MG: Encerrada as negociações do setor de Farmácias, Drogarias e Distribuidoras

O Sindicato dos Farmacêuticos de Minas Gerais – Sinfarmig, comunica a categoria farmacêutica, as novas bases de reajuste salarial negociadas com o Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos – Sincofarma e com a Federação do Comércio de Minas Gerais- Fecomércio/MG.

 

 

Importante lembrar que esta Convenção Coletiva vale para os farmacêuticos que trabalham em Farmácias, Drogarias e Distribuidoras de Medicamentos e Produtos correlatos.

Nesta negociação que encerrou-se na semana passada (12/06), ficou estabelecido que:

1) O reajuste salarial com base no INPC/IBGE de 3,94%, independente da percepção salarial;
2) As diferenças do pagamento do reajuste retroativo ao mês de março e abril serão feitas na folha de pagamento de junho e a de maio em julho. Alertamos as (aos) colegas que fiquem atentos;
3) Nesta nova Convenção Trabalhista foram mantidas todas as conquistas da Convenção anterior.
4) Com o novo reajuste, o quadro de remuneração ficará da seguinte forma:

PISO  SALARIAL – FARMÁCIAS, DROGARIAS E DISTRIBUIDORAS

Reajuste 3,94%
Data base- 01º de março
20h- R$2.076,00
30h- R$3.114,00
40h- R$4.152,01
44h- R$4.567,21  
Hora normal: R$20,76
Hora extra 50%: R$31,14
Hora extra 100%: R$41,52                                                

O Sinfarmig entende que o atual contexto de adversidades impostas aos trabalhadores tem trazido maiores dificuldades às negociações de convenções de trabalho que garantam  a manutenção das importantes conquistas ao longo de seus 38 anos de existência.

No entanto, sabemos que a valorização do trabalho farmacêutico em seus diversos aspectos (reconhecimento, da remuneração, da legislação, entre outros), passa pelo seu comprometimento/desenvolvimento profissional mas, também, pela sua participação coletiva (espírito de classe) em defesa da profissão, sobretudo em tempos difíceis como este que atravessamos. 

Assim, reiteramos o convite às farmacêuticas e farmacêuticos para juntos ao Sinfarmig, seguirmos firmes para a superação dos desafios e ocuparmos o devido lugar de reconhecimento à elevada altura que a nossa profissão merece.

Fonte: Sinfarmig

Serviços de saúde no Rio de Janeiro entram em colapso

Prefeitura do Rio desmonta serviços de saúde e ataca direito dos trabalhadores. Fenafar realiza assembleia extraordinária dia 24/06, 19 horas, eentrará com representação para defender os direitos dos farmacêuticos e impedir que abusos sejam cometidos.

 

 

A política do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella para a saúde trouxe redução de recursos, fechamento de unidades de atendimento e hospitais, falta de medicamentos e funcionários, causando enormes prejuízos à população na capital carioca.

As mudanças políticas e as medidas econômicas da prefeitura têm comprometido os repasses de recursos e alterado a organização e gestão do Sistema Único de Saúde na cidade.

A guerra contra as organizações sociais que assumiram a gestão de unidades de saúde têm deixado um vácuo na responsabilidade do atendimento à população. 

Um exemplo foi o anúncio de que o contrato com a Organização Social Instituto de Atenção Básica e Avançada a Saúde (IABAS) não seria renovado e que um edital para que uma nova organização social assumisse a gestão da unidade por um período de 180 dias. O IABAS possui 2 áreas com término de contrato previsto para o dia 30 de junho, as CAPS 5.1 e 5.2 e para o dia 31 de julho a CAP 4.0.

Com essas informações sem diálogo com os trabalhadores e as organizações contratadas, os sindicatos dos trabalhadores da saúde e o Vereador Paulo Pinheiro (PSOL) iniciaram sua luta, na tentativa de manter os direitos dos trabalhadores

O sindicato dos Agentes comunitários de saúde deflagraram greve. No último dia 12 de junho, na audiência de dissídio, houve o consenso para emissão dos avisos prévios, levantamento dos valores das indenizações e pagamento das rescisões, com o reaproveitamento dos trabalhadores na OS’s que assumirá em caráter emergencial as CAPS 4.0, 5.1, 5.2.

