O Sindifac participou na última quinta-feira (3) de manifestação no Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (HUERB) juntamente com o SINTESAC, SINDIMED e SINODONTO reivindicando segurança nas unidades de saúde do Estado do Acre.
O Sindifac participou na última quinta-feira (3) de manifestação no Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (HUERB) juntamente com o SINTESAC, SINDIMED e SINODONTO reivindicando segurança nas unidades de saúde do Estado do Acre.
Vários trabalhadores estão sofrendo com a violência, pois estamos a mercê de bandidos e o Estado não nos garante a segurança!!!!! É omisso! Alem dessa manifestação o Sindicato dos medicos tambem manifestou repúdio aos comentários do Ministro da Saúde, Ricardo Barros que!!!
Os servidores da saúde realizaram um ato por segurança e melhorias de trabalho, e criticaram a declaração do ministro da Saúde, Ricardo Barros, que de acordo com a presidente do Sindifac, Isabela Sobrinho, “vem demonstrando ao longo de sua gestão total desrespeito com os profissionais de saúde”.
Em junho deste ano, dois vigilantes foram baleados em uma semana dentro de unidades de saúde. No mesmo mês, o segurança José Francisco Constantino da Costa, de 36 anos, foi morto com três tiros dentro da Maternidade de Cruzeiro do Sul, interior do Acre. O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Acre (Sintesac) chegou a divulgar que, entre outubro de 2017 e julho deste ano, 12 profissionais de Saúde entraram com pedidos de afastamento e de transferência por causa da falta de segurança nas unidades.
“Em dois meses, tivemos uma morte em Cruzeiro do Sul dentro da maternidade, tivemos um vigilante baleado aqui nessa unidade de referência do estado, outro baleado na Cidade do Povo. Então, as autoridades não estão sabendo disso? Não tomam providências? É um movimento que estamos fazendo para sensibilizar as pessoas. Outros poderão ser abatidos dentro dos hospitais”, reclamou o presidente do Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC), Ribamar Costa.
Os profissionais aproveitaram a ocasião para criticar uma declaração do ministro da Saúde, Ricardo Barros. Durante uma cerimônia no Palácio do Planalto, em julho deste ano, Barros chegou a dizer que apoiava o governo a pagar salários mais altos como incentivo para os profissionais trabalharem na saúde pública. “Vamos parar de fingir que pagamos médicos e os médicos vão parar de fingir que trabalham”, declarou.
Manifestantes entraram nos leitos para convidar pacientes e outros servidores para ato. “Isso é uma tremenda mentira. Os médicos trabalham sim e em locais insalubres, poucas condições, dificuldades de leitos, não existe a individualidade do paciente, isso aqui é um grande coletivo. Isso se contrapõe às declarações do ministro, que está lá e até agora não fez nada para a saúde pública Brasil”, complementou.
Durante o ato, os servidores usaram faixas nos braços com a palavra luto e convidaram os pacientes e outros profissionais para participarem de um ato organizado para o dia 9. O diretor do Huerb, Fabrício Lemos, acompanhou o grupo e falou que a Saúde tem conversado com a Segurança Pública para debater medidas de prevenções.
“Precisamos de segurança, todo mundo precisa. Temos tomado as medidas dentro das unidades. Estamos nos reunindo constantemente com a Segurança e acredito que agora, com esse movimento, vamos sentar e colocar em mesa a segurança das unidades. Esse movimento é para todas unidades de saúde, não apenas para o Huerb. Antes de ser diretor, sou médico e anseio, como qualquer cidadão, a segurança tanto dentro como fora. Mas, acredito que polícia tem que estar na rua procurando bandido, hospital é lugar de doente”, concluiu.
Em nota, o Ministério da Saúde informou que foram liberados R$ 2 bilhões para a ampliação do atendimento da atenção básica em todo o país, com credenciamento de 6,4 mil equipes e 12,2 mil agentes comunitários de saúde. “Também foram atendidos todos os serviços hospitalares que estavam com documentação pronta aguardando habilitação: um total de 6 mil novos serviços credenciados. Além disso, estão em andamento 7,1 mil obras de saúde no país”.
Da redação com G1