Sob o slogan “Trabalhadoras e trabalhadores protegidos salvam vidas”, iniciativa de federação sindical internacional e organizações sindicais brasileiras busca coletar informações sobre condições de trabalho e pressionar gestores públicos e empregadores privados a melhorá-las
Foi lançada nesta terça-feira, 31 de março, a campanha “Trabalhadores e trabalhadoras protegidos salvam vidas”, que busca enfrentar os impactos da pandemia de coronavírus (COVID-19) na vida e na saúde de milhões de profissionais que atuam nos serviços essenciais que não podem parar, como saúde, assistência social, educação, segurança pública, sistema prisional, judiciário, asseio e conservação, limpeza pública, coleta de resíduos sólidos, funerárias e cemitérios, água e saneamento, energia e tributação.
Inspirada na campanha global de mesmo nome da Internacional de Serviços Públicos (ISP) – federação sindical internacional que representa 30 milhões de trabalhadoras e trabalhadores públicos em 154 países –, a iniciativa é impulsionada pelo escritório da ISP no Brasil e diversas organizações filiadas no país (veja a lista abaixo). Seu objetivo mais prático e imediato é coletar informações sobre as condições de trabalho dos profissionais brasileiros de serviços essenciais para, dessa forma, embasar as reivindicações de melhorias junto a gestores públicos e empregadores privados.
A campanha também tem como metas apresentar as necessidades de proteção a órgãos e entidades nacionais e internacionais e sensibilizar a sociedade para essa demanda de interesse coletivo, afinal, somente profissionais protegidos são capazes de salvar vidas em meio a uma pandemia como a que estamos vivendo.
A coleta de informações será feita por meio de um questionário online que será enviado pelas organizações sindicais a trabalhadoras e trabalhadores de serviços essenciais em todo o país – a identificação não é obrigatória.
Site da campanha (incluindo o questionário): trabalhadoresprotegidos.com.br
Organizações sindicais que participam da campanha:
ISP – Internacional de Serviços Públicos
ASFOC – Associação de Funcionários da Fiocruz
CNTSS – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social
CNTS – Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde
CONFETAM – Confederação Nacional dos Trabalhadores Municipais
CONDSEF – Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal
CONTRACS – Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comercio e Serviços
FNE – Federação Nacional dos Enfermeiros
FASUBRA SINDICAL – Federação de Sindicatos dos Trabalhadores em Universidades Brasileiras
FENAFAR – Federação Nacional dos Farmacêuticos
FENAFISCO – Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital
FNU – Federação Nacional dos Urbanitários
FENAJUD – Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados
Rede Nacional de Médicos e Médicas Populares
FETRAM/SC – Federação dos Trabalhadores Municipais de Santa Catarina
FESSERS/ RS – Federação dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Rio Grande do Sul
FESSERGS – Federação Sindical dos Servidores Públicos no estado do Rio Grande do Sul
FETAMCE – Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Ceará
FETAM/SP – Federação dos Trabalhadores da Administração e dos Serviços Públicos Municipais de São Paulo
FETAM MG – Federação dos Trabalhadores Municipais de Minas Gerais
FETRAM MA – Federação dos Trabalhadores da Administração e do Serviço Público Municipal do Estado do Maranhão
FESSP-ESP – Federação dos Sindicatos dos Servidores Públicos no Estado de São Paulo
SINDENF/RJ – Sindicato dos Enfermeiros do Rio de Janeiro
SINDSEP – Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo
SINAFRESP – Sindicato dos Agentes Fiscais de Renda do Estado de São Paulo
SINDSAÚDE-SP – Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo
SINPSI – Sindicato dos Psicólogos de São Paulo
SINDCOP – Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária de São Paulo
SEESP – Sindicato dos Enfermeiros de São Paulo
SINTRASEB – Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Blumenau*
CONTATO | Igor Ojeda: (11) 98688-8108 (s0mente Whatsapp) | [email protected]
Entidades divulgam carta ao Governador de Santa Catarina, Carlos Moisés
O Sindicato dos Farmacêuticos de Santa Catarina, juntamente com mais de 50 entidades assinam a carta ao governador de Santa Catarina, Carlos Moisés, repudiando a decisão tomada de afrouxar as medidas de restrição ao coronavírus e exigindo a continuidade do isolamento social no Estado. Leia abaixo:
Sr. Governador, repudiamos o seu recuo. Somos a favor da vida de cada catarinense.
