Em protesto contra nova lei trabalhista, movimento sindical prepara ato nacional no dia 10

A nova lei do trabalho (13.467/2017), que modificou mais de cem artigos da CLT e impôs a maior mudança na legislação trabalhista desde a criação da CLT, em 1943, entra em vigor no dia 11 de novembro.

Desta data em diante, todos os contratos de trabalho vigentes e os novos passam a funcionar de acordo com as regras aprovadas e sancionadas pela presidência no dia 13 de julho.

Para marcar sua posição contrária à reforma, o movimento sindical já prepara uma agenda de paralisações e protestos estaduais e um ato nacional no dia 10 de novembro.

A mobilização conta com a participação dos metalúrgicos, comerciários, rurais, professores, portuários e petroleiros, e muitas outras categorias, que se uniram contra a enorme precarização das relações de trabalho imposta pela lei.

“A unidade está sendo crucial para a construção de canais de diálogos mais amplos e que neste momento são fundamentais para a disputa em curso”, afirma Adilson Araújo.

A mobilização convocada pelas principais centrais sindicais – CTB, CUT, UGT, Força Sindical, Nova Central e CSB – questiona os retrocessos do atual governo e cobra investimento e crescimento econômico, condições essenciais para a geração de empregos no país.

Fonte: CTB

Mulheres trabalhadoras das centrais sindicais protestam contra reformas de Michel Temer

A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e as demais centrais que integram o Fórum Nacional de Mulheres Trabalhadoras das Centrais Sindicais (FNMT) realizam nesta terça-feira (26) uma manifestação em frente a Superintendência do INSS, no viaduto Santa Ifigênia, região central da capital paulista.

 

 

Mulheres de diversas categorias, do campo e da cidade, ocuparam as ruas da cidade para dizer não à reforma da previdência. De acordo com a secretária da Mulher Trabalhadora da CTB, Celina Arêas, esta medida irá retirar direitos. “Nós, mulheres, somos as mais prejudicadas com esta reforma”, declarou ela.

O projeto do governo Michel Temer iguala as regras da aposentadoria para homens e mulheres exigindo um mínimo de 65 anos e 25 de contribuição. “Esta reforma não considera a dupla e até tripla jornada de trabalho que as mulheres têm”, apontou a secretária da mulher da CTB São Paulo, Gicélia Bitencourt.

“Repudiamos este tipo de reforma. Estaremos nas ruas em defesa da democracia e por nenhum direito a menos”, exclamou a Arêas durante sua fala no ato político. Além da reforma da previdência, as trabalhadoras denunciaram também a reforma trabalhista, que entra em vigor no dia 11 de novembro.

As sindicalistas fizeram um varal com as fotos dos deputados e vereadores que votaram a favor da medida e penduraram no viaduto Santa Ifigênia. Arêas aproveitou a oportunidade para conclamar a população para fazer um dia de luta na data.

Durante a atividade, o fórum realizou uma pesquisa entre os que passavam pela região para saber a opinião da população em relação a reforma da previdência o resultado será divulgado pela entidade. Além de São Paulo, o protesto também ocorreu em outras cidades como Salvador e Rio de Janeiro.

Fonte: CTB

CTB publica manifesto em defesa do emprego e pela retomada do crescimento

Em defesa do emprego e pela retomada do crescimento, a CTB junto com as demais centrais sindicais (UGT, Nova Central Força Sindical e CSB) assinam manifesto no qual apontam saídas para o cenário de crise que vive o Brasil. Na nota, as entidades reiteram que “a face mais cruel da crise que o Brasil enfrenta hoje é o desemprego alarmante”.

 

 

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o Brasil computa mais de 26 milhões de brasileiros e brasileiras sem emprego ou subocupados. “A nação reclama saídas para crise que condena milhões ao desemprego e a unidade das centrais sindicais em torno desta agenda visa propor, com diálogo e luta, alternativas que apontem para a retomada do emprego e do crescimento econômico”, diz o texto.

“No Brasil não há espaço para modelos econômicos focados na financeirização e na privatização de suas riquezas. A redução dos juros é importante, mas sem a ampliação dos investimentos públicos e privados no setor produtivo nacional ela torna-se mero adjetivo. Precisamos de ações mais consequentes que promovam o desenvolvimento e a geração de empregos e que levem em conta os anseios da nação e suas necessidades mais emergentes. Somente com desenvolvimento real e inclusivo recolocaremos o país nos rumos de uma sociedade mais igual e humana”.

