CTB lança manifesto em defesa do emprego e da indústria nacional

“Diante das amargas estatísticas, da avalanche de perdas de direitos, do desemprego alarmante e do sucateamento do parque produtivo nacional, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) lança campanha e manifesto em defesa da indústria nacional, do emprego e da retomada do crescimento econômico.

 

 

De acordo com o presidente da CTB, Adilson Araújo, “a proposta é unificar sua base, sobretudo os setores mais afetados, em torno de uma nova agenda política e econômica, que denuncie o desmonte do Estado Nacional, a ofensiva contra a classe trabalhadora e o projeto entreguista liderado pela gestão de Michel Temer”.

Adilson destacou que “a campanha é de abrangência nacional e que haverá uma intensa mobilização da nossa base para fortalecer e garantir sua repercussão nacional”.

Para mais informações ou para incluir sua assinatura no manifesto, escreva para: [email protected].

Leia a íntegra do manifesto:

Manifesto em defesa da Indústria Nacional

O Brasil vive uma situação crítica, com uma economia enferma e uma avalanche de perdas de direitos. O desemprego atinge níveis assustadores. A indústria definha, emparedada por uma política macroeconômica que só beneficia o mercado financeiro rentista nacional e internacional. Que indústria resistirá num contexto em que o retorno do investimento produtivo é inferior aos rendimentos em títulos da dívida pública?

O processo de desindustrialização, uma realidade enfrentada pelo país há décadas, foi substancialmente agravado após o golpe parlamentar que depôs a presidenta Dilma Rousseff. A indústria de transformação, que já respondeu por quase 30% do PIB – ao final de gigantesco esforço desenvolvimentista empreendido pelo Brasil no século XX -, cai a menos de um digito do total da riqueza nacional.

Setores estratégicos da economia como o de petróleo e gás, indústria naval e Construção Civil padecem. O cenário é de recuo total. Áreas como ciência, cultura, educação, tecnologia e inovação, sofrem cortes drásticos nos investimentos, o que compromete as perspectivas de desenvolvimento e o futuro da nação.

A operação Lava Jato contribuiu significativamente para o desmonte do setor produtivo e da engenharia nacional. Ajudou a destruir 740 mil postos de trabalho e quase paralisou a indústria da construção civil, que durante 10 anos respondeu por 14%, em média, do PIB (Produto Interno Bruto).

A política de conteúdo local poderia ser uma mola propulsora da retomada, promovendo a reindustrialização. Mas, essa não é a visão do atual governo, que reduziu a política de conteúdo local e ampliou de forma generosa a participação do capital estrangeiro na indústria, em especial no ramo de petróleo e gás. Simultaneamente, conquistas sociais estão sendo destruídas e a desigualdade voltou a crescer. O desmonte da Seguridade Social lega aos mais vulneráveis um futuro de fome e miséria.

A restauração neoliberal promovida após a consumação do golpe está redefinindo o papel do setor público segundo a filosofia do Estado mínimo, traduzida nas privatizações, esvaziamento do BNDES e substancial redução da capacidade de investimentos do Estado, bem como de suas funções como promotor do desenvolvimento nacional.

O retrocesso político e social é sustentado pelas classes dominantes brasileiras, que não estão em sintonia com um projeto de nação democrática e soberana, com autonomia no campo do petróleo, da Defesa, das relações internacionais e políticas sociais democráticas e progressistas.

Num momento em que países mais desenvolvidos, como Estados Unidos, Alemanha ou China retomam com força projetos de industrialização, com amplo incentivo do Estado ao adensamento de cadeias produtivas mais sofisticadas, o Brasil, na contramão, vai queimando forças produtivas e reprimarizando sua economia, desnacionalizando amplas áreas estratégicas e seus recursos naturais e abrindo mão do projeto de ter a Indústria como centro de seu desenvolvimento.

Não há futuro decente para nosso país sem indústria nacional e a interrupção e reversão do processo de desindustrialização. A classe trabalhadora não pode ficar à margem da luta pelo fortalecimento da indústria nacional, que é parte essencial do projeto nacional de desenvolvimento com democracia, soberania e valorização de trabalho pleiteado pelas centrais sindicais.

Neste sentido estamos propondo:

1- A defesa de um projeto que tenha por centro a geração do emprego, a valorização do salário e os direitos sociais e trabalhistas;

2- A construção de uma ampla frente social, política e econômica que aponte para um novo projeto político, que tenha como norte a retomada do desenvolvimento e o fortalecimento das instituições;

3- A mudança do modelo macroeconômico, com a redução substancial dos juros reais e spread bancário a média de países similares ao Brasil, um câmbio favorável às exportações e política fiscal contra cíclica voltada a indução ao crescimento econômico;

4- Ampliação dos investimentos públicos e privados em infraestrutura, Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), saúde e educação, e preservação do patrimônio nacional;

5- Fortalecimento da Petrobras, fim da atual política de privatização fatiada, e restauração da participação obrigatória nos poços do Pré-sal;

6- Lançamento de Política Industrial voltada a estruturação de cadeias produtivas em setores intensivos em emprego e em conteúdo tecnológico. Nesse contexto, retomar política de conteúdo local que promova a nacionalização em áreas de maior intensidade tecnológica, ajustada aos legítimos interesses nacionais e de seu povo;

7- Trabalhar para que a taxa de investimentos produtivos alcance 25% do PIB. Reposicionar o BNDES e os demais bancos públicos (BB, CEF, BNB, BASA) para financiar novo ciclo de investimentos. Rever o teto de gastos, inserido pelo governo golpista na Constituição, para possibilitar o Estado retomar a capacidade de, a partir do investimento público, induzir o aumento do investimento privado.

Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB)

Federação Interestadual de Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (Fitmetal)

Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro (Sindmetal-Rio)

Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Caxias do Sul e Região

Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Betim e Região

Sindicato dos Metalúrgicos de Chapecó (SC) e Região

Sindicato dos Metalúrgicos de Jaguariúna e Região

Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de São Luiz (MA)

Metalúrgicos e Mineradores do Estado da Bahia

Sindicato dos Metalúrgicos de Angra dos Reis

Fonte: CTB

Trabalhadores de todo o país vão às ruas nesta sexta (30) contra a reforma trabalhista

O combate à reforma trabalhista do governo Temer é o principal foco da paralisação nacional que já mobiliza diversas categorias profissionais no ato “Vamos parar o Brasil” que acontece nesta sexta-feira (30).

 

 

Leia: Centrais sindicais vão parar o Brasil no dia 30 em defesa dos direitos e contra as reformas

Petroleiros e metroviários já aprovaram em assembleia adesão ao movimento que levará às ruas trabalhadores de todo o país.

Em São Paulo, as centrais sindicais e movimentos sociais convocaram a manifestação “Nenhum direito a menos e Diretas Já”, em frente ao Masp, na avenida Paulista, a partir das 16h.

Pressão e vigília

Para o presidente da CTB, Adilson Araújo, pressão e vigília são fundamentais nestes momentos decisivos enfrentados pela classe trabalhadora brasileira.

“Esse trabalho, aliado à mobilização das ruas e aos protestos em Brasília serão decisivos na luta contra essa Reforma Trabalhista que só retira direitos do nosso povo. Somente com a intensidade da luta de resistência as reformas trabalhista, previdenciária e a terceirização irrestrita serão barradas no Congresso Nacional”, diz o dirigente.

Nos últimos meses, a ação unitária das centrais sindicais promoveu uma série de mobilizações importantes, como os atos de 8 e 15 de março, a Greve Geral de 28 de abril e o Ocupe Brasília, em 24 de maio.

O amplo movimento de resistência provocou o recuo do governo em diversos pontos da Reforma da Previdência e sua derrota na Comissão de Assuntos Sociais do Senado no projeto da reforma trabalhista na última semana.

Outras mobilizações estão previstas para esta semana nos aeroportos de Brasília e dos estados para pressionar os deputados na votação da reforma, que está marcada para esta quarta-feira (28), no Senado federal.

• 30 de junho: Vamos parar o Brasil contra a reforma trabalhista, em defesa dos direitos e da aposentadoria.

• No dia da Votação da Reforma Trabalhista no Senado: mobilização em Brasília.

Fonte: CTB

Centrais sindicais indicam greve geral para o dia 30 de junho

Reunidas nesta segunda-feira (5) na sede da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), as principais centrais brasileiras definiram o dia 30 de junho como data indicativa para a próxima greve geral contra as reformas trabalhista e previdenciária. A partir desta data cada sindicato vai realizar assembleias para consultar os trabalhadores sobre a realização da greve.

 

 

As centrais também deliberaram que no dia 20 de junho será realizado um dia nacional de mobilização contra as reformas e em preparação para a greve geral. A ideia é realizar atos em todos os estados brasileiros como estratégia de mobilização dos trabalhadores e pressão aos parlamentares.

Participaram da reunião a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Força Sindical, Nova Central, Central Geral dos Trabalhadores do Brasil, CSP-Conlutas, Intersindical, A Pública e Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB).

Resistência

Adilson Araújo, presidente da CTB, convocou logo após a reunião sindicatos, federações e confederações ligados à central. “Iremos colocar força total na construção da greve”, afirmou à assessoria de imprensa da central.

De acordo com o dirigente, “o momento exige resistência e luta contra as propostas de Temer que põem fim a direitos consagrados da classe trabalhadora e de toda a sociedade brasileira”. Na opinião de Adilson, “está claro que a sociedade está contra esse governo é só com luta iremos barrar os retrocessos capitaneados por Michel Temer”.

Disposição de luta

Segundo o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, a sugestão de uma nova data para a greve mantém o trabalhador mobilizado. “Ao mesmo tempo que as assembleias debatem o dia 30 é preciso continuar monitorando cada senador e ter presença no Congresso Nacional contra a aprovação das reformas”.

Álvaro Egea, secretário-geral da Central dos Sindicatos Brasileiros, afirmou que a definição de uma data para a greve é importante porque fortalece as ações contra as reformas. “Mostra disposição de luta e que estamos na mesma direção da marcha do dia 24 e da greve geral do dia 28. Os trabalhadores não abrem mão de derrotar as duas reformas, principalmente a trabalhista na iminência de ser votada no Senado.”

Governistas apressam tramitação

A reforma trabalhista ou Projeto de Lei da Câmara 38/2017 tramita na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. O relatório do tucano Ricardo Ferraço defendeu a aprovação do substitutivo aprovado na Câmara dos Deputados. Esse texto foi alvo de repúdio das centrais.

Nesta terça-feira (6), está prevista a votação do relatório na CAE. Caso aprovado, o PLC segue para as comissões de Constituição e Justiça e Assuntos Sociais. Ferraço também é o relator do PLC nesta comissão e durante o trâmite na CAE evitou acatar emendas para impedir que o PLC retornasse à Câmara.