Sr. Governador, os decretos de contenção da pandemia assinados por Vossa Excelência, que promoveram restrições de circulação, interrupção das aulas e fechamento temporário dos serviços não essenciais, foram medidas acertadas e indicadas por todas as autoridades nacionais e internacionais sérias.
Íamos bem, dentro das possibilidades, até a terça-feira à noite quando o Presidente da República destilou ódio e divisão na sociedade com as suas palavras. Na contramão das recomendações das organizações nacionais e internacionais de saúde, Bolsonaro orientou que retomássemos a normalidade, menosprezando os perigos da doença e, sobretudo, a vida do povo brasileiro.
O discurso irresponsável e criminoso, movido pela pressão dos empresários que sustentam o seu inepto governo, mobilizou pessoas e entidades empresariais que não estavam preocupadas com a vida, mas com cifras. Acionava-se, mais uma vez, o exército de robôs com as rasas argumentações de WhatsApp, em detrimento da vida de milhares de pessoas.
Sr. Governador, este seu recuo, sob a pressão das entidades empresariais irresponsáveis, matará muitas pessoas e colocará sangue em suas mãos.
O Sr. está repetindo um erro muito recente. Na Itália, em 26 de fevereiro eram 258 pessoas infectadas e 12 óbitos quando se iniciou a campanha “Itália não Para”. Um mês depois, são mais de 7 mil mortos, mais de 700 seguem morrendo todos os dias, famílias que sequer podem se despedir do ente querido. Hoje, a maior exploração do trabalho está nas horas ininterruptas dos marceneiros e trabalhadores das fábricas de caixões.
O prefeito da cidade de Milão Giuseppe Sala, mais afetado pelo Covid-19 na Itália, admitiu publicamente o erro na campanha de retomada. As alegações de que as condições climáticas e o perfil dos infectados são diferentes não prosperam, pois a curva pandêmica segue em ritmo similar ao País europeu. Por lá, retomou-se o isolamento completo.
O Sr. Governador irá, efetivamente, ceder aos anseios de algumas pessoas/entidades e cometer o mesmo erro da Itália? Fazer isto é assinatura da morte de milhares de pessoas que não morreriam se a retomada não for concretizada.
As entidades sindicais e associações abaixo assinadas repudiam veementemente o precoce plano de retomada da economia apresentado em 26/03/2020 e exigem que o governo continue reforçando com as medidas de isolamento social. Não compactuamos com o discurso meramente econômico da crise em detrimento da vida dos catarinenses.
O momento é de salvar as vidas dos catarinenses, uma a uma. Paremos um período agora para continuarmos depois. Precisamos que o governo pense em medidas que protejam a saúde das pessoas, fortaleçam o SUS e que garantam que os catarinenses tenham o mínimo de renda para a sua subsistência.
Há medidas que podem garantir os empregos e impulsionar a economia. É preciso proibir demissões, decretar estabilidade no emprego, proteger os salários e direitos, garantir renda para os trabalhadores informais, escoamento da produção do pequeno proprietário rural, extensão do seguro-desemprego, financiamento para os pequenos comerciantes e empresários, produção planejada da produção para fabricação de produtos, medicamentos e equipamentos para combate à pandemia, entre outras. Basta gerenciar os recursos do Estado em defesa da vida, dos empregos, e não dos lucros.
É ilusão pensar que vamos retomar o crescimento e driblar a crise expondo toda sociedade ao risco de contaminação pelo vírus. Isso levará o colapso das atividades sociais e do sistema de saúde, agravando ainda mais a situação, inclusive do ponto de vista econômico.
Sr. Governador, se formos obrigados a trabalhar em condições de morte, seremos obrigados a fazer greve em favor da vida!