A CTB informou que na #PrimaveraDeLutas que ocorrerá nesta sexta-feira (22), em frente ao Masp, na Avenida Paulista, o manifesto será distribuído amplamente. “Nossa luta segue firme na conscientização do que está em jogo. O projeto retrógrado em curso não serve para nosso país. Nosso povo pede mais e a classe trabalhadora irá lutar, incansavelmente, contra essa que já a maior investida do capital contra o trabalho”, afirma o presidente da CTB, Adilson Araújo.

Leia a íntegra do manifesto:

Primavera de Lutas: centrais realizam ato em defesa do emprego

Pela retomada do crescimento, em defesa do emprego e contra a retirada dos direitos, as centrais sindicais (CTB, UGT, Força Sindical, Nova Central e CSB) realizarão no próximo dia 22 de setembro, às 10h, na frente do Masp, na Avenida Paulista, uma manifestação lúdica para marcar o início da Primavera. Confirme sua presença em nosso evento no Facebook.

Já nomeada como “Primavera de Lutas”, as centrais sindicais ofertarão flores e denunciarão a agenda regressiva do governo, que não tem sinalizado saídas para a crise e nem caminhos para o combate ao desemprego, que já assombra mais de 26 milhões de brasileiros e brasileiras. “Esse ato compõe uma ampla agenda de ação das centrais sindicais e tem como objetivo denunciar a onda de retirada de direitos, o desemprego e o processo de desindustrialização que tanto tem aprofundado a crise no Brasil”, indicam as centrais.

Atos pelo Brasil

“A CTB orienta toda a sua base a realizar atos no mesmo dia nas capitais de todo o Brasil. A complexa conjuntura cobra vigilância e organicidade. O que nos une é a luta em defesa de direitos, de um projeto de retomada do crescimento e o fortalecimento do movimento sindical”, indicou o presidente Nacional da CTB, Adilson Araújo, ao convocar toda a base classista para mais essa jornada.

E completou: “A CTB seguirá vigilante e mobilizada, focada da construção de para enfrentar os desafios da luta política em curso”.

Serviço:

São Paulo

Primavera de Lutas: “Pela retomada do crescimento, em defesa do emprego e contra a retirada dos direitos”

Quando: Dia 22 de Setembro, às 10 horas.

Onde: Avenida Paulista, na frente do Masp.

Fonte: Portal CTB

Fórum Sindical dos Trabalhadores denuncia governo Temer na OIT

Delegação do Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST), integrado por 22 Confederações laborais, comandada pelo coordenador nacional Artur Bueno de Camargo, que também preside a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria de Alimentação (CNTA), entregou, nesta segunda (28), em Genebra, documento ao diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Guy Rider, denunciando a violação, por parte do governo brasileiro, às convenções da Organização das quais o Brasil é signatário.

O documento do FST denuncia que a aprovação da lei da reforma trabalhista pelo Congresso Nacional e já sancionada pelo Executivo viola as Convenções 98, 154 e 155 da OIT, segundo as quais a promoção das convenções coletivas deve ser efetivada sempre em condições mais favoráveis das fixadas na legislação do trabalho. Ou seja, os acordos e convenções, segundo as normas da OIT ratificadas pelo governo brasileiro, não podem subtrair direitos consagrados em lei, como prevê a reforma trabalhista recém-aprovada.

Além disso, o FST denuncia que a nova lei cuja previsão de vigência é o próximo mês de novembro, “destrói qualquer possibilidade de uma legítima negociação pois traz em seu bojo o enfraquecimento das entidades sindicais de trabalhadores, desestímulo aos contratos coletivos, incentivo à demissão de trabalhadores e substituição por mão-de-obra sem proteção”. O documento sinaliza que a reforma trabalhista do governo Temer desrespeita “o patamar mínimo civilizatório e sem observância da dignidade da pessoa humana”.

Ao finalizar, os dirigentes sindicais consideram que “a prevalência do negociado sobre o legislado – premissa da reforma trabalhista – não valoriza a negociação coletiva, mas cria espaços para a precarização das condições de trabalho ao permitir que sejam pactuados parâmetros laborais abaixo do que prevê a lei, gerando insegurança jurídica. A discussão em torno da proposta precisa ser, necessariamente, precedida pela reforma do sistema sindical e pela criação de instrumentos para punição de atos antissindicais, sob pena de esvaziamento das negociações e fomento extraordinário à corrupção nas relações coletivas de trabalho”.