“Nós estamos em um conjuntura difícil e apesar de toda a mobilização das centrais e do conjunto da sociedade, o Congresso insiste em dar continuidade às reformas e nós temos que dar continuidade à luta, então a indicação do dia 30 como nova greve geral precisa ser referendada pelas categorias. O momento é de chamar assembleias para que se possa referendar e construir o dia 30”, explicou Sérgio Nobre, secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

O dirigente lembrou ainda que além da retirada das reformas, as centrais também devem levar para as ruas a defesa das eleições diretas para presidente e o combate ao desemprego. “O desemprego está chegando a todas as famílias brasileiras. É um flagelo para o trabalhador. De outro lado, temos um presidente que não tinha nenhuma legitimidade e que agora perdeu de vez a condição de governar o país. Daí a necessidade da defesa das eleições diretas”, declarou Sérgio.

Temer foi denunciado pelo executivo Joesley Batista de ter participado de esquemas de propina para evitar a delação do deputado cassado, Eduardo Cunha, à Lava Jato. No final de maio, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), protocolou pedido de impeachment contra Temer, que coleciona dezenas de pedidos desde 2016. As iniciativas aguardam a avaliação do governista Rodrigo Maia (DEM-RJ) para tramitar na Câmara.

Calendário das Centrais

— Dia 20 de junho – Dia Nacional de Mobilização contra as reformas e em apoio às eleições diretas

— Dia 30 de junho – Data indicativa para greve geral

Fonte: Vermelho

FBP: “Ocupar Brasília para derrotar a reforma da previdência no dia 24 de maio”

A Frente Brasil Popular lançou uma nota de convocação aos movimentos populares de todo o país para o ato #OcupeBrasília que vai protestar diante do Congresso Nacional contra a proposta de reforma da Previdência (PEC 287/16) e o projeto de reforma trabalhista (PLC 38/2017).

 

O ato é organizado pelo conjutno das centrais sindicais em parceria com os movimentos sociais representados pela Frente Brasil Popular. Confira a nota abaixo:

“A batalha em defesa da aposentadoria e contra a reforma da previdência entra em fase decisiva na Câmara dos Deputados, principalmente entre os dias 22 e 24 de maio.

É preciso aumentar a pressão em torno dos deputados e deputadas no próximo período e mobilizar todos e todas para ocupar Brasília no dia 24, data de votação da proposta no plenário da Câmara.

Além disso, é fundamental que os comitês da Frente Brasil Popular se engajem na construção das agendas de agitação e propaganda, na construção de paralisações e mobilizações também nos Estados.

A maioria da população brasileira está contra as reformas da previdência e trabalhista e é essencial que possamos mostrar que a proposta representa grave retrocesso aos direitos das trabalhadoras e dos trabalhadores arduamente conquistados.

Vamos ocupar Brasília, as ruas, as redes e fazer atividades, panfletagens e mobilizar o povo brasileiro para juntos e juntas barrar essas maldades contra a classe trabalhadora.

Só será possível vencer esse governo com a garra e a coragem do povo.”

Fonte:CTB

CTB convoca classe trabalhadora para vigília na Câmara dos Deputados no dia 17/05; #OcupeBrasília

Como agenda do “Maio de Lutas”, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) convoca classe trabalhadora para vigília, no Anexo 2 da Câmara dos Deputados, às 10h, no dia 17 de maio. De acordo com Adilson Araújo, “o corpo a corpo junto aos parlamentares, somando com a ampla agenda entre os dias 15 e 19, será fundamental para pressionar ainda mais os parlamentares a votarem contra a PEC 287, que acaba com a Previdência Social pública”.

Maio de lutas: lideranças das centrais definem ações para barrar reformas

O dirigente também sinalizou que a Central está empenhada em mobilizar toda a sua base para a grande marcha unitária das centrais que ocorrerá, em Brasília, no dia 24 de maio. “O dia 28 de abril já entrou para história e o maio de lutas será construído com ainda mais energia. A marcha do dia 24 será mais um marco nesta intensa luta em defesa dos direitos”, afirmou Adilson.

E completou: “A luta em Brasília será decisiva, seja pela ameaça de votação na Câmara da PEC 287, que pode ir à plenário ainda em maio, seja pela tramitação da reforma Trabalhista que está no Senado e que já sinaliza calendário até o segundo semestre legislativo. De modo que uma nova greve geral não está descartada, pelo contrário. Resistir a todo custo contra os ataques aos direitos sociais e trabalhistas é e será nossa palavra de ordem”.

Serviço

09 de maio – Terça-feira

Brasília

10h – na Sede da CUT/DF -reunião das centrais sindicais para organizar a agenda de atuação no Congresso.

18h – Reunião com o Senador Ricardo Ferraço.

São Paulo

14h30 – no Dieese em São Paulo, reunião do setor de organização e de imprensa para preparar a Marcha de Brasília do dia 24 de maio.

16 de maio – Terça-feira

Corpo a corpo nos aeroportos e reuniões com os deputados e senadores nos Estados.

17 de maio – Quarta-feira

#OcupeBrasília, lideranças das centrais sindicais visitam parlamentares e líderes partidários no Congresso. Vamos montar nesse dia a TENDA DA RESISTÊNCIA. Pedimos às entidades que possam deslocar quadros dirigentes para reforçar a vigília.

24 de maio – Quarta-feira

MARCHA NACIONAL DIA 24 DE MAIO contra o desmonte da Previdência e em defesa dos direitos da classe trabalhadora.

Mais informações

Adilson Araújo – presidente da CTB – (11) 97475-2068

Raimunda Gomes – Secretária de Comunicação da CTB – (11) 99676-8644

Joanne Mota – Assessoria de Imprensa e Comunicação da Presidência da CTB – (11) 984429245

Fonte: CTB

Após sucesso da greve geral, CTB celebra 1º de Maio na av. paulista como um ato de resistência

Nesta segunda-feira, 1º de maio, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) a CUT e a Intersindical ocuparam a avenida Paulista, apesar dos esforços contrários empreendido pelo prefeito João Dória Jr., e realizou uma grande celebração da luta pelo trabalho digno e contra a precarização provocada pelas reformas proposta pelo governo Michel Temer.