CUT/SC – Central Única dos Trabalhadores de Santa Catarina
CSP Conlutas SC – Central Sindical e Popular de Santa Catarina
CTB SC – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras de Santa Catarina
UGT-SC – União Geral dos Trabalhadores de Santa Catarina
CSB SC – Central Sindical de Santa Catarina e seus 63 sindicatos filiados
Intersindical SC -Central da Classe Trabalhadora de Santa Catarina
Sinjusc – Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário de Santa Catarina
Sintrajusc – Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal
SINTE SC – Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina
SINTE Regional Florianópolis
SINTE Regional de Joinville
SinPsi SC – Sindicato dos Psicólogos do Estado de Santa Catarina
SOESC – Sindicato dos Odontologistas no Estado de Santa Catarina
Sindicato dos Metalúrgicos de Joinville
SEEF – Sindicato dos Empregados em Edifícios de Florianópolis
Fetessesc – Federação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviços e Saúde do Estado de Santa Catarina
FETRAF SC – Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar de SantaCatarina
Sindisaúde Criciúma e Região – Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Criciúma e Região
SindSaúde/SC – Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimento de Saúde Pública Estadual e Privado de Florianópolis e Região
FETRAM – Federação dos Trabalhadores Municipais de Santa Catarina
FETRAFI SC – Federação dos Trabalhadores em Instituições Financeiras de Santa Catarina
FECESC – Federação dos Trabalhadores no Comércio no Estado de Santa Catarina
Sintrafi – Sindicato dos Bancários de Florianópolis e Região
Sintespe – Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Estadual de Santa Catarina
SINPROESC – Sindicato dos Professores no Estado de Santa Catarina
Sintaema SC – Sindicato dos/as Trabalhadores/as em Água, Esgoto e Meio Ambiente em SC
Sintraseb – Sindicato Único dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Blumenau
Sintrasem – Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis
Sitrampa – Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Palhoça
SINSEJ – Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Joinville e Região
SISERP – Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Criciúma
SINSEP – Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Jaraguá do Sul e Região
Sintram/SJ – Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de São José
SITESPM-CHR – Sindicato Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Chapecó e Região
Sinpronorte – Sindicato dos Trabalhadores em Instituições de Ensino Particular e Fundações Educacionais do Norte do Estado de Santa Catarina
Sindicato dos Bancários de Chapecó
SIMPE-SC – Sindicato dos Servidores do Ministério Público de Santa Catarina
Sinvig – Sindicato dos Vigilantes de Chapecó
Sinproeste – Sindicato dos Professores do Oeste de Santa Catarina
Stieel – Sindicato dos Eletricitários de Lages e Região
SINTIACR – Sindicato dos Trabalhadores na Indústrias da Alimentação de Criciúma e Região
Sittracol – Sindicato dos Condutores de Veículos e Trabalhadores nas Empresa de Transportes Coletivos Urbano Interm. e Interestadual de Passageiros de Chapecó e Região
Stimme – Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e Materiais elétricos
Seaac – Sindicato da Empresas de Asseio e Conservação
Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Campos Novos
SINASEFE-SC – Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica e Profissional de Santa Catarina
ANDES UFSC – Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior – Seção Sindical da Universidade Federal de Santa Catarina
Aprudesc – Associação dos Professores da Udesc
FEPE SC – Fórum Popular de Educação de Santa Catarina
SINTECT-SC – Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos e Similares de Santa Catarina
Sindalesc – Sindicato dos Servidores da Assembleia Legislativa de Santa Catarina
UCE – União Catarinense de Estudantes
UJS-SC – União da Juventude Socialista
Movimento Sinte pela Base
Sindcontas – Sindicato dos Auditores Fiscais de Controle Externo do TCE/SC
Sintudesc – Sindicato dos Técnicos da UDESC
SindFarSC – Sindicato dos Farmacêuticos do Estado de Santa Catarina
Fonte: SindFar-SC
EPI’s podem ser reutilizadas? E quando devo usar?