Na ocasião, Guy Rider demonstrou conhecimento da situação brasileira e estranhou o fato da reforma trabalhista ter sido aprovada em muito pouco tempo. Relatou, também, encontros com autoridades governamentais brasileiras e o fato, estampado pela imprensa, de que governo estaria disposto a adotar medidas antipopulares pois não terá interesse de se submeter futuramente às urnas.

Além do coordenador nacional do FST, Artur Bueno de Camargo, compareceram à reunião com o diretor-geral da OIT, o presidente da CONTRATUH (Turismo e Hospitalidade), Moacyr Roberto Tesch Auersvald; o presidente da CONTAG (Trabalhadores Rurais), Alberto Broch; o secretário-geral da UITA (União Internacional dos Trabalhadores em Alimentação) para a América Latina, Gerardo Iglesias; e o presidente da CONACATE (Carreiras Típicas de Estado), Antônio Carlos Fernandes Jr. Estava presente, também, a sra. Beatriz, assessora mundial da OIT.

Fonte: FST

Delegadas e delegados de todo o país elegem a nova Direção Nacional da CTB para a gestão 2017/2021

Após dois dias de reuniões, palestras e debates, os 1,2 mil delegados e delegadas reunidos no Hotel Stella Maris, em Salvador, elegeram a nova direção nacional da CTB neste sábado (26).

A chapa continua sendo presidida pelo atual presidente nacional Adilson Araújo, que inicia sua segunda gestão à frente da entidade. Após a eleição e ratificação da nova chapa, Adilson fez o discurso de encerramento do congresso.

Agradeceu aos parceiros na jornada de construção da CTB e à equipe que ajudou na realização deste congresso, e depois fez uma análise da conjuntura do país e dos planos da central.

“O povo precisa ser conscientizado. Não podemos transformar nossos sindicatos em escritórios. É muito gratificante pra mim dar condução a esse proejto, vamos ter de fortalecer mais e mais o nosso elo. E nossa unidade e laços de solidariedade. Compor a direção supõe fortalecer cada vez mais a nossa intervenção na sociedade”, disse o presidente.

A nova direção renovou alguns quadros e criou algumas novas secretarias, como a secretaria de Política Educacional, a secretaria de Assuntos Socioeconômicos e a secretaria do Assalariado Rural. No total, são 122 integrantes, sendo que 39 dirigentes são mulheres.

Entre as principais mudanças no quadro de dirigentes, Marilene Betros irá comandar a nova secretaria de Política Educacional.

Celina Arêas assume a secretaria da Mulher Trabalhadora, Ivânia Pereira passa à vice-presidência, o cetebista Ronaldo Leite fica à frente da secretaria de Formação e Cultura, Sérgio de Miranda assume a secretaria de Finanças, Adriano, da Fetag, vai para secretaria de Política Agrária e Nivaldo Santana assume a secretaria de Relações Internacionais.

A secretaria da Previdência passa ao dirigente Tadeu Paranatinga, a secretaria de Assuntos Jurídicos ao portuário Mario Teixeira, a de Políticas Sociais à dirigentes da Fetag Vânia Marques e a secretaria da Juventude será comandada pela bancária gaúcha Luiza Bezerra.

Confira aqui a composição completa da Direção Nacional da entidade.

Fonte: CTB

4º Congresso Nacional: A classe trabalhadora é a força motriz do nosso país, diz Adilson Araújo

O presidente nacional da CTB, Adilson Araújo, 49 anos, está à frente da entidade em uma das conjunturas mais difíceis de seus (quase) dez anos de história. Nesta entrevista, ele fala do 4º Congresso Nacional em Salvador, do movimento sindical e faz um análise da brutal ofensiva conservadora e da forte resistência em defesa da democracia e dos direitos sociais e trabalhistas.

Um dos fundadores da CTB, Adilson Araújo é baiano de coração, bancário do Itaú-Unibanco e iniciou sua militância sindical e política no final da década de 1980. É dirigente do Sindicato dos Bancários da Bahia e esteve à frente da direção da CTB Bahia entre 2008 e 2013. Na esfera política institucional foi presidente do Conselho Estadual de Trabalho e Renda da Bahia (CETER-BA) e membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), no governo Dilma Rousseff.

Leia abaixo os principais trechos:

Visão Classista: O Brasil vive uma onda de mudanças sociais e culturais singular. Como avalia esse período?