 

A concentração começou às 11 horas na praça Oswaldo Cruz, início da avenida Paulista, e seguiu até a praça dos Ciclistas, na esquina da rua da Consolação, onde foi realizada uma entrevista coletiva com os dirigentes das centrais sindicais que organizam o ato (além da CTB, a CUT e a Intersindical), e depois, um ato político com participação de lideranças sindicais e dos movimentos sociais, representados pela Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo.

O presidente da CTB, Adilson Araújo, lembrou no início do ato um pouco da história do 1º de Maio, que nasceu em 1886, protagonizado por mais de 500 mil trabalhadores de Chicago (EUA), que realizaram uma greve geral no país, traçando uma nova trajetória de luta na defesa dos direitos da classe trabalhadora.

“A classe trabalhadora sabe da importância da luta por seus direitos consagrados na CLT e reforçados na Constituição Cidadã de 1988. Nesse momento em que o governo ilegítimo de Temer, instalado por um golpe, se volta contra os interesses da classe trabalhadora é fundamental que ela tome as ruas e levante a bandeira da democracia e do estado democrático de direito”, afirmou Adilson (assista ao vídeo abaixo).

Em todo o Brasil, as centrais sindicais ralizaram atos neste 1º de Maio, que foi chamado de 1º de Maio da Resistência contra as reformas trabalhista e previdenciária do governo Michel Temer.

Fonte: CTB

Com ampla adesão, Greve Geral na sexta (28) deve ser a maior dos últimos 30 anos; confira

A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), junto às principais centrais sindicais brasileiras, que representam mais de dez milhões de trabalhadores e trabalhadoras em todo o país, convocam uma Greve Geral para esta sexta-feira (28) contra o retrocesso social imposto pelas reformas trabalhista e da Previdência Social.

 

A expectativa é que este seja o maior ato de mobilização da classe trabalhadora brasileira desde a década de 1980, quando a disparada da inflação no governo Sarney e o Plano Cruzado conduziram o país a uma de suas maiores greves após a redemocratização.

Mais de 30 categorias profissionais de pelo menos 20 estados brasileiros já decidiram aderir ao movimento, entre elas os servidores públicos estaduais e federais, metroviários, condutores, bancários, metalúrgicos, professores de escolas públicas e privadas, petroleiros, funcionários dos Correios, da construção civil, do comércio e da saúde.

Os farmacêuticos também vão se mobilizar em todo o país para defender os direitos dos trabalhadores, em particular os da categoria. A diretora de Organização Sindical da Fenafar, Débora Melecchi pontua alguns motivos para que os farmacêuticos e farmacêuticas estejam nas ruas neste dia 28 de abril.

“Está em curso um processo de terceirização dos serviços. Estudos mostram que os terceirizados trabalham 3 horas a mais e ganham 25% menos, e são os que registram mais acidentes de trabalham. Levantamentos mostram que de cada 10 acidentes de trabalho, 8 ocorrem entre os terceirizados, lembrando que o dia 28 de abril é o dia de luta e de homenagem aos mortos em acidentes de trabalho. Além disso, a terceirização acaba com os concursos públicos, porque todos os serviços poderão ser terceirizados. Dados do Ministério do Trabalho e Emprego indicam que a terceirização tende a se igualar com o trabalho escravo, devido a esta forma de gestão e precarização do trabalho. Um outro aspecto que é importante ressaltar para a mobilização do dia 28 é a Reforma Trabalhista, que impacta na integridade do trabalho, como o limite para a jornada, os regimes de descanso estão sendo destruídos o que certamente vai aumentar o número de acidentes e o nível de adoecimento pelo trabalho, sem falar que todas as conquistas garantidas pela CLT está sendo rasgada nesta proposta do governo Temer. Somando a tudo isso, a Reforma da Previdência, que atinge todos os brasileiros. Inclusive para os já aposentados, que ao morrerem não poderão mais deixar suas pensões para as esposas ou maridos após o falecimento”, pontua Débora.

A dirigente da Fenafar conclama todos à grever geral: “Então no dia 28 de abril, o Brasil vai parar e a categoria dos farmacêuticos sempre protagonista também vai se mobilizar e participando das diferentes manifestações. Muitos sindicatos podem não ter aprovado a greve em assembleia, mas mesmo sem essa formalização da greve, toda cidadã e cidadão brasileiro que quer ter seus direitos garantidos deve se juntar às mobilizações e dizer não às perdas de direitos.”

Mobilização nacional e nos estados

Um jornal unitário assinado pela CTB, CUT, UGT, Força Sindical, CSB, NCST, Conlutas e CGTB, com tiragem de 2 milhões de exemplares, está sendo distribuído na capital paulista. O material traz informações e esclarecimentos sobre as reformas que o governo tenta implementar, o impacto extremamente negativo que terão na vida do trabalhador e trabalhadora e faz a convocação para a greve.

Acesse o material aqui.

Na sexta-feira (28), durante a tarde, as lideranças das centrais concederão uma entrevista coletiva em frente ao INSS, no centro da capital paulista, com um balanço do movimento em todo o Brasil. Horário a ser definido.

