Projeto Integra em São Luís levanta importantes discussões sobre saúde


Realizado no auditório da Universidade Ceuma, nos dias 07 e 08 de julho, o evento reuniu conselheiros de saúde dos estados Maranhão, Bahia, Piauí, Amapá, Alagoas, Pernambuco e Rondônia, integrantes de entidades da sociedade civil organizada, profissionais e gestores da saúde, professores, pesquisadores e estudantes, em torno dos temas relevantes para a saúde pública do país.

O segundo e último dia do Projeto Integra, em São Luís, foi marcado pela consolidação de propostas e ideias, resultados da análise e do debate entre os grupos de trabalho que serão apresentados no 9° Simpósio Nacional de Ciência e Tecnologia e Assistência Farmacêutica, que será realizado nos dias 15 e 16 de setembro, na sede da Fiocruz, no Rio de Janeiro.

Confira galeria de fotos.

Ao final, os grupos formados, puderam discutir como essas soluções podem ser implementadas e de que forma será possível conduzir ações em torno dos objetivos.

Ana Flávia Lopes, estudante do 9º ano do curso de Farmácia, destacou a importância do evento para a classe “ Foi muito importante um evento como esse que fez questão de ouvir as cidades de diferentes regiões e dessa maneira poderem formar políticas públicas que realmente integrem e melhorem o nosso sistema”.

Clara Passos, conselheira de Saúde do Amapá, destacou um dos pontos sugeridos “A aplicabilidade dos recursos do SUS é algo que me preocupa demais e o curso Integra me ajudou a levar para minha base informações atualizadas, meu público são as populações ribeirinhas e em cursos como esse, eu aprendo a falar com eles e levar as informações corretas”, contou.

MESA

Para encerramento oficial do evento, uma mesa com a presença de Gizelli Santos Lourenço Coutinho, conselheira Federal e coordenadora da assistência farmacêutica de São Luís, Surama Soraia Paraguaçu, conselheira Regional do CRFMA e Kallyne Bezerra, coordenadora do programa Farmácia Viva do Estado do Maranhão.

Kallyne Bezerra destacou a importância da Farmácia e das plantas.

“Nosso programa se resume em cuidar das pessoas que não tem acesso à saúde. Eu uso as plantas medicinais, dentro da forma científica, respeitando a ancestralidade, e fazendo com que toda a população, sejam capacitados para o uso das plantas fitoterápicas. E faço isso através de pesquisa, da ciência, do conhecimento que somente um profissional de farmácia pode ter. Precisamos acabar com esses preconceitos, principalmente dentro das universidades de que plantas não são remédios, por que são sim”, explica.

Em sua fala, Gizelli Santos Lourenço Coutinho, conselheira federal e coordenadora da assistência farmacêutica de São Luís destacou também a importância do evento.

“A saúde pública precisa de um olhar melhor para o controle e gerenciamento de medicações dentro das farmácias nos municípios para um controle adequado que diminua os desperdícios e evite até mesmo desvios. Precisamos sempre de capacitações, não somos somente pesquisadores para artigos de jornais, mas são essas pesquisas que mudam a vida das pessoas e precisam ser de conhecimento público para evitar que informações falsas cheguem as pessoas e impeçam que elas sejam medicadas de forma adequada”, concluiu.

A capital maranhense é a quinta cidade a receber o projeto, promovido pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Escola Nacional dos Farmacêuticos (ENFar), com apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) que já passou por Belém, Belo Horizonte, Fortaleza, Rio Branco e ainda será realizado em Goiânia e Florianópolis.

Por: Amanda Hellen