Adilson Araújo: A CTB atravessou nos últimos 10 anos muitas etapas da luta política e econômica nacional. Testemunhamos avanços históricos, que remodelaram o cenário social e reposicionaram o Brasil no mundo. Não podemos negar os ganhos advindo com a criação de programas como Minha Casa Minha Vida, Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), fortalecimento do BNDES e da Petrobras, política de aumento real do salário mínimo, Bolsa Família, Mais Médicos e Plano Safra. E não podemos esquecer que graças ao Prouni, Fies, Pronatec, Ciência Sem Fronteiras e as políticas afirmativas o país viveu uma verdadeira revolução no cenário sociocultural. Esses programas são ações iniciais para uma grande mudança social, que não tem outro caminho senão a implementação das reformas estruturais (Agrária, Tributária, Urbana, Educação) e democráticas (Mídia, Política). E tais programas garantiram a inclusão de milhões de brasileiros no mercado de trabalho e nas universidades, a remoção de outros tantos da linha da pobreza e miséria extrema e o fortalecimento do sentimento de pertencimento do nosso povo, com soberania e crença em um futuro de crescimento como nação.

E como foi a atuação da CTB nestes anos?

Acompanhamos de perto sem nunca perder de vista nosso papel no campo da luta sindical, social e política. Ao mesmo tempo que enfrentamos nossa luta em defesa de melhores condições de trabalho e pela consolidação de um sindicalismo classista, nos posicionamos frente à agenda nacional. Exemplo disso, foi a nossa luta em defesa do pré-sal, lutando para que a riqueza retirada dele fosse aplicada na Educação e Saúde de nosso povo. Ainda dentro desta luta, destaco a participação da CTB na defesa da retomada do crescimento, com o fortalecimento do setor produtivo nacional, da Petrobras e no fomento da Política de Conteúdo Local. Dentro dessa defesa de um projeto de retomada, precisamos salientar a política do aumento do salário mínimo, uma iniciativa que inaugurou uma verdadeira revolução no país, com a transferência real de renda para as mãos da classe trabalhadora e, por consequência, gerando aquecimento do mercado interno. Foi uma fase em que o país viveu avanços. Sim. É preciso destacar que, ainda que acanhada, a política econômica de redução dos juros, seja na gestão Lula e maior na gestão Dilma, somada aos índices de quase pleno emprego e inflação na meta foi também fundamental para muitos avanços. Mas, nós queríamos mais. E dentro disto, esteve no centro a defesa de uma reforma tributária e o fim da receita Superávit + câmbio valorizado, uma dupla que sempre emperrou a aceleração do nosso crescimento. Esses são apenas alguns pontos de um grande projeto que, ainda que tenha falhas, promoveu uma mudança política, econômica e social sinalizando que era sim possível crescer sem excluir.

Desde 2014, o país atravessa forte ofensiva do campo conservador. Como é dirigir uma central num período tão hostil à classe trabalhadora?

O cenário é de terra arrasada, mas a resistência nunca esmoreceu e a CTB esteve e está na linha de frente do enfrentamento dessa luta. É preciso voltar mais um pouco nesta análise, pois há fatores fundamentais para o avanço do campo conservador. Primeiro, no campo econômico, quando a presidenta Dilma enfrenta o sistema financeiro, reduzindo os juros a patamares históricos – 7,25% ao ano, o menor patamar da história – e o aprofundamento das desonerações; segundo, a campanha difamatória da mídia que insuflou o movimento “Não Vai Ter Copa”, desembocando nas chamadas “Jornadas de Junho”. Esse cenário garantiu a base necessária para o avanço do golpe de 2016, que tem como principal consequência a destruição dos direitos sociais e trabalhistas. É o nosso povo quem está pagando a conta mais uma vez.

Qual o efeito do golpe de 2016?

Todas as conquistas que destacamos acima estão sendo destruídas, uma a uma, por Michel Temer desde 11 de maio de 2016. E a maior expressão disso são as aprovações da PEC 55 – que corta os investimentos públicos em setores estratégicos como Saúde e Educação e acaba com os programas sociais – e da reforma trabalhista – que rasga a CLT, condena a classe trabalhadora a aceitar condições de trabalho análogas à escravidão e põe fim ao direito constitucional à Justiça do Trabalho. E temos agora a ameaça de reforma da Previdência, que pode colocar um fim no maior programa de distribuição de renda do nosso país e acabar com o sonho da aposentadoria.

Em dezembro a CTB completa 10 anos e tem em sua marca a luta unitária no campo e na cidade. Como avalia o papel da central?