Neste acordo, ficou definido que os demais sindicatos dos trabalhadores da saúde devem solicitar a entrada no processo. Ficou acordado, também, que até o dia 20 de junho, o IABAS apresentará as contas nominais de cada trabalhador. Dia 1° de julho ocorrerá uma nova audiência com todos os envolvidos no TRT. A prefeitura garantiu que cobrirá todos os valores necessários para o pagamento das verbas rescisórias com prazo de repasse até dia 15 de julho.

Até a próxima audiência (1° de julho) todos os sindicatos estarão desenvolvendo ações de esclarecimento às respectivas bases, para que se dê o adequado debate e que dúvidas sobre o andamento das negociações sejam solucionadas.

Em virtude do SINFAERJ estar sob intervenção judicial e eleições agendadas para o dia 15 de julho, a FENAFAR, com base nas suas prerrogativas na defesa dos direitos dos trabalhadores farmacêuticos, estará entrando com representação para entrada neste processo e realizará uma Assembleia geral dos trabalhadores no dia 24 de Junho nos seguintes horários: às 19:00hs em 1ª convocação e às 19:30hs em 2ª  e última convocação. Leia abaixo o edital:

FENAFAR – FEDERAÇÃO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS

EDITAL – ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

Ficam convocados os farmacêuticos da Organização Social Instituto de Atenção Básica e Avançada a Saúde (IABAS),  no município do Rio de Janeiro para a AGE, a se realizar no .Sindicato dos comerciários do Rio de Janeiro em Campo Grande, localizado na Rua Iaçu n°74 , bairro Campo Grande – RJ, no dia 24 de junho de 2019, nos seguintes horários: às 19:00hs em 1ª convocação e às 19:30hs em 2ª  e última convocação, com qualquer número de presentes, com a seguinte ordem do dia:
a) Análise, discussão e aprovação ou rejeição da proposta apresentada pelo município do Rio de Janeiro para contratação de nova organização social para um período de 180 dias, após a rescisão dos contratos de trabalho vigentes;
b) Autorização para ingressar no Dissídio coletivo de Greve em curso, instaurado pelo Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde do Município do Rio de Janeiro, na forma da lei em face do Município do Rio de Janeiro e do Instituto de Atenção Básica e Avançada a Saúde (IABAS); 
c) deliberação sobre a paralisação coletiva da prestação de serviços (greve);
d). Assuntos Gerais.
Rio de Janeiro, 14 de junho de 2019.
Dr° Ronald Ferreira dos Santos  – Presidente da FENAFAR 

Da redação

Greve Geral mobiliza mais de 360 cidades e 45 milhões de trabalhadores

De acordo com a organização, esta é a maior mobilização da história, com atos em mais de 360 e cerca de 45 milhões de trabalhadores de braços cruzados. A Fenafar e os sindicatos de Farmacêuticos em todo o país se somaram à luta contra a Reforma da Previdência.

 

 

Segundo as centrais sindicais, a greve geral desta sexta-feira (14) já é vitoriosa. Desde a madrugada, mais de 360 cidades no país foram tomadas por atos contra a reforma da Previdência e os cortes na educação. De acordo com os organizadores, essa é a maior mobilização da história, com 45 milhões de trabalhadores de braços cruzados.

Na avaliação do presidente nacional da Centra Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, a greve fortaleceu a luta dos sindicatos, que vão

 continuar pressionando os deputados contra a reforma da Previdência.

“Essa greve geral está sendo exitosa, apesar das práticas antissindicais de patrões e tribunais, mesmo com a repressão policial em vários estados. Foi maior do que a greve construída em 2017 contra a reforma de Michel Temer. E nós vamos a Brasília, vamos organizar novas manifestações, coletar assinaturas e entregar um abaixo-assinado no Congresso Nacional” , afirmou o sindicalista.

Mapa interativo

Em mapa interativo elaborado pelo Armazém Memória e Comissão Justiça e Paz de São Paulo, com apoio da CUT e da União Nacional dos Estudantes (UNE), é possível acompanhar os lugares onde já aconteceram atos e aqueles que ainda vão receber manifestantes. Nessa plataforma já são contabilizadas mais de 360 cidades.

