AL: Sindicato realiza 1ª Jornada de Valorização do Trabalho Farmacêutico

Nos dias 19 e 20 de maio aconteceu em Maceió a 1ª Jornada de Valorização do Trabalho Farmacêutico, organizada pelo Sindicato dos Farmacêuticos do Alagoas em parceria com a Fenafar, o Conselho Regional de Farmácia do Alagoas, a Associação Farmacêutica de Alagoas (AFAL) e a Escola Nacional dos Farmacêuticos.

 

Para abrir a Jornada, no dia 19/05, pela manhã, os representantes das entidades e estudantes realizaram visitas em aproximadamente 20 farmácias privadas de Maceió para conversar com os farmacêuticos sobre a Campanha Nacional de Sindicalização e também fizeram uma panfletagem para alertar a população sobre os perigos da automedicação.

A diretora do Sindifal e organizadora da Jornada, Eline Baracho avalia que “os colegas farmacêuticos de Alagoas foram muito receptivos nas visitas às farmácias com a campanha de filiação: “Não fique só, fique Sócio”. Distribuimos material explicativo sobre o papel do sindicato e as vantagens de ser filiado, e durante essas visitas constatamos várias irregularidades como, por exemplo, jornada de trabalho excessiva e falta de condições de trabalho, desvio de função. Tivemos a oportunidade de mostrar in locu a necessidade de filiação ao sindicato para o seu fortalecimento na busca de garantir os direitos do trabalhador Farmacêutico”.

Lavínia Magalhães, diretora diretoria regional nordeste da Fenafar, considera que “esse momento de diálogo com os farmacêuticos nas farmácias, foi muito importante, porque foi possível falar com a categoria e mostrar que este é um momento de luta para os farmacêuticos, mas também é um momento de luta nacional contra a reforma da previdência e trabalhista”.

A noite foi realizado uma palestra sobre a realidade da profissão farmacêutica no mercado de trabalho, ministrada por Lavínia Magalhães. A noite também aconteceu o lançamento oficial da campanha nacional de sindicalização em Alagoas com as entidades promotoras e apoiadoras. Em sua palestra, Lavínia falou sobre o momento da crise econômica atual e as ameaças aos trabalhadores. Abordou no fechamento das farmácias populares, o congelamento dos gastos e como tudo isso influencia no mercado farmacêutico e nas negociações salariais e de melhorias de condições de trabalho para os farmacêucios.

No dia 20 de maio, foi realizado o curso sobre a Trajetória do trabalho farmacêutico no Brasil: Da industrialização ao cuidado ao paciente, ministrado por Marselle Nobre de Carvalho, diretora da Escola Nacional dos Farmacêuticos e professora da UEL. Segundo Marselle o “objetivo do curso é provocar reflexões sobre as mudanças no trabalho farmacêutico ao longo da história do país. Partindo da premissa de que o trabalho farmacêutico é um trabalhador de saúde”.

O presidente da Fenafar, Ronald Ferreira dos Santos, abriu o curso falando sobre a situação política do país e a luta contra as reformas da Previdência e Trabalhista, que atacam os direitos dos trabalhadores. Ronald sublinhou a importância da luta unitária dos trabalhadores para barrar o projeto deste governo. “Só a luta dos trabalhadores e trabalhadoras, só com a mobilização de amplos setores sociais em defesa do Brasil e da Constituição é possível barrar esse ataque aos direitos sociais e trabalhistas, essa tentativa de apagar as luzes da democracia e nos levar de volta ao período das trevas e do obscurantismo. A realização desta Jornada, envolvendo de forma unitária as representações da categoria farmacêutica no Estado de Alagoas é um exemplo que precisa ser perseguido. Porque também precisamos barrar os ataques conservadores contra os direitos conquistados pela luta da categoria farmacêutica. A iniciativa do Sindicato – que agora retorna à base da Fenafar, de promover este evento em parceria com o CRF, a Afal e demais entidades – é muito importante”, disse o presidente da Fenafar.

O presidente do Sindicato dos Farmacêuticos de Alagoas, Hugo Alexandre, ressaltou a importância da realização da Jornada, como espaço de articulação e diálogo entre os vários setores da categoria. “É importante porque enriquece o nosso debate, contribui para a nossa formação sindical e farmacêutica e estimula a interação entre os colegas que atuam em várias frentes, que muitas vezes têm dificuldade de se encontrar para trocar experiências e discutir os caminhos para fortalecer a nossa categoria”.

Eliane Baracho disse que a palestra foi muito importante. “Mostrou como as farmacêuticas, principalmente no setor privado, que hoje representam 75℅ dessa mão de obra, sofre ainda mais com a política de desvalorização e descriminação implementada pelos empregadores”.

A diretora do Sindifal avalia que esse tipo de atividade é muito importante “pois podemos ver a posição das entidades e entender o trabalho desenvolvido por todas para a valorização do profissão farmacêutica e discutir uma proposta de união de força para o enfrentamento das questões que afetam diretamente a profissão farmacêutica”.

A vice-presidente da Associação Farmacêutica de Alagoas (AFAL), Claudia Aires, considera que esta atividade é um marco na história do movimento farmacêutico em Alagoas. “Foi importante para as pessoas refletirem sobre os desafios da categoria e perceberam como foi difícil construir as conquistas que nós alcançamos hoje”.

Erivanda Meirelles, diretora de comunicação da Escola Nacional dos Farmacêuticos destacou a importância da ampla parceria para a realização da atividade e como foi positiva a participação de profissionais e estudantes e como esse evento contribui para “fortalecer o sindicato e as outras entidades e fomentar a elaboração de propostas e ações conjuntas em prol da valorização do profissional farmacêutico do Alagoas.

Alexandre Correia dos Santos presidente do CRF-AL, ressaltou a importância da Jornada e dos debates sobre a valorização do trabalho e a luta pelo trabalho decente. “Foi de extrema importância para que os colegas conheçam essa realizadade e busquem mais o sindicato. Entender que é preciso incluir a dimensão da qualidade de vida, da dignidade do trabalho. E também falou da palestra da Marselle que mostra a história de luta da categoria e é muito importante para entender o processo político que envolve a luta em defesa da saúde”. Ele também ressaltou que este foi uma primeira iniciativa que deve ser seguida de outras iniciativas para impulsionar as ações de valorização da categoria.

Da redação

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