Confira abaixo as categorias que vão aderir à greve nos estados:

Alagoas

Professores da educação pública e particular
Bancários
Funcionalismo público federal
Trabalhadores de empresas de transporte público de Maceió

Amazonas

Professores universitários
Petroleiro
Rodoviários
Bancários (bancos públicos)
Vigilantes
Polícia Civil
Construção civil

Bahia

Policiais civis
Professores da rede pública de ensino
Trabalhadores em saúde da rede pública
Rodoviários de Salvador e Região Metropolitana
Comerciários de Salvador, Irecê, Itabuna e Ilhéus
Bancários de todas as bases sindicais da Bahia
Metalúrgicos
Servidores do Judiciário estadual e federal
Trabalhadores da construção civil
Técnicos administrativos das universidades federais
Servidores públicos municipais de Itabuna
Petroleiros
Servidores públicos estaduais

Ceará

Bancários
Profissionais de setores essenciais, como transporte, saúde e educação

Distrito Federal

Servidores públicos federais
Auxiliares de Administração Escolar em Estabelecimentos Particulares de Ensino
Bancários
Empregados no Comércio Hoteleiro, Restaurantes, Bares e Similares F
Trabalhadores federais em saúde previdência e assistência social no distrito federal
Professores da entidades de ensino particulares
Radialistas
Trabalhadores Empresas de Transportes Terrestres de Passageiros Urbanos
Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília
Servidores do Detran
Trabalhadores de Limpeza Urbana do Distrito Federal
Aeroportuários
Trabalhadores em Embaixadas, Consulados e Organismos Internacionais

Espírito Santo

Professores
Portuários
Comerciários
Bancários
Metalúrgicos
Servidores públicos
Construção civil
Rodoviários
Enfermeiros(as) e psicólogos(as)

Goiás

Professores municipais de Anápolis
SIMPMA
Trabalhadores em Empresas de crematório e Cemitérios SINEF
Limpeza Urbana Stilurbs
Servidores Públicos
Técnicos e trabalhadores nas Universidades e Institutos Federais de Ensino Sintifesgo – Goiás

Maranhão

Rodoviários
Metalúrgicos
Sintema
Simproeesema
Vigilantes
Sindicatos da pesca
Sindicatos rurais
Panificação

Mato Grosso

Servidores públicos estaduais
Servidores da Educação Pública
Bancários
Trabalhadores dos transportes públicos
Servidores de diferentes esferas do Judiciário

Minas Gerais

Servidores públicos
Trabalhadores da agricultura
Bancários
Trabalhadores em educação

Pará

Portuários
Bancários
Construção Civil
Comerciários
Servidores Públicos
Trabalhadores na Educação

Paraíba

Trabalhadores da educação federal, estadual e municipal
Justiça federal
Trabalhadores no comércio
Bancários
Ferroviários
Frentistas
Motoristas
Construção civil
Trabalhadores na indústria
Trabalhadores rurais

Pernambuco

Bancários
Metroviários
Policiais civis
Servidores da Assembleia Legislativa de Pernambuco
Guardas municipais
Professores do setor público e privado

Piauí

Professores do setor público e privado
Servidores da saúde pública
Correios
Rodoviários
Metroviários
Comerciários
Servidores públicos municipais
Servidores judiciários federais

Rio de Janeiro

Professores do Município do Rio de Janeiro e Região (SinproRio)
Radialistas trabalhadores nas Empresas de Energia do Rio de Janeiro e Região (Sintergia)
Bancários Rio
Bancários Teresópolis
Bancários Baixada
Bancários Campos
Petroleiros Norte Fluminense (Sindipetro-NF)
Educadores Municipais e Estaduais (Sepe-RJ)
Docentes da UFRRJ (Adur-RJ)
Trabalhadores em Educação da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (Sintur-RJ)
Docentes do Cefet (Adcefet-RJ)
Servidores da Fundação Oswaldo Cruz (Asfoc SN)
Trabalhadores da Saúde, Trabalho e Previdência Social do Estado do Rio de Janeiro (Sindsprev-RJ)
Professores da UFRJ (Adufrj)
Servidores da UFRJ (Sintufrj)
Trabalhadores dos Correios (Sintect-RJ)
Servidores Técnico-Administrativos CEFET-RJ (Sintecefetrj)
Docentes da UFF (Aduff)
Servidores da UFF (Sintuff)
Docentes da UERJ (Asduerj)
Petroleiros Rio de Janeiro já aprovaram greve nos terminais de Ilha D`água e Ilha Redonda (demais setores ainda realização assembleia)
Petroleiros Duque de Caxias concluem assembleias nesta segunda-feira

Rondônia

Servidores da educação pública do estado
Servidores públicos federais
Bancários
Santa Catarina
Bancários

São Paulo

Metroviários SP
Metalúrgicos SP
Rodoviários SP
Sintusp – Trabalhadores da USP
Professores Estaduais
Educadores Municipais
Sintaema – Trabalhadores da Sabesp, Cetesb e Fundação Florestal Eletricitários
Bancários
Portuários de Santos
Rodoviários de Santos
Correios SP
Portuários ES
Sindsef – Servidores Federais
Sinsprev
Sintrajud – Judiciário Federal
Judiciário Estadual
Siemaco Baixada Santista
Químicos SP

Sergipe

Bancários
Auditores fiscais tributários
Servidores públicos estaduais
Construção civil
Enfermeiros
Trabalhadores rurais
Tocantins
Bancários
Profissionais da saúde pública
Professores de Educação Física

Da redação com CTB

Marcha Mundial pela Ciência mobiliza pesquisadores

Milhares de cientistas fizeram marchas em cerca de 500 cidades no mundo neste sábado (22). O objetivo é destacar a importância da pesquisa científica para o mundo e protestar contra cortes orçamentários na área científica. No Brasil, mais de 20 cidades reuniram cientistas, professores, pesquisadores e estudantes reuniram-se neste sábado (22) em vários pontos do mundo para participar da Marcha pela Ciência. O ato foi convocado em mais de 500 cidades no mundo.