Os dirigentes sindicais ainda anunciaram que a greve desta sexta-feira superou os números da última, de abril de 2017, quando cerca de 40 milhões de trabalhadores aderiram ao movimento. As estimativas até agora é que cerca de 45 milhões participaram nacionalmente da paralisação, que envolveu CUT, CTB, CUT, CTB, CGTB, UGT, Nova Central, Conlutas, Força Sindical, Intersindical e CSB, com apoio da Frentes Brasil Popular e da Povo Sem Medo.

Da redação com CTB

Maranhão contesta desvinculação de tributos federais voltados ao SUS

A 10ª Conferência Estadual de Saúde do Maranhão teve sua abertura realizada nesta quarta (05/06), em São Luís (MA). Delegados e delegadas de 141 municípios compuseram um público de mais de 800 pessoas que estão debatendo as diretrizes para a saúde do estado e do país. Dentre as principais críticas, a Desvinculação dos Recursos da União (DRU), que afeta a arrecadação de tributos federais voltados à seguridade social.

 

 

Com a aprovação da Emenda Constitucional (EC) 95/2016, sem discussão com o controle social na saúde, os investimentos em políticas sociais foram congelados até 2036. A EC permite ainda que o governo federal possa desvincular até 30% de recursos ligados aos investimentos específicos da seguridade social (saúde, previdência e assistência social). O limite de desvinculação anterior era de 20%.

Moysés Toniollo, conselheiro nacional de saúde representante da Articulação Nacional de Luta Contra a Aids (Anaids), afirmou que “o SUS é um patrimônio do povo”. Ele lembrou os desafios que a conferência tem que enfrentar diante do subfinanciamento da saúde. “Esse momento é histórico. Daqui vamos tirar diretrizes para não perdermos nossos direitos devido ao desmonte das políticas de saúde”, disse.

Para o secretário de saúde do estado, Carlos Lula, a DRU “significa o caos na saúde”. Ele defendeu a união dos diferentes segmentos que compõem o SUS, para que não haja perda de mais direitos. “Somos diferentes, mas nosso objetivo é o mesmo. Trabalhadores, gestores e usuários, não podemos brigar. Essa conferência é o momento de todos nós darmos as mãos”, disse.

A ouvidora geral da Defensoria Pública Estadual do Maranhão, Márcia Maia, afirmou que a saúde pública não pode ser pautada no lucro. “Que possamos construir diretrizes consolidadas para o estado e para a união, sempre pensando numa saúde que se volta de fato à população que mais precisa”. A conselheira estadual de saúde, Maria Raimunda Arruda, defendeu a participação social como fundamental para a defesa do SUS. “Dia dessa conjuntura de perda das nossas conquistas, é sempre necessário que estejamos em luta em eventos participativos”.

O evento também contou com a presença de parlamentares. A deputada estadual Helena Dualibi alertou que “o SUS precisa de mais financiamento”. Já o deputado estadual Dr. Yglésio lembrou o discurso do médico Sérgio Arouca, que foi presidente da 8ª Conferência Nacional de Saúde, em 1986. “Saúde é Democracia e Democracia é Saúde. Todos precisam ser incluídos seja no tratamento mais básico, seja no mais sofisticado”.

Marcos legais

A conselheira nacional de saúde Conceição Silva, representante da União de Negros Pela Igualdade (Unegro), realizou a palestra magna do evento. Ela lembrou dos marcos legais importantes para a definição do SUS, como a Declaração de Alma-Ata, que foi assinada por diversos países em 1978, definindo prioridades para a Atenção Primária no mundo; a 8ª Conferência Nacional de Saúde, em 1986, que definiu as bases para o capítulo “Da Saúde”, da Constituição de 1988, dentre outros.

A conselheira criticou medidas como a Reforma Trabalhista e a possibilidade de Reforma da Previdência, que trazem agravos para a saúde da população brasileira. “Essas medidas ferem a Constituição 1988 e destroem a seguridade social”, criticou. A etapa nacional da 16ª Conferência Nacional de Saúde (8ª+8) vai ocorrer de 4 a 7 de agosto, em Brasília, reunindo mais de 5 mil pessoas. Do Maranhão, 100 delegados e delegadas serão eleitos para representar o estado.