O uso do EPI é fundamental para garantir a saúde e a proteção do trabalhador, evitando consequências negativas em casos de acidentes de trabalho. Mas muito além disso, o EPI tem seu uso para garantir que o profissional não seja exposto a doenças ocupacionais, que podem comprometer a capacidade de trabalho e de vida dos profissionais durante e depois da fase ativa de trabalho.
O EPI é importante para proteger os profissionais individualmente, reduzindo qualquer tipo de ameaça ou risco para o trabalhador. O uso dos equipamentos de proteção é determinado por uma norma regulamentadora, do Ministério da Saúde, chamada NR 6, que estabelece que os EPIs sejam fornecidos de forma gratuita ao trabalhador para o desempenho de suas funções dentro da empresa. Ou seja, o empregador é o principal responsável pela segurança de seus empregados e pelos cuidados com o EPI que são disponibilizados a eles. Observa-se que a NR 6 também estabelece deveres dos trabalhadores no uso de EPI.
Existem ocasiões nas quais o EPI pode ser reutilizado. No entanto, este é um tema um tanto quanto controverso. Afinal, as Normas Brasileiras não tratam do tema de reutilização de EPIs, em específico. O Sindifars não recomenda que EPIs sejam compartilhados e reutilizados.
Todo o EPI tem uma vida útil. Uma vez que o equipamento tenha sido usado por um longo período de tempo, ou tenha sido danificado, para um dano que esteja além do reparo, ele deve ser substituído imediatamente por um novo EPI. Conforme determinam as legislações brasileiras.
Os equipamentos de uso único não garantem a segurança do trabalhador, se ele for compartilhado ou reutilizado. E, na verdade, a reutilização pode até colocar o funcionário em um risco ainda maior. Isso porque, se exposto a um EPI já utilizado posteriormente, o trabalhador pode entrar em contato com materiais infecciosos, provenientes do uso anterior. Por isso, o empregador e seus funcionários não devem reutilizar EPIs descartáveis.
Máscaras descartáveis e luvas tem critérios de uso, e não são reutilizáveis. Acompanhar definições no 20200323-ProtocoloManejo-ver051
Não pode ser confundido orientações para a população e para os profissionais de saúde. Para a população em geral, o ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, orientou às pessoas a confeccionarem suas próprias máscaras caseiras em pano, segundo informações publicadas no Correio do Estado. “Essa questão de máscaras, se temos poucas, vamos deixar para os enfermeiros, médicos. Se for para sair e ir até a unidade de saúde para confirmar, usa uma máscara de pano, confecciona a sua máscara. Eu digo assim, poupe o material de saúde para os enfermeiros e médicos. Eles são as pessoas mais importantes da cidade hoje, o pessoal da Saúde”, disse em coletiva. (Para ler esta notícia na íntegra acesse https://pfarma.com.br/noticia-setor-farmaceutico/saude/5281-mascara-caseira.html).
A Anvisa divulgou nota sobre Máscaras N95 ou equivalentes: uso racional e doação, no aspecto para que empresas devem avaliar seus estoques, definir critérios de uso e, quando possível, doar os respiradores excedentes para serviços de saúde.
Observamos que estamos passando por grave e nova crise sanitária, que dependerá de estudos, avaliações, dentre outros, conduzidas pelo Ministério da Saúde, Vigilância em Saúde e definições diretas das três instâncias de governos. Isso significa dizer que existem muitas orientações a serem definidas; diariamente são publicadas normativas, decretos. Ou seja, vários aspectos, inclusive em relação a EPI’s, ou inexistem ou podem ser definidos ao longo da trajetória desta pandemia.
Neste momento o Protocolo de Manejo do Ministério da Saúde e normativas da Vigilância em Saúde, em relação aos profissionais de saúde, tem remetido o uso obrigatório de máscaras e luvas na sala de serviços farmacêuticos, além das demais orientações de segurança, como distanciamento social de 1,5metro. Ou seja, estes como outras previsões nas normativas legais são obrigatórias de fornecimento pelos empregadores, seja no público como no privado. Porém, o Sindifars tem orientado aos colegas que estão no balcão da farmácia ou outro local de atendimento, pagando do seu próprio bolso, máscara e/ou luvas e/ou outro EPI, tenham o direito de uso destes EPI’s.
