Reforma Trabalhista: a luta continua. Urgência será analisada terça-feira

Desde a última quinta-feira (29), está na mesa do presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB/CE) o requerimento de votação da reforma trabalhista (PLC 38/2017), em regime de urgência. O pedido foi protocolado pelo líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB/RR) e deverá ser analisado nesta terça-feira (4), no Plenário do Senado.

 

 

O regime de urgência segue uma tramitação diferente e limita a ação dos parlamentares de oposição. Os senadores tem o direito de falar somente uma vez, não excedendo o limite de dez minutos cada. Além disso, são apenas cinco manifestações a favor e cinco contrárias.

“A tentativa de aprovar a urgência na votação da matéria demonstra a pressa em que o ilegítimo governo Temer, denunciado por corrupção, e sua tropa de choque pretendem atuar para retirar os direitos trabalhistas”, denunciou o presidente da CTB, Adilson Araújo.

Se o requerimento de urgência for aprovado terça-feira, o presidente Eunício deverá colocar na pauta o PLC 38/2017 após duas sessões ordinárias e poderá ser votado no Plenário até o dia 10 de julho. Eunício Oliveira já manifestou que pretende concluir a votação da reforma trabalhista antes do recesso parlamentar, que começa no dia 18 de julho.

Pressionar até virar os votos dos senadores

Somente com muita pressão e denúncia do significado da reforma trabalhista, especialmente nos estados e bases eleitorais dos senadores poderá impedir a aprovação da proposta. Embora o quadro seja de dificuldades, o tema divide, até mesmo, o partido de Temer. Cinco senadores do PMDB já se declararam contra o PLC 38/2017.

Por isso, “não podemos dar tréguas. É necessário que esta semana façamos muito barulho, especialmente nas bases eleitorais dos senadores, alertando que quem votar contra a classe trabalhadora, nunca mais vai ser eleito, pois os trabalhadores e trabalhadoras brasileiras não perdoarão aqueles que lhes roubarem o futuro”, avisa Adilson Araújo.

Fonte: CTB