Fonte: SUSConecta

Dilma Rousseff renova permanência de profissionais no Mais Médicos

A presidenta Dilma Rousseff assinou Medida Provisória prorrogando a permanência de médicos estrangeiros no programa Mais Médicos por mais 3 anos. A medida garantirá a presença de 7 mil profissionais no programa este ano. O presidente do Conselho Nacional de Saúde e da Fenafar, Ronald Ferreira dos Santos participou da cerimônia.

 

Em seu discurso representando o CNS, Ronald chamou a atenção para a luta da sociedade por mais recursos para a Saúde e destacou que “a efetivação do Programa Mais Médicos é o exemplo mais claro desse esforço que é percebido pela população das localidades mais distantes deste país: o acesso a saúde ficou mais perto da população. São muitas as estatísticas que comprovam a melhoria das condições de saúde da população brasileira decorrentes desse importante programa, que foi e continua sendo tão combatido por segmentos da sociedade que hoje querem passar por cima da Constituição para chegar ao Poder sem o voto popular”. Leia, abaixo, a íntegra do discurso do presidente do CNS.

A cerimônia de renovação do Mais Médicos ocorreu no Palácio do Planalto, na última sexta-feira (29). A medida provisória permite que esses médicos continuem atuando no programa sem que o diploma tenha que ser revalidado no Brasil. A lei que criou o Mais Médicos em 2013 previa a dispensa da revalidação do diploma nos três primeiros anos de atuação.

A presidenta Dilma Rousseff afirmou que o Mais Médicos foi uma das respostas de seu governo às manifestações de junho de 2013. Naquele momento, com 1,8 médico por mil habitantes, o Brasil tinha uma média bem inferior à de países vizinhos, como Argentina e Uruguai, onde o número se aproxima de 3 médicos por mil habitantes.

Ela afirmou ainda que sabia das reações corporativas que haveria no início, mas disse que o esforço foi recompensado. “Hoje, há aprovação de 95% da população à atuação dos médicos que atuam no programa. Atendemos 63 milhões de pessoas, muitas das quais jamais haviam tido atendimento médico”, afirmou.

A MP foi proposta ao governo federal pela Frente Nacional de Prefeitos, pela Associação Brasileira de Municípios e pelo Conselho Nacional de Saúde. As entidades argumentaram que muitas cidade dependem desses profissionais para manter os serviços básicos de saúde.

Ao discursar na cerimônia, o presidente da Associação Brasileira de Municípios, Eduardo Tadeu Pereira, comemorou a permanência dos médicos no programa sem a necessidade de revalidar o diploma. Segundo ele, os prefeitos se sentiram aliviados com a notícia, uma vez que os médicos já conhecem a situação dos municípios.

“Eu, como fui prefeito, sei das dificuldades que era contratar médicos para atenção básica. O programa, além de ter sido salvação para os prefeitos, para a população brasileira eu tenho dito que é o Bolsa Família da saúde. É a possibilidade de garantir saúde para as pessoas que mais precisam e representou para a população a possibilidade de muitos lugares desse país terem o seu primeiro acesso à saúde”, afirmou.

O ministro interino da Saúde, Agenor Álvares, citou os desafios e polêmicas enfrentadas à época do lançamento do programa e disse que só um governo legitimado pela população teria condição de implementá-lo. “Foram enfrentadas indisposições tanto do ponto de vista político como dos órgãos de classe. Só um governo legitimado pela população teria coragem para enfrentar todas essas questões e dizer que o compromisso do governo é com o povo brasileiro, que o compromisso do governo é com a saúde”, disse no discurso. Agenor disse ainda que considera o Mais Médicos uma atividade perene do sistema de saúde e não apenas um programa.

O Programa

O Mais Médicos foi criado em 2013 com o objetivo de ampliar a assistência à atenção básica de saúde levando médicos para atuarem em cidades com ausência de profissionais como no interior do país e em distritos indígenas. Atualmente, o programa tem 18.240 médicos em 4.058 municípios e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas. O programa também tem ações de expansão da formação médica no país.

Desvincular gastos com saúde é golpe

A presidenta Dilma Rousseff criticou as propostas do vice-presidente Michel Temer de acabar com as vinculações constitucionais para os gastos em saúde e disse se sentir orgulhosa de ter ampliado os investimentos sociais.

Dilma fez referência indireta ao programa lançado em outubro do ano passado denominado Uma Ponte para o Futuro, do PMDB, partido do qual Temer é presidente nacional licenciado. Nas próximas duas semanas, o processo de impeachment contra ela será analisado pelo Senado, o que vem sendo constantemente classificado por ela de “golpe”.

