário social, político e econômico que o Brasil atravessa e considerando os reflexos da crise internacional, é obrigatório que tenhamos em mente a necessidade de resgatar o País de uma paralisia que o sufoca, ameaça seriamente as possibilidades de avanço e agrava as condições de vida da população brasileira, que hoje já vem sofrendo, principalmente com o desemprego. Temos como grande desafio manter a categoria dos engenheiros unida, forte, qualificada e empenhada em trabalhar para superar tais crises. E a FNE vem cumprindo seu papel de debater e elaborar propostas para colaborar com a retomada do desenvolvimento.”

Explicitando a atuação da federação nesse sentido, Pinheiro ressaltou: “Temos defendido a implantação de uma política industrial efetiva, que nos traga ganhos de produtividade, um essencial desafio a ser vencido no Brasil, apontando a necessidade de alterações na macroeconomia que favoreçam a produção e o avanço tecnológico em vez do rentismo. É preciso também que haja investimentos na infraestrutura impulsionados pelo Estado. Essas propostas, que são factíveis, integram um movimento constante de valorização profissional, de destacar os engenheiros como protagonistas do desenvolvimento.”

Afirmou ainda a premência de se formar cada vez mais massa crítica para fomentar as discussões e participar na construção de um projeto para o País – a FNE apresenta à sociedade o “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, que completa agora dez anos e se debruça em 2016 sobre o tema “Cidades”. Pinheiro foi categórico: “É preciso questionar o que está errado e aplaudir o que tem sido feito de bom. É assim que estamos conduzindo essa entidade que levanta as bandeiras da valorização profissional, da defesa dos direitos adquiridos pelos trabalhadores, do reconhecimento dos engenheiros, do empenho pela remuneração justa, plano de carreira nas empresas, qualificação de excelência. Queremos continuar defendendo o Brasil e seus cidadãos, apoiando a investigação, o devido processo legal e a punição daqueles que agem contrariamente aos propósitos nacionais. Porém, é preciso muito cuidado para que as grandes instituições e empresas que há décadas impulsionam o crescimento e desenvolvimento não sejam desmanteladas, causando prejuízos aos trabalhadores e à sociedade.”

Convidados ressaltam importância da Engenharia

Presidindo a sessão, o deputado estadual Campos Machado (PTB) homenageou Pinheiro por sua atuação à frente da FNE e salientou: “Nas mãos dos engenheiros e engenheiros está o futuro deste País.” Na sua concepção, a engenharia unida encontrará o caminho para a retomada do crescimento e desenvolvimento nacional. Também expressando seu reconhecimento à categoria, a senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) destacou: “O que o Brasil mais precisa é de infraestrutura. Sem isso, não tem como chegar a primeiro mundo e temos muito o que caminhar. A FNE é exemplo da busca por união nacional para construir o País que sonhamos e queremos.”

Ministro das Cidades, Gilberto Kassab fez uma saudação “a todos os engenheiros, na pessoa do presidente Murilo. Nossa presença neste ato é um reconhecimento ao seu talento, desprendimento, vocação e espírito público”. E afirmou: “Contamos sempre com nossa engenharia, uma das melhores do mundo. Tenho certeza que muito vão contribuir ao desenvolvimento das cidades, Estado e País.” Indicando a crise que atinge fortemente o setor da construção civil, com dados alarmantes, o deputado estadual por São Paulo Ramalho da Construção (PSDB) seguiu também nessa direção: “Vamos dar as mãos para reinventar o Brasil que merecemos. Para girar a roda do desenvolvimento, contamos com vocês, engenheiros!” Também parlamentar paulista, Itamar Borges (PCdoB) concluiu: “A engenharia unida é o que precisamos. Tem papel fundamental para somar forças e recolocar o País nos trilhos.”

Outro que prestou homenagens e reconhecimento aos profissionais da área foi o deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP), ele próprio engenheiro. A categoria, como disse, assiste “com inquietude a crise ética, econômica e política por que passa o Brasil. Mas o engenheiro, profissional da construção, quer olhar não pelo retrovisor, mas o farol ligado à frente. Com o Cresce Brasil e agora a Engenharia Unida, a FNE aposta na busca pela mobilização e unidade para se construir um projeto nacional.” Também homenageou a diretoria empossada o presidente do Confea, José Tadeu da Silva: “O conselho representa 1,250 milhão de profissionais e 350 mil empresas. Em nome deles, saúdo vocês. E vamos virar essa página, com engenharia, mais crescimento e mais desenvolvimento, como prega o ‘nosso’ projeto (referindo-se ao ‘Cresce Brasil’).” Trazendo mensagem do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, seu vice, Márcio França relatou as obras e investimentos que vêm sendo feitos no Estado e reconheceu: “O engenheiro é o profissional do desenvolvimento. Temos a esperança e expectativa que vocês vão ajudar o País a voltar a crescer com inovação e dignidade.”

Fonte: CNTU