RJ: Sindicato está na luta para ampliar a toda categoria reajuste de mais de 16%

Depois de o Ministério do Trabalho impôr ao Sindicato dos Farmacêuticos do Estado do Rio de Janeiro uma mudança na forma de negociação com o setor patronal, o Sinfaerj conquistou piso de R$ 3.000,00 junto ao Sincofarma do Município do Rio de Janeiro e reajuste de R$ 9,27% para quem ganhar acima do piso. Agora, a luta é estender essa conquista para toda a categoria.

Depois de o Ministério do Trabalho impôr ao Sindicato dos Farmacêuticos do Estado do Rio de Janeiro uma mudança na forma de negociação com o setor patronal, o Sinfaerj conquistou piso de R$ 3.000,00 junto ao Sincofarma do Município do Rio de Janeiro e reajuste de R$ 9,27% para quem ganhar acima do piso. Agora, a luta é estender essa conquista para toda a categoria.

Uma história de dificuldades que a luta e a determinação para obter mais conquistas e a valorização do profissional farmacêutico está conseguindo contornar. Até 2014, o Sinfaerj conduzia as negociações com o Sincofarma Rio e com o Sincofarma Nitérói. Num acordo firmado com a Federação do Comércio, as cláusulas definidas na negociação do Sincofarma Rio abrangeriam todos os municípios do Rio de Janeiro. Era uma maneira de garantir que toda a categoria no Estado tivesse as mesmas conquistas.

Mas, no final de 2014, o Ministério do Trabalho informou ao Sindicato que a negociação não poderia mais se dar desta forma, e impôs a negociação com cada sindicato existente. No Rio, ao todo são 43 sindicatos do segmento varejista de medicamentos.

“A partir desta decisão, o Sinfaerj precisou fazer o processo de negociação com cada sindicato de cada município. Isso fez com que houvesse um grande desgaste para a categoria farmacêutica, porque o sindicato sempre procurou com que as convenções coletivas da categoria tivessem os mesmos valores, os mesmos benefícios para todo o Estado do Rio de Janeiro. Isso demandou um grande desgaste, porque muitos sindicatos patronais não aceitaram, inclusive, firmar a convenção coletiva”, explicou o presidente do Sinfaerj, Francisco Cláudio de Melo.

Piso Regional como alternativa

Percebendo essas mudanças e os problemas delas decorrentes, o Sindicato lutou pela aprovação do projeto de piso regional. “Nós ingressamos com o projeto do piso regional para a categoria. Isso fez com que o valor mínimo a ser pago para todo o farmacêutico no Estado do Rio de Janeiro fosse padronizado”.

De acordo com a Lei 7530/2017, o piso regional para a categoria farmacêutica no Estado do Rio de Janeiro é R$ 2.899,79. “Embora, muitos sindicatos patronais tenham se recusado a pagar esse mínimo, eles estão devendo para os farmacêuticos e, nas ações devidas, eles serão cobrados”, diz Francisco Cláudio.

Ganho real

Uma importante conquista foi objetida pelo Sindicato, na semana passada “Conseguimos fazer com que o Sincofarma Rio aceitasse o valor de R$ 3.000,00 como piso e o reajuste de 9,27% para quem ganha acima do piso. Isso foi uma vitória, porque nós poderíamos ter saído dali sem nada. E a entrada do piso regional, mais estes 100 reais, fez com que tivéssemos um aumento de mais de 16% para quem ganha o piso e 9,27 para quem ganha acima do piso. Eu considero que a aprovação do piso regional foi uma vitória importante e esse valor conquistado na negociação reflete isso”, avalia o presidente do Sindicato dos Farmacêuticos do Rio de Janeiro.

Ampliar a conquista para toda a categoria

“Agora, nós vamos renegociar com todo mundo, todos os municípios que pudermos, para que as cláusulas das convenções coletivas de todos esses municípios passem a valer e que o farmacêutico volte a ganhar acima do piso. Esse é um grande desafio, mas vamos enfrentar”, diz Francisco Cláudio.

A categoria decidiu em Assembleia Geral Extraordinária, realizada no início de abril, submeter a mesma proposta de CCT do Rio de Janeiro para todos os sindicatos, como uma forma de padronizar as convenções coletivas de trabalho do estado.

“Infelizmente, com a mudança na legislação trabalhista, muitos sindicatos de diversos segmentos têm se negado a negociar. Então, fomos obrigados a buscar a mediação junto ao Ministério do Trabalho. Embora eles não tenham comparecido, nós vamos continuar forçando a negociação para que se criem parâmetros regulamentares para os segmentos farmacêuticos”, afirmou Francisco Cláudio.

Da redação