Sinfarce apura denúncias de descumprimento de CLT e CCT pela FTB

O Sindicato dos Farmacêuticos do Ceará, na última terça-feira, dia 31 de maio, reuniu-se com membros diretivos da Farmácia do Trabalhador do Brasil (FTB), na Sede do Sindicato, com objetivo de esclarecer grande soma de denúncias recebidas pelo Sinfarce. 

 

Lavinia Magalhães, Diretora do Sindicato e Lidianne Uchoa, assessora jurídica da entidade, elencaram os principais pontos a serem discutidos:

Assédio moral;

Exigência de fardamento branco e jalecos não fornecidos pela empresa;

Falta de assentos (cadeiras);

Falta de suporte técnico para farmacêuticos (SNGPC);

Desvio de função.

O ponto mais crítico, e que integra outras queixas, diz respeito à conduta de alguns supervisores e coordenadora da empresa, em tácito assédio moral. Intimidações e chacotas vinham sendo utilizadas como subterfúgio para exigências arbitrárias como, por exemplo, de fardamento branco e jaleco (não fornecido pela empresa, conforme convencionado na CCT) e de que os farmacêuticos são obrigados a manter-se em pé, durante todo o expediente. Os gerentes e supervisores, ainda, segundo os farmacêuticos, fazem constantes ameaças, incitando repetitivamente a possibilidade de demissão pela inobservância das solicitações indevidas.

Sobre esses fatos, Ranildo Paranhos, Coordenador Estadual da FTB e João Paulo Cordeiro Neto, Diretor Regional, comprometeram-se em realizar reunião com os profissionais farmacêuticos até, no máximo, dia 3 de junho, objetivando esclarecer que não há exigência de uniforme (roupa branca) e que a farmácia cobrará apenas, nas lojas climatizadas, o uso de jaleco, podendo este ser o padrão (fornecido pela empresa) ou o jaleco que o profissional possua, a seu critério. Para diferenciação das funções serão confeccionados crachás. Ficou acordado, também, que a Farmácia deverá disponibilizar assentos, na parte interna da loja e computadores com livre acesso para os trabalhadores.

Os dirigentes da Farmácia afirmaram, também, que irão de imediato realizar reunião com gerentes e supervisores das lojas, pois é de seu interesse renovar o bem estar e o bom relacionamento no ambiente de trabalho, garantindo condições físicas e psicológicas de trabalho decente aos Farmacêuticos.

o SINFARCE cobrou os relatórios de acompanhamento de vendas e comissões e a transparência dessas informações para os profissionais, repassando para os trabalhadores a porcentagem definida em reunião, em setembro de 2015. Foi informado, então, que a Farmácia tem buscado formas de adequar o Sistema e que, como solução temporária ao impasse, disponibilizará, juntamente com o contracheque, o extrato detalhado por grupo de produtos com valores de vendas e comissões de cada Farmacêutico. E com relação às queixas de sistema operacional voltados ao farmacêutico bem como assistência técnica, o Diretor João Paulo se comprometeu em buscar resolução ouvindo os próprios farmacêuticos na reunião a ser proframada.

“Agendamos nova reunião para julho, com o intuito de acompanharmos essas condutas. O Sinfarce permanecerá cumprindo seu papel junto à categoria e chamando as empresas ao diálogo primeiramente, sempre que necessário. Queremos doutrinar o setor laboral, no intuito do entendimento de que a construção de um ambiente de trabalho digno, no qual o farmacêutico tenha condições mínimas de realizar seu papel, será positivo ao empregador, trabalhador e sociedade “, finalizou Lavinia Magalhães.

Sobre a reunião, Márcio Batista, Presidente do Sindicato, acrescentou que “é de grande importância as denúncias feitas pelos farmacêuticos ao SINFARCE, pois assim apuramos os fatos e podem servir de base para processos na justiça, caso não hajam mudanças de conduta pela empresa.”

Fonte: Sinfarce