Vale destacar que áreas como laboratórios, indústria e hospitais já tem no seu dia a dia o uso de EPI’s. Neste momento da pandemia de coronavírus é que passamos por uma nova realidade nas farmácias.
Além disso, EPI’s tem definições em normas da ABNT e Normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho.
O Sindifars vem notificando sindicatos patronais, empresas, redes de farmácia, Ministério Público do Trabalho, Secretaria de Saúde, Vigilância em Saúde na proteção dos direitos e do trabalho farmacêutico. Os colegas que não estejam recebendo EPI’s obrigatórias por parte dos seus empregadores, público ou privado, ou mesmo tenham algum tipo de dificuldade devem enviar e-mail para [email protected] informando seu nome completo, inscrição CRFRS e empregador, de maneira possamos tomar as providências cabíveis e possíveis com a maior agilidade possível.
Aproveitamos para informar que o Sindifars está com aplicativo. Baixe no seu aparelho celular e tenha na palma das mãos as informações atualizadas.
Para mais informações:
Covid-19: a importância do equipamento de proteção individual (EPI) http://sindifars.com.br/2020/03/18/covid-19-a-importancia-do-equipamento-de-protecao-individual-epi/
NR 6 – http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/nr-06-atualizada-2018.pdf.
Informativo OPAS – https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=6101:folha-informativa-novo-coronavirus-2019-ncov&Itemid=875
Covid-19: Sindifars, CRF e Afargs emitem nota sobre planos de contingenciamento nos estabelecimentos de saúde – http://sindifars.com.br/2020/03/19/covid-19-sindifars-crf-e-afargs-emitem-nota-sobre-planos-de-contingenciamento-nos-estabelecimentos-de-saude/
Covid-19: como o farmacêutico que atua com atendimento ao público em farmácias pode se prevenir? http://sindifars.com.br/2020/03/20/covid-19-como-o-farmaceutico-que-atua-com-atendimento-ao-publico-em-farmacias-pode-se-prevenir/
Utilidade Pública – Contatos Notificações Coronavírus – http://sindifars.com.br/2020/03/12/utilidade-publica-em-porto-alegre/
Segurança e Saúde no Trabalho – https://enit.trabalho.gov.br/portal/index.php/seguranca-e-saude-no-trabalho/sst-menu?view=default
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) – http://www.abnt.org.br/
Devido o aumento de movimento nas farmácias, sindicato pede reforço à PM para evitar assaltos
O presidente do Sindicato dos Farmacêuticos de Mato Grosso (Sinfar-MT), Wille Calazans, protocolou ofício no Comando-Geral da Polícia Militar em busca de reforço nas rondas ostensivas em Cuiabá. No documento, o qual o HNT/HiperNotícias teve acesso, o presidente do Sinfar lembra do assalto ocorrido nesta segunda-feira (23), em Cuiabá, quando bandidos armados, um deles usando máscaras de proteção, roubaram uma farmácia.
Preocupados com o esvaziamento nas ruas, o sindicato pediu ao comandante-geral da PM, coronel Jonildo José Assis, que as rondas sejam intensificadas onde existem farmácias, pois essas foram consideradas estabelecimentos essenciais pelo governo do Estado, mediante decreto de funcionamento comerciais em Mato Grosso.
Wille alega que as farmácias têm recebido um fluxo maior de clientes, em razão da pandemia do coronavírus, procurando por Equipamentos de Proteção Individual (EPI), como luvas e máscaras, além de álcool em gel, vitamina C e medicamentos, principalmente aqueles de combate à gripe. Ele ainda ressalta que as farmácias são os pontos de referência e também porta de entrada das infecções. “É um dos primeiros estabelecimentos de saúde a ser procurado pela população”, argumenta.
No documento encaminhado à PM, o presidente do Sinfar argumenta que as farmácias estão mais vulneráveis devidos o isolamento social e o fechamento da maioria dos estabelecimentos comerciais. “As farmácias que de maneira nenhuma deve fechar as portas, acaba sendo alvo da criminalidade, como ocorreu nesta segunda-feira.”, relatou Wille.