“Qualquer um que propõe fazer ajuste fiscal diminuindo as despesas com saúde da população está propondo um grande retrocesso, indo na contramão do interesse da população. Muito pior ainda se ousar eliminar a vinculação obrigatória e constitucional dos gastos com a área de saúde, prevista emenda 29 da Constituição”, afirmou a presidenta.

Leia abaixo a íntegra do discurso do presidente do CNS durante a cerimônia

PROGRAMA MAIS MÉDICOS: ORGULHO PARA A NAÇÃO, MODELO PARA O MUNDO

Ronald Ferreira dos Santos

 

O Conselho Nacional de Saúde em conjunto com várias entidades e movimentos populares, seguindo a tradição do movimento da reforma sanitária brasileira, tem lutado incessantemente para a alocação de recursos adequados ao financiamento da saúde, especialmente para cumprir o mandamento da nossa Constituição: a saúde é direito de todos e dever do Estado.

O esforço do governo Dilma nos últimos 4 anos para o cumprimento desse mandamento constitucional é inegável, e a efetivação do Programa Mais Médicos é o exemplo mais claro desse esforço que é percebido pela população das localidades mais distantes deste país: o acesso a saúde ficou mais perto da população. São muitas as estatísticas que comprovam a melhoria das condições de saúde da população brasileira decorrentes desse importante programa, que foi e continua sendo tão combatido por segmentos da sociedade que hoje querem passar por cima da Constituição para chegar ao Poder sem o voto popular.

Nos últimos 13 anos, os gastos sociais foram priorizados como nunca em comparação aos governos dos períodos anteriores. Foi possível comprovar durante 12 anos que a adoção de políticas desenvolvimentistas e anticíclicas promoveram o crescimento econômico e a redução das desigualdades sociais, ao mesmo tempo que ocorreu a redução da dívida pública. Uma coisa não era incompatível com a outra, como pregavam os opositores ao governo. E, uma parte daqueles que hoje dão as costas ao governo neste ano, se beneficiaram também da avaliação positiva da população a respeito dessa política.

Porém, hoje, assim como ontem, há uma forte resistência por parte do Congresso Nacional em aprovar novas fontes de financiamento que possam garantir a continuidade das políticas que representam os direitos sociais inscritos na Constituição Federal por meio de uma reforma tributária que onere mais aqueles que estão no topo da pirâmide social e que, proporcionalmente, pagam menos impostos do que os que recebem salários e rendimentos mais baixos, conforme recente estudo divulgado pelo IPEA (Instituto de Política Econômica Aplicada). O peso da dívida pública e as condições desvantajosas para seu financiamento também representaram um forte obstáculo nesse processo. O Conselho Nacional de Saúde defende que as novas fontes poderão ser obtidas com a tributação sobre as grandes transações financeiras, sobre as grandes fortunas, sobre os produtos derivados do tabaco, sobre as motocicletas, entre outros que representem um aumento da progressividade, contra o atual quadro de regressividade tributária.

Entre as políticas sociais, a de saúde foi fortemente restringida pelo processo de subfinanciamento crônico do SUS desde os anos 90. Foram muitas as batalhas em que participaram o Conselho Nacional de Saúde, o CONASEMS (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde), o CONASS (Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde), os Conselhos Estaduais e Municipais de Saúde, entidades da sociedade civil e movimentos populares para aumentar e garantir fontes estáveis de financiamento, entre as quais, destacamos a aprovação da Emenda Constitucional nº 29/2000 e da Lei Complementar nº 141/2012, bem como o projeto de lei de iniciativa popular (PLP 321/2013) que reuniu mais de 2,2 bilhões de assinaturas a favor da alocação de 10% das receitas brutas da União para o financiamento das ações e serviços públicos de saúde.

Agora, lutamos pela aprovação da PEC 01/2015 para aumentar os recursos do SUS até atingir 19,4% da receita corrente líquida a partir do 7º ano da aprovação, já votada em primeiro turno na Câmara Federal mediante acordo entre governo e oposição; e lutamos contra a PEC 143/2015, votada em 1º turno no Senado Federal, porque poderá retirar, segundo estimativas de especialistas, de R$ 40 bilhões a R$ 80 bilhões de recursos do SUS da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Lutamos também contra a PEC 451, de iniciativa do Deputado Eduardo Cunha, cujo objetivo é acabar com o SUS público e universal em benefício dos Planos de Saúde Privados. É este modelo daqueles que pretendem chegar ao Poder sem voto: políticas públicas focadas para os pobres e o atendimento restrito às necessidades da população como fonte de lucro para o setor privado.