O momento é de balanço, de uma atualização da conjuntura internacional e nacional, além de pensar a CTB para os próximos 10 anos. De forma muito particular, o resultado é extremamente positivo. A CTB tem impresso em seu DNA a compreensão de que o movimento sindical é dinâmico e por isso precisa de soluções dinâmicas, que tenham como fonte o conjunto amplo das forças: dos trabalhadores e das trabalhadoras urbanos, rurais, marítimos, do setor metal/ mecânico, entre outras tantas categorias. E a unidade é uma marca de sua atuação tanto na base como nas lutas mais amplas. Desta forma, fica clara disposição da nossa Central de fortalecer cada vez mais a unidade e os laços de solidariedade entre a classe trabalhadora, e evidentemente isso traz uma nova perspectiva, porque atravessamos uma etapa, na qual nos consolidamos como uma das centrais sindicais que mais cresce no país.

Como a CTB se posiciona hoje no mapa nacional do movimento sindical?

Temos mais de 1200 sindicatos filiados (sendo que desses mais de 700 já estão reconhecidos pelo Ministério do Trabalho e Emprego) e representamos cerca de 10 milhões de trabalhadores e trabalhadoras. Alcançamos o sonho da sede própria e da criação da nossa Escola Nacional. E no âmbito dos estados, graças a iniciativas como o Projeto Coral, ampliamos e reforçamos a presença da Central em todas as regiões do Brasil. Aqui também destaco a criação do Passi (Posto Avançado de Ação Sindical, Social e Institucional), em Brasília, o que não só nos estruturou como também reforçou nossa atuação nas lutas dentro do Congresso Nacional. Outro setor fundamental para a CTB é o da Comunicação, que ganhou ampla atenção por sua natureza estratégica. Nos últimos 4 anos, reforçamos os investimentos, com ampliação do quadro de profissionais e modernização dos equipamentos, o que garantiu a criação do Jornal Olho Crítico, impresso mensalmente, com tiragem de 200 mil; modernização do nosso Portal na internet e ampliação de nossa presença nas redes sociais; a criação das revistas Rebele-se e Mulher de Classe, e o fortalecimento da nossa revista Visão Classista. Isso sem falar nas publicações especiais, como cartilhas e notas técnicas. Tudo isso comprova que trabalhamos incansavelmente, para consolidar a presença da CTB no debate e nos espaços de decisão em todo o país.

Há avanços em todas as áreas de atuação da Central, entre elas, o campo internacional. Qual o balanço que faz desse setor?

Saímos do 3º Congresso, em 2013, com um objetivo: posicionar a CTB na luta internacionalista. Para isso, essa gestão, desenvolveu um projeto que tem por centro um sindicalismo de classe anti-imperialista, de unidade de ação em nível internacional. Como resultado desse projeto, ampliamos, por exemplo, nosso protagonismo nas articulações institucionais na Federação Sindical Mundial (FSM), que no seu 17º congresso, realizado na África do Sul, em 2016, elegeu Divanilton Pereira, secretário e Relações Internacionais, para o secretariado executivo da entidade. Outro momento importante foi a realização, em 2015, do simpósio mundial alusivo aos 70 anos da FSM. Uma conquista política que aglutinou em São Paulo 126 organizações sindicais oriundas de 44 países. Em nível mais global, integramos o BRICS sindical (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Diante dos ganhos e para reforçamos nosso projeto nestes espaços, criamos o Boletim Internacional da CTB, impresso e digital, em três idiomas (Inglês, Francês e Espanhol). E na América Latina? Em relação à geopolítica, reforçamos o nosso pertencimento latino e caribenho, estreitando relações com o sindicalismo cubano e uruguaio. Destaco nossa presença no Encontro Sindical Nossa América (ESNA), importante frente política regional e na qual fomos decisivos para sua fundação. Além disso, integramos a cúpula social da União de Nações Sul-Americanas (UNASUL), da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (ALBA) e participamos das agendas da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) e do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL). Criamos também um núcleo especial para pensar e qualificar a nossa presença nas Conferências Internacionais do Trabalho (OIT).

E o que esperar para a próxima etapa?

Como afirmei em 2013, nosso time está em campo e continuaremos jogando sem perder de vista o horizonte de um projeto que tenha por centro o crescimento, a geração de emprego, a valorização do trabalho, a defesa da soberania, da autodeterminação dos povos e da democracia, a distribuição da renda e o combate à pobreza. Muito já foi feito, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido. Os efeitos do golpe batem à nossa porta e precisamos ter tática e estratégia para enfrentar o que vem por aí.

Qual sua expectativa para o Congresso Nacional da CTB?