 

A marcha lembra ainda o Dia da Terra, comemorado neste sábado (22). A inspiração para o ato veio dos Estados Unidos, onde cientistas estão se articulado contra os cortes no orçamento da área de pesquisa e o posicionamento do governo de Donald Trump em relação a temas como o aquecimento global.

São Paulo

Em São Paulo, apesar da chuva, os manifestantes reuniram-se no Largo da Batata, zona oeste da capital. No local, foram montadas tendas onde as pessoas podiam obter, por exemplo, informações sobre a dengue. Também foi montado um pequeno palco para os discursos. O número de manifestantes não foi informado.

O pesquisador Joaquim Adelino de Azevedo Filho e presidente da Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APQC) disse que o ato é mundial e visa a demonstrar a importância da ciência. “Há 40 anos, logo depois da 1ª Guerra Mundial, o Brasil importava sementes de hortaliças e frutas. Com a guerra, isso ficou inviável. O Brasil teve então que investir em pesquisas para produzir aquilo que a população estava acostumada a comer”, disse, acrescentando que os 19 institutos científicos do estão “há 20 anos sofrendo um desmonte”.

A presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Helena Nader, ressaltou que o ato de é mundial e apartidário. “Ele está presente em mais de 60 países e 600 cidades e 25 delas no Brasil. Hoje é o dia do Planeta Terra. Está sendo uma marcha pela ciência porque algumas pessoas passaram a questionar o valor da ciência”, explicou.

Helena Nader disse ainda que a ciência no país vive uma crise.”A produção científica está indo muito bem, com aumento do número de publicações e da qualidade medida pelo impacto. No entanto, quando se olha o financiamento, ele está inversamente proporcional. Com o contingenciamento, não temos como sobreviver. E isso não vem deste ano. Vem de alguns anos”, acrescentou.

Brasília

Em Brasília, os manifestantes reuniram-se em frente ao Museu da República, na zona central da cidade. Acompanhados por um caminhão de som e portando faixas, cartazes e balões eles marcharam pela Esplanada dos Ministérios em direção ao Congresso Nacional. Lá, espetaram os balões no gramado como forma de chamar a atenção dos parlamentares.

A conselheira da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e professora da Universidade de Brasília (UnB) Laila Espíndola destacou a diminuição de recursos para o setor e a fusão entre o antigo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e a pasta das Comunicações.“Já está começando a Escolha de Sofia. Estamos tendo que escolher onde alocar recursos”, afirmou a professora, uma das organizadoras da marcha no Distrito Federal.

No início do ano, o governo federal contingenciou recursos de várias áreas por causa do ajuste fiscal.

Rio de Janeiro

No Rio de Janeiro o ato ocorreu pela manhã em frente ao Museu Nacional, na zona norte da cidade. Levando tesouras, os participantes protestaram contra o corte no orçamento do ministério.

A presidenta do sindicato dos trabalhadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Justa Helena, lembra que, sem investimento de grande porte, a pesquisa não avança. “Por exemplo, se não tivesse tido pesquisa em relação à febre amarela, hoje a gente não poderia produzir as vacinas para a febre amarela que estão salvando muitas vidas no nosso país. É um processo lento, mas que precisa caminhar”.

O diretor do Instituto Oswaldo Cruz, Wilson Savino, que compareceu ao evento representando a presidência da Fiocruz, afirma que os cortes de verba têm afetado as pesquisas. “Vai ser um atraso muito maior nosso em relação ao desenvolvimento da ciência no mundo como um todo. É o que a gente pode chamar de tiro no pé, não investir em ciência e tecnologia e em educação quando um país está em crise econômica.”

O reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Roberto Leher, destaca que a ausência de recursos desestimula os jovens a ingressarem no mundo científico.

“Se não tem bolsas de iniciação científica em quantidade suficiente, se os laboratórios estão desorganizados e desconstruídos, se projetos de pesquisa têm que ser interrompidos por falta de verba, é claro que isso é uma sinalização objetiva para a juventude: se afastem da ciência”.

Belo Horizonte

Em Belo Horizonte houve uma caminhada na Praça da Liberdade. “Os cientistas brasileiros ficaram horrorizados com o corte de 44% do orçamento federal para a ciência, anunciado pelo governo no último dia 30 de março”, anuncia o site da Academia Brasileira de Ciência. “Isto deixará o Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC) com o menor orçamento em pelo menos 12 anos, de R$2,8 bilhões, equivalente a 898 milhões de dólares – um corte de R$2,2 nos R$5 bilhões de fundos que o governo havia prometido para 2017”.

A Associação Nacional de Pós-Graduandos-ANPG, presente na marcha de BH através de seu diretor Philipe Pessoa lançou um manifesto onde registra “como alarmante a não garantia de mais de R$ 640 milhões para o pagamento de bolsas de estudo no ano de 2017”.

A Deputada Federal do PCdoB, Jô Moraes, presente à marcha, destacou a importância de transformar em campanha nacional a proposta feita pelo Professor Beirão de retomar, de imediato alcançar 1,25% do PIB para a ciência e ter como referência o cumprimento das metas do milênio com as quais o Brasil assumiu compromissos.