Entendemos que lutar contra o subfinanciamento do nosso Sistema Único de Saúde (SUS) é lutar pela defesa da democracia e pelo respeito à Constituição Federal, nestes tempos tão difíceis de ameaça ao Estado Democrático, situação que caracteriza um golpe inclusive nas palavras de governantes e imprensa internacional. É o interesse público que está subordinado à vontade daqueles que não hesitam em prejudicar a economia e a imagem internacional do país, agravando a recessão que está em curso desde o ano passado. O Conselho Nacional de Saúde defende a imediata retomada das medidas de política econômica compatíveis com o processo de geração de emprego e renda, tal qual vigorou de 2004 a 2013.

Para quem gosta de experiências internacionais, a história econômica registra a resistência da oposição conservadora à política de aumento dos gastos públicos do governo Democrata do Presidente Roosevelt nos Estados Unidos de enfrentamento de uma profunda recessão da década de 1930, conhecida como “A Grande Depressão”. Os verdadeiros mestres em economia nos ensinam que as opções de política econômica estão associadas a visões de mundo e aos interesses que o governo representa. No atual momento da economia brasileira, alguns pregam cortar despesas públicas, inclusive programas sociais como saúde, educação, bolsa família, valorização do salário mínimo: não dizem, mas sabem que isso promoverá o ajuste da economia às custas dos interesses sociais e da maioria da população; outros pregam a retomada da política econômica desenvolvimentista que promova a geração de emprego e renda, mesmo que retardando o ajuste do setor público para o momento em que se efetivar a retomada do crescimento econômico: isto representa verdadeiramente o interesse da maioria da população.

Concluímos com a missão do Conselho Nacional de Saúde:

“Defender o sistema único de saúde público, universal e de qualidade, mobilizando a sociedade brasileira em defesa do Estado Democrático e do direito à saúde, e participar da formulação e do monitoramento da política nacional de saúde, fortalecendo o caráter deliberativo do controle social”.

Da redação
Publicado em 02/05/2016

PE: 1º Simpósio Farmacêutico foi um sucesso!

O 1° Simpósio Farmacêutico realizado pelo Projeto CapacitaFar do Sinfarpe, realizado na manhã deste sábado, 08, na Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS), foi um sucesso!

 

 

O evento recebeu elogios de todos os participantes, que interagiram amplamente com os dois palestrantes, Risoleta Nogueira e Rodrigo Sales, os quais discorreram sobre temas de extrema importância para a categoria, tanto profissionais como estudantes de Farmácia. 

Na avaliação do coordenador do projeto, Rodrigo Sales, o Simpósio superou as expectativas da organização. “Ficamos muito satisfeitos com o resultado final. Os estudantes e farmacêuticos nos surpreenderam e compareceram em bom número. Queremos agradecer a todos que apostaram na nossa proposta e nos prestigiaram”, ponderou.

Para a presidente do sindicato, Veridiana Ribeiro, o projeto foi uma grande ideia da diretoria do Sinfarpe e acredita que será ainda mais sucesso com a continuidade das ações. A farmacêutica e palestrante, Risoleta Nogueira, enfatizou que o CapacitaFar se mostrou uma ferramenta criada para oferecer capacitações de qualidade e do interesse dos profissionais da área e só tem como crescer daqui por diante, tendo como exemplo o sucesso do primeiro evento realizado.

Fonte: Sinfarpe

GHC: Sindifars não aceita proposta que traria perdas aos farmacêuticos

Nesta segunda-feira (3/6), a presidente e a diretora do Sindicato dos Farmacêuticos do Estado do Rio Grande do Sul (Sindifars), Debora Melecchi e Lísia Gabe, estiveram reunidas, juntamente com outros diretores de sindicatos de trabalhadores da área da saúde, na mesa de negociação do Grupo Hospitalar Conceição (GHC).