Este é o momento de passar em revista e de pensar uma ação mais planejada, que fortaleça a CTB e o movimento sindical no Brasil. Para este novo momento e cientes de nosso papel na luta sindical e política, me parece que se torna fundamental aprofundarmos teórica e estruturalmente nosso plano de ação. E, como estamos convencidos de que é possível enfrentar o momento e desatar os nós, vamos fazer a opção de canalizar todos os esforços para uma ação propositiva e de vanguarda. Entendemos que a melhor alternativa para a CTB e o conjunto da classe trabalhadora é caminhar unida, para garantir o enfrentamento da agenda regressiva, barrar o retrocesso liderado hoje por Michel Temer e construir caminhos para a retomada dos direitos vilipendiados. Não esqueçamos, é a classe trabalhadora a força-motriz da nação e é ela que possui a autoridade moral para dizer qual o melhor caminho para o nosso país. Vai ter luta!

Fonte: CTB

2ª Conferência de Saúde das Mulheres reunirá 1800 participantes em Brasília

Com o tema “Saúde das Mulheres: desafios para a integralidade com equidade”, o Conselho Nacional de Saúde (CNS) realiza a 2ª Conferência Nacional de Saúde das Mulheres (2ª CNSMu) entre os dias 17 e 20 de agosto. O objetivo é propor diretrizes para a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Mulheres. O evento reunirá 1800 participantes no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília (DF).

 

 

Na quinta-feira (17), às 16h, as participantes vão realizar o ato “Pela Saúde e Pela Vida das Mulheres”, onde sairão em caminhada do Museu da República até o centro de convenções rumo à abertura oficial. Nos dias 18 e 19, as discussões serão baseadas nos quatro eixos principais da conferência, conforme programação abaixo. No dia 20, o CNS e a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) vão premiar experiências brasileiras inovadoras de Participação Social e Saúde Integral das Mulheres no Sistema Único de Saúde (SUS).

O evento é um espaço de debates para ampliar a mobilização e o engajamento das mulheres e dos movimentos sociais na luta pela igualdade de gênero e contra os retrocessos que atualmente afetam a saúde e a vida das mulheres. As propostas, discutidas amplamente por 70 mil participantes em conferências municipais, macrorregionais, estaduais e livres, vão compor o Relatório Nacional, que contribuirá para a revisão da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Mulheres.

A 2ªCNSMu, que ocorre após três décadas da primeira edição, também terá como destaque a luta contra Emenda Constitucional 95/2016, que congela recursos públicos em Saúde e Educação por 20 anos, e contra a privatização do SUS. As medidas recentes ferem a Constituição Federal de 1988 e a democracia, criando um cenário de ruptura institucional da agenda de construção solidária do acesso das mulheres à saúde integral como direito humano. A conferência reafirma a luta por mais direitos e mais igualdade.

Serviço:

O quê: 2ª Conferência Nacional de Saúde das Mulheres (2ªCNSMu)

Quando: 17 a 20 de agosto de 2017.

Onde: Centro de Convenções Ulysses Guimarães, Setor de Divulgação Cultural – Eixo Monumental, Brasília (DF).

Informações: (61) 3315 2793/ 9 9671.1485 Laura Fernandes

www.facebook.com/2cnsmu

www.conselho.saude.gov.br

Programação

17 de agosto

16h – Ato /Caminhada “Pela Saúde e Pela Vida das Mulheres”
18h – Abertura / Mesa de Autoridades e Convidadas
20h – Jantar Confraternização

18 de agosto

8h30 às 12h (mesas concomitantes)

Eixo I – O papel do Estado no desenvolvimento socioeconômico e ambiental e seus reflexos na vida e na saúde das mulheres
• Celia Regina Nunes das Neves – Comissão Nacional de Fortalecimento das Reservas Extrativistas Marinhas do Brasil (COFREM)
• Ela Wiecko Volkmer de Castilho – Subprocuradora Geral da República
• Ministério da Saúde (aguardando confirmação)
Coordenação: Francisca Valda da Silva e Jupiara Gonçalves de Castro

Eixo II – O mundo do trabalho e suas consequências na vida e na saúde das mulheres
• Ivete Santos Barreto – Conselho Regional de Enfermagem (COREN)
• Maria Conceição Silva – União de Negros pela Igualdade (UNEGRO) e Conselheira do CNS
• Elionice Conceição Sacramento – Movimento Nacional de Pescadoras e Marisqueiras e Conselheira do CNS
Coordenação: Madalena Margarida da Silva e Maria Soraya Amorim

14h às 17h30 (mesas concomitantes)

