GO: Semana do Uso Racional de Medicamentos destacou os riscos da automedicação

Farmacêuticos entregaram caixas do medicamento “CURA TUDO”, criado exclusivamente para a campanha, com a mensagem na bula: Medicamento Cura, mas Também Pode Matar”

 

A automedicação é a principal causa de intoxicação no Brasil.Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 50% de todos os medicamentos são incorretamente prescritos, dispensados e vendidos; e mais de 50% dos pacientes os usam incorretamente.Para alertar a população sobre os riscos da automedicação, o Sindicato dos Farmacêuticos no Estado de Goiás (Sinfargo) e o Conselho Regional de Farmácia (CRF-GO) realizaram, de 1 a 6 de maio, várias ações para os farmacêuticos, estudantes e à população.

A abertura da Semana do Uso Racional de Medicamentos contou com a palestra da psicóloga Roberta Arciprett, do Instituto Menthes – Método Augusto Cury. Ela falou sobre a importância da Inteligência Emocional para se tornar um profissional brilhante. ” Além de ter as competências técnicas exigidas pelo mercado, o profissional da atualidade deve buscar sempre a resiliência, relacionamentos saudáveis e se preocupar com sua qualidade de vida”.

A presidente do Sinfargo, Lorena Baía, falou sobre ‘Terceirização, Reforma Previdenciária e Políticas Públicas’. “A terceirização fortalece o poder político e indicações para cargos que deveriam ser ocupados pela população por meio de concurso público. As OS’s não têm planos de cargos e salários e estão precarizando o trabalho com cargas horárias exaustivas”, explica ela. A presidente do Sindicato dos Farmacêuticos criticou ainda as mudanças na CLT e na previdência. “É um jogo de interesse sujo e querem fazer a gente aceitar”.

Ao longo da semana, foram realizadas mesas redondas, debates, relatos de experiências e a palestra com o farmacêutico Tarcísio José Palhano, do Conselho Federal de Farmácia sobre os avanços da profissão do farmacêutico.

Anápolis

Cerca de 40 alunos de Farmácia da Universidade Estadual de Goiás – Anápolis (UEG) participaram, durante toda a semana, da ação de conscientização ao uso racional de medicamentos no Brasil Park Shopping. Eles mediram a pressão e fizeram teste de glicemia em quem passou pelo local. Segundo Ricardo Carvalho, coordenador do curso de Farmácia da UEG, é essencial inserir os estudantes nessas ações para que eles comecem a se conscientizar sobre o uso racional de medicamentos. “Temos uma grande preocupação com a automedicação e precisamos levar isso para os profissionais de saúde que têm o hábito de se automedicar”.

Os estudantes também orientaram à população sobre os riscos de tomar qualquer medicamento sem orientação do médico ou farmacêutico e entregaram caixas do “Medicamento Cura Tudo”, criado para a campanha.

Quem passou pelo shopping pode ainda ver a exposição cultural sobre o tema, com charges humorísticas e ao mesmo tempo educativas dos cuidados essenciais no consumo de medicamentos.

Ação Social

A Semana do Uso Racional de Medicamentos terminou com uma ação social no Parque Lago das Rosas, em Goiânia. Centenas de farmacêuticos e estudantes orientaram os goianienses sobre os riscos da automedicação. “Nosso objetivo é ressaltar o papel do uso indiscriminado de medicamentos e a automedicação como principais responsáveis pelos altos índices de intoxicação por remédios. A população necessita compreender os riscos que corre ao se automedicar, seja comprando livremente nas farmácias os isentos de prescrição, seja utilizando o medicamento indicado ou emprestado pelo amigo, parente ou vizinho. Por isso, defendemos que o paciente consulte o farmacêutico de plantão toda vez que entrar em uma farmácia e nunca tome medicamentos sem a orientação deste profissional de saúde”, explica Lorena Baía.

A presidente do CRF, Ernestina Rocha, explica que a automedicação traz riscos à saúde, pois a ingestão de substâncias de forma inadequada pode causar reações como dependência, intoxicação e até a morte. “A automedicação pode agravar doenças, já que a utilização de medicamentos sem a informação adequada pode esconder determinados sintomas. Além disso, há o risco da combinação errada de substâncias, que pode anular ou potencializar o efeito da outra, e em situações extremas pode causar danos irreversíveis e até a morte”, alerta. 

Fonte: Sinfargo