Mais de 500 cidades do mundo protestam em defesa de ciência

Nos EUA, o ato reuniu mais de 70 mil manifestantes em frente à Casa Branca contra os cortes propostos por Donald Trump. Outras cidades, como Nova York e Chicago, também fazem atos em apoio à “Marcha pela Ciência”. Em Berlim, os manifestantes carregaram faixas como “Ciência, não silêncio” e “Amamos especialistas – aqueles que têm evidências”, e marcharam da Universidade Humboldt até o Portão de Brandemburgo.

Os participantes do protesto fizeram uma parada em frente à Embaixada da Hungria para protestar contra a nova lei húngara que ameaça fechar a Universidade da Europa Central, financiada por George Soros. Os organizadores dizem que 11 mil pessoas participaram do evento, que teve como principal objetivo destacar a importância da ciência em democracias.

“Nós, berlinenses, sabemos pela nossa história o que a repressão da liberdade significa. É por isso que temos a responsabilidade de nos mobilizar por uma ciência livre e uma sociedade aberta e tolerante”, disse o prefeito de Berlim, Michael Müller, que liderou a marcha.

Da redação com agências – Foto de Capa, agência Estado
Publicado em 24/04/2017

Resolução política da 17ª Reunião da Direção Nacional da CTB

Terminou, nesta terça-feira (11), a 17ª Reunião da Direção Nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), realizada desde a última segunda na capital paulista.

No fim do encontro, aprovou-se por unanimidade uma moção em solidariedade ao Deputado Estadual Carlos Bordalo (PT/PA), que vem sendo ameaçado de morte, em virtude de seu trabalho na presidência da Comissão de Direitos Humanos, na Assembleia Legislativa do Pará. (acesse aqui).

Leia abaixo a íntegra da resolução política aprovada:

Parar o Brasil e barrar o retrocesso neoliberal

Reunida nos dias 10 e 11 de abril em São Paulo, a Direção Nacional da CTB aprovou a seguinte resolução:

1- Os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil defrontam-se hoje com uma ofensiva inédita em nossa história contra os direitos e benefícios conquistados ao longo de mais de um século de lutas. O governo Temer, que assumiu no curso de um golpe político travestido de impeachment, está impondo à sociedade um programa de radical restauração neoliberal que atropela a democracia, a soberania nacional e os direitos sociais;

2- Entre as muitas medidas tomadas nesta direção destaca-se a PEC 55, conhecida como a PEC do fim do mundo, que congelou por 20 anos os gastos e investimentos públicos em saúde, educação, infraestrutura, cultura, funcionalismo e ciência e tecnologia, entre outros, para garantir o rigoroso pagamento dos juros extorsivos da dívida pública, que consomem 45% do Orçamento da União. A medida inviabiliza o SUS, compromete a educação pública e o desenvolvimento nacional;

3- Em 31 de março o chefe do governo ilegítimo sancionou a lei que libera a terceirização irrestrita, o que para a classe trabalhadora vai se traduzir concretamente em arrocho dos salários, aumento da jornada, redução de direitos e benefícios, crescimento dos índices de acidentes e doenças profissionais, precarização e fragmentação da representação sindical;

4- O pacote de perversidades não para por aí. Os golpistas também encaminharam ao Congresso Nacional propostas de mudanças da legislação trabalhista e do sistema público de aposentadorias e pensões que ferem mortalmente os interesses e direitos do povo trabalhador;

5- A contrarreforma trabalhista e sindical restaura o projeto neoliberal do tucano FHC que estabelece a prevalência do negociado sobre o legislado e busca estrangular financeiramente o movimento sindical. Permite o aumento da jornada, o fatiamento das férias e possibilita o fim da CLT e confere ao mercado liberdade absoluta para arbitrar as relações entre capital e trabalho. Na Previdência pretende-se fixar a idade mínima de 65 anos para aposentadorias de homens e mulheres, 49 anos de contribuição ininterrupta para receber o benefício integral e outros retrocessos inaceitáveis. O propósito maior é privatizar a Previdência e acabar com o sistema de Seguridade Social;

6- A política externa retroagiu aos tempos da diplomacia dos pés descalços de FHC, realinhando o país à estratégia imperialista dos EUA, que também foram favorecidos com a abertura do pré-sal ao capital estrangeiro, o enfraquecimento da Petrobrás, da indústria e da engenharia nacional, bem como o risco de concessão da Base Aérea de Alcântara no Maranhão;

7- O governo golpista e corrupto não teve o respaldo das urnas, não tem legitimidade e muito menos apoio do povo brasileiro para o seu projeto reacionário. É desaprovado por 90% da população. Em contrapartida, conta com o apoio do Congresso, a cumplicidade do STF e a solidariedade aparentemente irrestrita da mídia burguesa, dos grandes capitalistas, dos banqueiros, dos latifundiários e dos EUA, cujos interesses estão sendo plenamente contemplados por Temer;

8- A resistência ao golpe é crescente. A indignação e revolta da classe trabalhadora e das forças democráticas e progressistas contra a feroz ofensiva neoliberal ficou evidente nas manifestações dos dias 8, 15 e 31 de março, que superaram as expectativas das centrais e dos movimentos sociais, alteraram opiniões no Parlamento e levaram Temer a dar provas de fragilidade e desespero ao anunciar recuos em pontos relevantes da contrarreforma das aposentadorias. Cumpre destacar o firme posicionamento da CNBB conclamando os fiéis a se mobilizarem e lutarem em defesa dos direitos sociais e humanos que vêm sendo golpeados;

9- É hora de intensificar o trabalho de conscientização e mobilização das bases, realizando no curso deste mês de abril uma agenda diária de debates com as bases nos locais de trabalho, convencimento popular nas feiras, terminais, bairros, portos e aeroportos, bem como de pressão sobre os parlamentares e governos. Este esforço deve garantir o sucesso da greve geral convocada pelas centrais sindicais para 28 de abril, bem como a realização de manifestações unitárias e massivas no 1º de Maio sob a bandeira do Fora Temer e Diretas Já;