 

 

Na pauta, banco de remanejo e banco de horas. A gestão do GHC reafirmou sua proposta – a mesma de 2017/2018 -, que por trazer perdas, foi negada pelos sindicatos dos trabalhadores. Ainda essa semana os sindicatos vão se reunir para debater e enviar contraproposta a gestão do GHC.

Fonte: Sindifars

Conferência Livre de Assistência Farmacêutica reúne lideranças em Salvador

A Bahia sediou, no último sábado, dia 25 de maio, a 1º Conferencia Livre de Ciência Tecnologia e Assistência Farmacêutica, evento preparatório para a 16º Conferência Nacional de Saúde. O evento ocorreu em Salvador e abordou temas relevantes para a profissão farmacêutica.

Promovido pela Comissão de Assistência Farmacêutica do Conselho Regional de Farmácia da Bahia e pelo Sindicato dos Farmacêuticos da Bahia, contou com presenças ilustres como a do presidente da Federação Nacional dos Farmacêuticos, Ronald Ferreira dos Santos, da deputada federal, Alice Portugal (PCdoB-BA), da diretora da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal da Bahia, Dra. Tânia Barros, da diretora da FIOCRUZ, Dra. Marilda Gonçalves, de Silvana Nair Leite, da Escola Nacional dos Farmacêuticos, do coordenador de Farmácia da Faculdade de Tecnologia e Ciência – FTC, Francisco Pacheco e da representação da Secretaria de Saúde da Bahia – SESAB, além de estudantes e profissionais de farmácia. 

Para a diretora do Sindifarma-BA, Soraya Amorim, o evento foi de grande relevância para a saúde e também para a sociedade. “Estamos vivendo um momento político complicado, são muitas decisões contrárias às necessidades do trabalhador, para uma vida digna. Na saúde estamos vivendo absurdos, mas estamos lutando contra o desmonte do SUS, precarização do trabalho e contra essa degradante reforma da previdência, que é o desejo deste atual governo. Todos esses assuntos foram discutidos na regional e serão levados para a nacional (conferência)”, garante Amorim.

Durante o evento, que durou todo o dia de sábado, muitos assuntos foram abordados, entretanto, o mais debatido foi o desmonte da saúde e dos direitos dos trabalhadores pelo governo Bolsonaro, que entre as medidas consideradas inimigas do trabalhador, anseia aprovar a Reforma da Previdência, o que será um grande retrocesso para os brasileiros. 

De acordo com o coordenador da Faculdade de Tecnologia e Ciência – FTC, Francisco Pacheco o país passa por um momento infeliz de perdas de direitos. “Essa conferência é de tamanha relevância neste contexto do país, de rompimento dos direitos, dos ataques aos avanços nas políticas públicas e na saúde em geral, principalmente. Não podemos perder o que já conquistamos”, alerta Pacheco.  

Neste contexto político e de ameaças, fortemente discutidos durante a Conferência Livre, que a deputada federal, Alice Portugal abordou a necessidade de retomar a Frente Parlamentar para defender a saúde e o povo brasileiro das ingratas decisões do executivo. “Foi uma grande satisfação participar desse evento. Tivemos presenças notáveis na mesa. Discutimos sobre o farmacêutico nessa conjuntura política, que entra em uma fronteira de ameaças muito grande a sua atividade, já que tramita no congresso projetos para tirar o farmacêutico da farmácia, uma conquista recente e que foi resultado de uma luta de décadas para alcançarmos esse avanço, querem vender medicamento em supermercado, que é outro absurdo para a saúde. Precisamos relançar urgente a Frente Parlamentar em Defesa da Assistência Farmacêutica, precisamos garantir o controle e defesa da profissão”, observa Portugal.

Fonte: Sindifarma

SE: Sindicato vence ação que obriga o cumprimento da CCT

O Sindicato dos Farmacêuticos de Sergipe – Sindifarmase – conquistou depois de muita luta, em audiência judicial realizada nesta segunda-feira, 27, que a Rede Raia Drogasil é obrigada a cumprir as cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho em vigor.

 

 

O Sindifarmase, nas visitas que realiza há mais de um ano aos estabelecimentos farmacêuticos para fiscalizar o cumprimento das cláusulas da CCT e as condições de trabalho da categoria, identificou irregularidades no pagamento do bônus de 40% sobre o salário base para o farmacêutico gerente, conforme estabelecido no artigo 11º da convenção do Sindicato e também previsto na CLT.