Eixo III – Vulnerabilidades e equidade na vida e na saúde das mulheres
• Carmen Simone Grilo Diniz – Faculdade de Saúde Pública (USP) e GT de Gênero e Saúde (ABRASCO)
• Margareth Arilha – Núcleo de Estudos de População “Elza Berquó” (NEPO/UNICAMP)
• Maria Luiza Costa Câmera – Associação Bahiana de Deficientes Físicos (ABADEF)
• Keila Simpson – Presidenta da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA)
Coordenação: Heliana Hemetério dos Santos e Cleoneide Paulo Oliveira

Eixo IV – Políticas públicas para as mulheres e a participação social
• Ana Maria Costa – Centro Brasileiro de Estudos de Saude (CEBES)
• Maria de Lourdes Araújo Barreto – Rede Brasileira de Prostitutas e Grupo de Mulheres Prostitutas do Estado do Pará (GEMPAC)
• Alessandra Lunas – Coordenação Nacional da V Marcha das Margaridas
• Ângela Martins – Marcha das Mulheres Negras
Coordenação: Francisca Rego Araújo e Maria Esther de Albuquerque Vilela

19 de agosto

8h30 às 17h30 – 16 Grupos de Trabalho

Eixo I – O papel do Estado no desenvolvimento socioeconômico e ambiental e seus reflexos na vida e na saúde das mulheres (4 Grupos de Trabalho)

Eixo II – O mundo do trabalho e suas consequências na vida e na saúde das mulheres (4 Grupos de Trabalho)

Eixo III – Vulnerabilidades e equidade na vida e na saúde das mulheres (4 Grupos de Trabalho)

Eixo IV – Políticas públicas para as mulheres e a participação social (4 Grupos de Trabalho)

20 de agosto

8h30 às 9h30

Premiação dos Projetos “Laboratório de Inovação de Participação Social e Saude Integral da Mulher” – OPAS/CNS:

• Projeto “Passo a Pássaro” (PI)

• Projeto “TransformaDor: parir com amor, sem violência” (PA)

• Projeto “Barriguda” (RN)

• Projeto “Práticas de cuidado em saúde com trabalhadoras do sexo: extensão universitária desenvolvida pelo NUCED/UFC” (CE)

• Projeto “Mulheres da AP2.2: grupos de convivência, educação em saúde e geração de renda nas Unidades da ESF” (RJ)

• Projeto “Ambulatório Trans de Sergipe: Portas Abertas – Saúde Integral das pessoas trans: cuidar e acolher” (SE)

9h30 às 18h – Plenária Final

18h – Encerramento

Fonte: SUSConectas

CTB entra na reta final para realização de seu 4º Congresso Nacional; confira a programação

O 4º Congresso Nacional da CTB será em Salvador, entre os dias 24 e 26 de agosto, e deve reunir 1,2 mil sindicalistas do Brasil e do mundo. O evento marca também os dez anos de vida da central, fundada em 12 de dezembro de 2007.

 

 

“A CTB é uma central de luta. Nasceu no calor da crise econômica mundial (em 2007) e completará 10 anos em 2017 lutando contra outra grave crise que vem dominando o país”, diz o presidente nacional da CTB, Adilson Araújo.

Entre os assuntos centrais que estarão em debate, destaque para os seguintes temas: a reforma trabalhista e a da previdência e o golpe do capital contra o trabalho, a América Latina e os ataques aos governos progressistas e as contrarreformas e os desafios do movimento sindical.

A realização do congresso, neste cenário conturbado e hostil à classe trabalhadora, será em si mesma um ato político de resistência, unidade e força contra a brutal ofensiva neoliberal que vem atacando direitos sociais e trabalhistas no país.

O 4º Congresso Nacional irá contemplar toda a representatividade nacional e mundial da CTB. Sua programação incluirá, na abertura, um seminário internacional, que trará ao país dirigentes sindicais de diversos países para debater a conjuntura e compartilhar as diferentes lutas políticas e sindicais em curso pelo mundo.

Nos outros dois dias, o foco será no debate de conjuntura, balanço das atividades e elaboração de um documento e de um plano de luta. Personalidades públicas ilustres também darão sua contribuição no debate.

“Estamos convencidos que, marchando com unidade, clareza e consciência, o movimento sindical, a classe trabalhadora e e as forças progressistas reunirão as condições necessárias para relançar um novo projeto nacional de desenvolvimento fundado na valorização do trabalho, na democracia e na soberania nacional”, afirma Araújo.

Confira abaixo ou acesse a programação completa.