Medo e insegurança
Dono de uma rede de farmácias em Cuiabá, Diego Geraldino diz que até o momento não registrou ocorrências por assaltos em seus estabelecimentos, mas afirma estar apreensivo devido o esvaziamento das ruas por causa do isolamento social.
“As pessoas estão em casa, mas nós não podemos fechar. Graças a Deus não passamos por nenhuma situação dessa natureza, ainda, mas estamos preocupados. Recebemos clientes o tempo inteiro em busca, principalmente de medicamentos e produtos de combate ao coronavírus, temos funcionários também e a nossa preocupação é com a segurança das pessoas”, disse Diego que possui lojas no Centro da cidade, no Porto, Avenida do CPA e no Coxipó.
Édipo Mendes, é farmacêutico e proprietário de uma farmácia localizada em um bairro periférico na região do CPA. Também alega sensação de insegurança devido ao isolamento que diminuiu, segundo o farmacêutico, até as rondas policiais que eram feitas com mais frequência na região.
“Graças a Deus ainda não ocorreu nada conosco, mas ficamos suscetíveis a isso, visto que as ruas estão desertas. Mas antes da pandemia, as rondas eram mais frequentes, porém agora, essas viaturas sumiram. Entendemos as dificuldades que a polícia também enfrenta, mas é uma situação que nos preocupa”,
Outro Lado
Ao HNT/HiperNotícias, a Polícia Militar assegurou que as rondas policiais foram intensificadas neste período de pandemia da Covid-19, o coronavírus. Segundo o tenente-coronel Luiz Fernando Oliveira Dias, coordenador de Comunicação da PM, os dados que norteiam as ações da polícia, apontam queda quantos aos crimes de furto, roubos e demais delitos que em dias normais estariam maiores.
“A PM montou um planejamento de contingência em que consta o reforço do patrulhamento, especialmente no período noturno com intuito de salvaguardar patrimônios fechados temporariamente em razão do coronavírus”, disse o tenente-coronel, ao destacar que a mesma atenção é dada setores comercial, considerado essencial e que estão em funcionamento como é o caso das farmácias e drogarias, supermercados, restaurantes e congêneres.
Sobre o ofício encaminhado à PM, Dias assegura que o pedido será levado em consideração e que a situação já foi repassada à equipe operacional. De acordo com a Polícia Militar, mais de mil policiais estão nas ruas, diariamente, em todo o estado. Na Capital, cerca de 500 policiais estão nas ruas de domingo a domingo e mais de 200 viaturas foram disponibilizadas para auxiliar os patrulhamentos.
“A população pode ficar tranquila. Não está em nossa projeção o aumento de delitos, mas caso ocorra, estamos nas ruas realizando ações de prevenção e repressão imediata”, assegurou o coordenador de Comunicação da PMMT.
Fonte: HNT Hipernotícia
Vídeo: Presidente da Fenafar alerta para perigos da MP que suspende salários! A MP da Morte!
A medida foi editada neste domingo (22) em edição extra do Diário Oficial da União autoriza suspensão do contrato de trabalho por até quatro meses. No período, o empregado deixa de trabalhar, assim como o empregador não pagará salário. Além de denunciar a MP 297/2020, Ronald também alerta para o papel do farmacêutico no combate à pandemia e a necessidade de se garantir segurança para o exercício da profissão farmacêutica neste momento. Assista!
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Justiça de PE determina fornecimento de EPIs aos farmacêuticos de drogarias
Na sexta-feira, 20/03, o Sindicato dos Farmacêuticos do Estado de Pernambuco ajuizou ação Ação Civil Pública contra as grandes redes de farmácia e drogarias, a fim que cumpram as normas relativas à Saúde e Segurança dos trabalhadores. Em menos de 24 hs a Justiça concedeu liminar atendendo à reivindicação do Sinfarpe para garantir a segurança dos profissionais.
