Adilson Araújo: Os direitos conquistados pela classe trabalhadora são inegociáveis

Diante da notícia publicada pelo jornal Folha de São Paulo neste sábado, 25, com insinuações sem fonte de que quatro centrais sindicais estariam negociando com o governo golpista um abrandamento da oposição às contrarreformas trabalhista e previdenciária em troca de “ajuda do governo para retomar a cobrança da contribuição assistencial”, a CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) vem a público esclarecer que:

 

1- Entendemos que os sindicatos foram criados para conquistar e defender direitos. Traficar com esses princípios em nome da sobrevivência seria uma infâmia;

2- O golpe, completa seu primeiro ano no dia 17 de abril, desencadeou uma ofensiva contra a classe trabalhadora sem paralelo na história. Sob o comando de Temer, os golpistas estão querendo destruir o Direito do Trabalho, a Justiça do Trabalho, a Previdência e a seguridade social. Além disto, atacam de forma sistemática o estado democrático de direito e a soberania nacional, empenhando o pré-sal ao capital estrangeiro e enfraquecendo a Petrobras;

3- A CTB é pela luta sem tréguas em defesa dos direitos sociais, da democracia e da soberania nacional e é com este espírito e determinação que proclama a necessidade de promover, em aliança com outras centrais e os movimentos sociais, um abril vermelho de grandes mobilizações que deve culminar numa greve geral, cuja data será definida nesta segunda-feira pelo fórum das centrais.

4- É necessário enfatizar que a matéria publicada pela Folha tem um claro viés anti-sindical. É mais uma peça da mídia burguesa para desacreditar os sindicatos e suas lideranças e sabotar a mobilização popular contra a reforma e o governo golpista.

5- Nenhuma conciliação com a restauração neoliberal e os golpistas. Fora Temer! Diretas Já!

São Paulo, 25 de março de 2017