10- Outro momento importante na vida da CTB este ano, que exige empenho da militância classista, será a realização do 4º Congresso Nacional, em agosto, na Bahia;

11- A CTB repudia os bombardeios covardes contra a Síria praticados recentemente pelos EUA. É mais uma agressão unilateral à soberania de uma nação árabe, feita à margem da ONU e do Direito Internacional, justificada pela acusação de que o governo sírio teria usado armas químicas na guerra civil em curso naquele país, alegação desmentida pela Síria e Rússia, que atribuem o crime aos terroristas financiados por Washington e seus aliados no Oriente Médio. Não custa lembrar que a mentira é um recurso recorrente usado pelos imperialistas para encobrir suas infâmias e barbaridades. Foi assim na guerra contra o Vietnã e mais recentemente contra o Iraque e a Líbia;

12- As agressões e ameaças dos EUA contra a Síria e a Coreia do Norte estão colocando o mundo perigosamente às portas de uma terceira guerra mundial. Nestas condições, a luta pela paz mundial ganha enorme relevância. A CTB reitera a defesa de uma nova ordem mundial, sem hegemonias e sem imperialismo, bem como da soberania dos povos e do socialismo.

São Paulo, 11 de abril de 2017

Direção Nacional da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)

CTB realiza reunião da Direção Nacional em São Paulo para preparar a greve geral

Nesta segunda-feira, 10, teve início a 17ª reunião da Direção Nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB). Presidente da CTB, Adilson Araújo, destaca a necessidade de associar as várias lutas contra a retirada de direitos para impedir a aprovação das Reformas. Presidente da Fenafar, Ronald Ferreira dos Santos, participou da reunião.

A complexidade da atual conjuntura nacional e os desafios impostos à classe trabalhadora nesse cenário de crise econômica e política deram a tônica ao debate da

Dezenas de dirigentes das seções estaduais da CTB participam, até a terça-feira (11), da reunião que deve organizar a greve geral do dia 28 de abril; e os preparativos para o 4º Congresso Nacional da Central, que acontece no mês de agosto, em Salvador.

A mesa de abertura, composta pelo presidente Adilson Araújo; o secretário-geral Wagner Gomes; Celina Arêas, secretária de Formação nacional; Lenir Fanton, secretária da Mulher Trabalhadora da CTB-RS; e Vicente Selistre, vice-presidente e representante do Partido Socialista do Brasil (PSB); contou com a presença do deputado federal Orlando Silva (PCdoB), recém-empossado presidente da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP) da Câmara dos Deputados.

Ao abrir o encontro, Adilson Araújo pintou um retrato dramático da situação do país, que classificou como “um golpe do capital contra o trabalho”. Para ele, neste momento é fundamental manter o diálogo com a sociedade para romper com essa barreira neoliberal rumo à retomada do crescimento e geração de emprego.

De acordo com o sindicalista será necessário multiplicar esforços para barrar as medidas repressivas encaminhadas pelo governo Temer. “A retomada do crescimento tem ficado a cada dia mais difícil. E, diante da necessidade de romper com essa agenda repressiva, se torna imprescindível o crescimento da nossa luta. Nosso empenho deve ser multiplicado”, alertou Araújo ao convocar: “Nesse sentido, o dia 28 promete ser histórico. Nossa mobilização terá um impacto muito grande nesse cenário de incertezas política e econômica. Vamos impor pressão para conseguir vencer esse pacote de maldades do governo Temer”, garantiu.

Para o deputado Orlando Silva, ainda que o cenário seja adverso, a luta e a resistência serão fundamentais para barrar as movimentações do governo. “E o dia 28 de abril é estratégico para impulsionar uma mudança na correlação de forças”.

Patrões devem 1,8 trilhões para a Previdência

Na tarde desta segunda-feira (10), os temas debatidos na 17ª Reunião da Direção Nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), em São Paulo, foram as reformas pretendidas pelo governo golpista de Temer, que alteram as relações trabalhistas.

O assessor jurídico da CTB, Magnus Farkatt explanou sobre as reformas previdenciária e trabalhista, além de falar acerca da terceirização ilimitada aprovada pelo Congresso e a proposta de acabar com a contribuição assistencial, que prejudica o movimento sindical como um todo.

Começou pela terceirização que, de acordo com o advogado, além de não criar nenhum novo posto de trabalho, “liquida com os direitos trabalhistas e precariza totalmente o trabalho, além de pagar salários menores”.

Depois de historiar a legislação trabalhista sobre os respectivos assuntos, Farkatt concluiu que vivemos um momento sem precedentes, pelo qual, a classe trabalhadora pode ficar à mercê da vontade dos patrões.

“Sempre é a mesma história. Falam em flexibilizar e modernizar as leis trabalhistas. Sempre que dizem isso é para cortar na carne da classe trabalhadora. Em todos os países onde essa agenda recessiva foi implantada o desemprego e a pobreza aumentaram”, garantiu.

Já o secretário da Previdência, Aposentados e Pensionistas, Pascoal Carneiro garantiu que não existe déficit na Previdência. “Entre 2005 e 2015, houve um superávit de cerca de R$ 650 bilhões”, afirmou.

De acordo com Carneiro, a Procuradoria Geral da Previdência assegura que maus patrões devem à Previdência, cerca de R$ 1,8 trilhão. Dinheiro suficiente para resolver todos os problemas que possam existir.

Fonte: Da redação com CTB