4º CONGRESSO NACIONAL DA CTB

Salvador, 24 a 26 de agosto de 2017 – Gran Hotel Stella Maris Resort & Conventions

PROGRAMAÇÃO

23 de agosto – Quarta-feira

08h00 às 12h00 – Recepção da delegação internacional

24 de agosto – Quinta-feira

08h30 – Credenciamento Delegados e Delegadas Nacionais e Internacionais

09h30 – Início Seminário Internacional

18h30 – Abertura Oficial do 4º Congresso Nacional da CTB

19h00 – Apresentação do Documento do 4º Congresso

20h00 – Sessão Solene de Abertura

25 de Agosto – Sexta-feira

08h30 – Credenciamento de Delegados Nacionais

09h00 – Painel: SIGNOS E SIGNIFICADOS DA CTB

10h00 – Intervenção do plenário

11h00 – Painel: A LUTA EMANCIPACIONISTA E O TRABALHO

12h00 – Intervenção do plenário

13h00 – Almoço

14h00 – Encerramento do credenciamento

14h00 – Intervenção do plenário

15h00 – Painel: AS CONTRARREFORMAS E OS DESAFIOS DO MOVIMENTO SINDICAL

16h30 – Intervenção do plenário

20h00 – Encerramento dos trabalhos

26 de Agosto – Sábado

09h00 – Intervenção do plenário

10h00 – Apresentação da proposta de Alteração Estatutária

10h20 – Intervenção do plenário

11h00 – Apresentação do Balanço da CTB

11h30 – Apresentação do plenário

12h30 – Apresentação do Plano de Lutas

12h50 – Intervenção do plenário

13h30 – Almoço

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Fonte: CTB

Cresce confiança dos brasileiros nos sindicatos, revela pesquisa Ibope

Os brasileiros confiam mais nos sindicatos do que em partidos, governos ou presidentes da República. É o que revela uma pesquisa recente do Ibope Inteligência que avaliou o Índice de Confiança Social (ICS) de 20 instituições públicas e entidades sociais do país.

Os sindicatos são vistos como mais confiáveis por jovens de 25 a 29 anos das classes D e E. E a confiança aumentou à medida que se agravava a crise política e econômica no país: subiu de 41%, em 2015, para 44%, em 2017. Neste período também se intensificaram os atos públicos e manifestações em defesa dos direitos sociais e trabalhistas e da democracia em todo o Brasil, movimento que contou com forte protagonismo dos sindicatos e centrais sindicais.

Para o vice-presidente da CTB, Nivaldo Santana, as jornadas de luta e greves recentes têm papel importante no cenário apresentado na pesquisa. “As mobilizações em defesa da democracia e dos direitos dos trabalhadores, as grandes jornadas de luta, com destaque para a maior greve geral do país, em 28 de abril, são fatores essenciais para compreender o aumento da confiança e do respeito na principal organização de massa dos trabalhadores, que são os sindicatos”, avalia Santana.

O levantamento foi realizado entre os dias 13 e 19 de julho, com 2002 pessoas a partir de 16 anos, em 142 municípios do país. Os bombeiros, a Igreja, a Polícia Federal, as Forças Armadas e as escolas públicas ficaram entre as cinco instituições mais confiáveis na avaliação dos brasileiros. Já o presidente da República, os partidos políticos, o Congresso Nacional e o governo federal aparecem nas últimas posições na pesquisa.

A confiança na Presidência da República foi a que apresentou a variação mais expressiva: de 44 pontos em 2014 para 14 neste ano. Em 2009, a presidência aparecia na 5° colocação entre instituições com maior credibilidade e hoje está no 17° lugar – a antepenúltima posição. Confira a pesquisa na íntegra aqui.

FGV

Um outro estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas no final de 2016 também incluiu os sindicatos em uma pesquisa para avaliar a confiança dos brasileiros na Justiça brasileira. No levantamento, as organizações sindicais ficaram com 25% de confiança, antes das redes sociais (twitter/facebook), com 23%, Presidência da República, com 11%, Congresso Nacional, com 10%, e partidos políticos, com 7%.

O Poder Judiciário teve 29% da confiança da população, bem atrás das Forças Armadas, que liderou este ranking com 59% da confiança, da Igreja Católica (57%), imprensa escrita (37%), Ministério Público (36%), grandes empresas (34%) e emissoras de TV(33%).

Foram entrevistadas 1.650 pessoas residentes nas capitais e regiões metropolitanas do Distrito Federal, Amazonas, Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo durante o primeiro semestre de 2016.

Fonte CTB – Foto: Adonis Guerra – Smabc – Arte: Ibope Inteligência 
Publicado em 02/08/2017