A greve dos trabalhadores da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ebserh, entra nesta quarta-feira (28/09), no seu oitavo dia com adesão de 36 hospitais e da sede da empresa em 19 estados e no distrito Federal.
Buscando dar um encaminhamento para a situação, uma reunião de mediação foi convocada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) para esta quinta-feira, (29/09) e será conduzida pela Ministra Delaíde Miranda Arantes.
Durante a reunião está programada uma manifestação dos trabalhadores em ferente a sede da Ebserh em Brasília (DF). A Fenafar também estará presente nesta audiência, juntamente com seus sindicatos filiados, em luta pela valorização dos farmacêuticos e farmacêuticas que atuam na Ebserh
A expectativa é de que na reunião convocada pelo TST seja possível chegar a um consenso capaz de dissolver os impasses instalados no processo de negociações de acordo coletivo entre direção da Ebserh e empregados da empresa pública. “Se a Ebserh não se mexer, a greve vai crescer”, avisam os empregados em luta por seus direitos.
Independente da reunião, o movimento segue firme em todos o país e será ampliado com adesão de novas unidades, como o HU-UFSCar, em São Carlos (SP).
Iniciado no dia 21 de setembro, o movimento cobra solução em relação aos acordos coletivos de trabalho de 2021/2022 e 2022/2023, que seguem sem proposta concreta para recomposição salarial. Outro fator decisivo para o início do movimento foi o descumprimento do acordo homologado perante o Tribunal Superior do Trabalho (em especial em relação à cláusula de abono).
A pauta de reivindicações inclui a manutenção das cláusulas sociais do ACT vigente e uma reposição inflacionária linear de 22,30%, referente aos três anos de congelamento salarial, incidindo sobre os salários e benefícios dos empregados. os trabalhadores também cobram o pagamento dos valores retroativos sobre salários e benefícios considerando os respectivos ACTs vencidos.
Além dessa pauta oficial, outros temas adjacentes, como a luta pelo Piso Salarial da Enfermagem, também deverão ser lembrados durante o movimento. O piso da Enfermagem foi aprovado pelo congresso, sancionado pelo governo, mas o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu a medida, sob alegação de não ter sido apontada a fonte de verbas para o pagamento.
Com informações da Condsef
Foto: Sintsef-CE