Dalmare Anderson, presidente do sindicato, explicou que essas visitas têm, além do objetivo de aproximar a entidade da categoria, “verificar irregularidades in loco, tendo em vista que muitas vezes o profissional tem medo de prestar alguma denúncia ao Sindicato por medo de represálias. E foi numa visita que um farmacêutico nos relatou que esse adicional não estava sendo pago. Dessa forma, iniciamos uma ação enviando à rede um relatório da fiscalização e solicitamos a correção. Também nos colocamos à disposição para uma reunião com o objetivo de solucionar o problema da forma mais tranquila possível. Mas houve uma negativa da Rede em abrir o diálogo e também em admitir a irregularidades. Diante da negativa acionamos nossa assessoria jurídica e notificamos judicialmente a Rede com uma ação de cumprimento de convenção”. 

Na audiência, o Juiz foi enfático em dizer que a Drogasil admitiu, sob juízo, que não estava pagando o adicional e determinou que o pagamento fosse realizado de acordo com a convenção a partir de maio de 2019. 

A rede alegou, também em juízo, que os farmacêuticos ganhavam bem mais que os demais funcionários da loja (não farmacêuticos) e solicitou que a determinação fosse a partir de junho. O juiz reafirmou a sentença e o prazo e colocou que em caso de descumprimento a Rede Raia Drogasil pagará multa de 1.000,00 reais por dia por farmacêutico gerente que não receber o valor.

Da redação

Sindifars auxilia na realização da 8ª Conferência Estadual de Saúde do RS

No último final de semana, entre os dias 24 e 26/5, ocorreu a 8ª Conferência Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul, no auditório Araújo Viana. O Sindicato dos Farmacêuticos do Estado (Sindifars) participou ativamente, desde as etapas municipais, incluindo a realização de Conferência Livre de Ciência, Tecnologia e Assistência Farmacêutica. Entre os delegados e delegadas eleitos para a etapa nacional, a 16ª Conferência Nacional de Saúde, estão as farmacêuticas Célia Chaves, diretora do Sindifars e da Fenafar e Irene Prazeres, diretora do Sindifars.

 

 

É provável que essa conferência estadual tenha sido uma das maiores no Estado, foram 3.500 participantes entre delegados e convidados, de 406 municípios gaúchos, que encaminharam 10.000 propostas dos eixos da saúde como direito, consolidação dos princípios e financiamento do Sistema único de Saúde (SUS).

São muitos os desafios diante dos ataques aos princípios e diretrizes do SUS, que buscam uma contratação social para esse direito aos moldes anteriores a 1988 (ou seja, só tem direito a saúde quem tiver condições de pagar) e mesmo os desafios em torno da formulação de políticas públicas que possam desenvolver o SUS, na direção da superação de seus gargalos, que não são poucos.

Outro grande gargalo é o financiamento. A Emenda Constitucional do Teto de Gastos Públicos, a EC 95, congelando o financiamento  até o ano de 2036, afetando a vida cotidiana da população ao reduzir a capacidade de garantia das políticas sociais, particularmente da saúde, dando lugar para a formação de superávit primário para pagamento de juros e amortização da dívida pública. Isso impacta também na execução da política nacional de assistência farmacêutica, nos desafiando a dar materialidade a esse direito constitucional, bem como fragilizando o trabalho farmacêutico.  

Participarmos da conferência de saúde nos permite também debater a ciência e tecnologia, eixo fundamental para o desenvolvimento do país, e que conta, com a participação efetiva dos farmacêuticos.

O farmacêutico é um profissional essencial para a garantia da saúde. É quem reúne  ciência e conhecimento a favor da vida, num trabalho

 multidisciplinar. 

Todas as propostas aprovadas na Conferência Livre de Ciência, Tecnologia e Assistência farmacêutica, realizada pelo Sindifars juntamente a outras entidades e os conselhos de saúde de Porto Alegre e estado, foram aprovadas na 8ª Conferência Estadual de Saúde e constarão no relatório final da referida conferência. 

Sugerimos que acessem  o link do Conselho Estadual de Saúde/RS, clicando aqui, para assistir as transmissões realizadas nos respectivos dias da conferência.

Fonte: Sindifars