Para maioria absoluta da população, a saúde está piorando como o governo Temer

Foi divulgada nesta segunda-feira (13) a pesquisa DataPoder360 que avalia a situação da saúde no país. O levantamento foi feito entre os dias 17 e 20 de outubro e constatou que 68% das pessoas acreditam que os serviços de saúde pioraram com o governo de Michel Temer.

 

 

Com margem de erro de 2,6 pontos, o questionário foi aplicado por telefone para 4.133 pessoas com 16 anos ou mais em 178 municípios espalhados pelas cinco regiões do país. “Com os projetos do Ministério da Saúde, a tendência é de que a situação piore”, diz Elgiane Lago, secretária de Saúde e Segurança no Trabalho da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).

A pesquisa foi encomendada pela Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa). Os hospitais têm aprovação de apenas 39% dos usuários, enquanto somente 15% avaliam os planos de saúde como positivos.

“Imagina então substituir o SUS (Sistema Único de Saúde) por planos de saúde supostamente populares?”, questiona Lago. “Se os serviços já estão ruins, vão ficar ainda muito piores, ainda mais com a crise econômica se acentuando como está”.

Para piorar, 55% dos entrevistados responderam que já deixaram de comprar remédios receitados pelo médico. Sobre o que vai acontecer, um empate: 32% julgam que a situação vai piorar e número igual de que vai melhorar.

“Essa pesquisa é divulgada num momento em que tramita no Congresso, um projeto para reajustar os serviços prestados aos idosos com mais de 60 anos, que pode inviabilizar totalmente a permanência dessas pessoas nesses convênios”, alerta Lago.

Já a Farmácia Popular, criada em 2004, pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, teve avaliação positiva de 58% dos pesquisados. Para a sindicalista, é uma “pena que o governo Temer está acabando com mais essa conquista importante para a população mais pobre”.

Ela explica ainda que “os movimentos de saúde estão se mobilizando em todo o país para impedir a liquidação do SUS e que os planos de saúde possam prejudicar ainda mais os idosos, aumentando absurdamente os valores”.

Fonte: CTB
Publicado 14/11/2017