Preocupado com a situação dos farmacêuticos no Estado, o SINFARPE ajuizou,em caráter emergencial, ação com pedido de liminar para que as empresas de farmácias fornecessem os Equipamentos de Proteção Individual( EPI’s) aos farmacêuticos, dada a pandemia instaurada em face do novo coronavírus. No fim da tarde de hoje, menos de 24 horas depois, a decisão da Justiça em favor do sindicato foi anunciada.
O processo foi distribuído na 6ª Vara do Trabalho da Capital, e o Juiz do Trabalho Arthur Ferreira Soares, deferiu a tutela de urgência, definindo os seguintes termos:
“DEFIRO a tutela provisória pretendida, para, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas a contar da intimação da decisão, forneçam a todos os trabalhadores em atividade nos seus respectivos estabelecimentos, no Estado de Pernambuco, máscaras, luvas e álcool em gel, sob pena de multa diária (art. 497 c/c art. 500, CPC) no valor de R$ 1.000,00 (mil reais) por trabalhador que for encontrado desassistido da disponibilização de tais instrumentos”.
O sindicato comemora a decisão e parabeniza o Jurídico pela ação rápida em buscar judicialmente a garantia de proteção dos profissionais farmacêuticos. Também reforça que a entidade sindical que representa os farmacêuticos é uma das mais aguerridas do país e não mede esforços quando o assunto é a defesa da sua categoria.
“Lembrar que o SINFARPE não é a diretoria, funcionários ou jurídico, mas é feito do esforço de cada profissional que deixa um pouco de seu suor para manutenção dos serviços ofertados pela entidade”, enfatizou a presidente Veridiana Ribeiro.
Da redação com Sinfarpe
Orientações do Sindicato dos Farmacêuticos de Minas Gerais sobre COVID-19
Em virtude da pandemia do NOVO CORONAVÍRUS, COVID-19, que vem afetando todo o planeta, causando impacto de proporções gigantescas na vida das pessoas, o Sindicato dos Farmacêuticos de Minas Gerais – Sinfarmig, aponta a necessidade de que os farmacêuticos e farmacêuticas estejam minimamente protegidos para melhor orientar a população.
O Sinfarmig, representante legal e legítimo, em toda Minas Gerais, dos farmacêuticos e farmacêutica, diante da gravidade desta pandemia causada pelo novo Coronavírus (Covid-19) e que coloca o trabalho farmacêutico em destaque em todas suas áreas de atuação, bem como, o importante papel social do farmacêutico, profissional de saúde, que na maioria das vezes está neste “Front da batalha” com exposição máxima, pela prevenção da doença e promoção da saúde, aponta a necessidade de que este profissional esteja minimamente protegido para melhor orientar a população atendida por ele.
Neste sentido, há necessidade urgente de que as empresas cumpram todas as medidas de proteção aos seus empregados como preconiza a da Nota Técnica Conjunta Nº 02/2020 – PGT/CODEMAT/CONAP do Ministério Público do Trabalho para impedir a propagação do vírus no ambiente de trabalho e da maior importância neste momento, a aplicação integral da NR 6, que dispõe sobre o fornecimento de equipamentos de proteção individual, dentre outras proteções aos farmacêuticos e farmacêuticas.
Importante ratificar que todos os empregadores, sejam públicos ou privados, são obrigados a cumprirem a lei quanto ao fornecimento gratuito dos equipamentos de proteção individual aos farmacêuticos e farmacêuticas. Neste momento, o fornecimento de máscaras de proteção facial, do álcool em gel, luvas e aventais descartáveis em quantidade suficiente são primordiais à segurança mínima destes profissionais e por consequência, daqueles que estão no ambiente de trabalho.
A NR 6 estabelece que o material deve ser fornecido em perfeito estado de conservação e funcionamento, quando observadas as seguintes circunstâncias:
a) Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes de trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
b) Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas e,
c) Para atender situações de emergência.Cabe aos farmacêuticos cobrarem dos seus empregadores, o fornecimento de todos os Equipamentos de Proteção Individual – EPI’s, buscando o cumprimento da lei seus objetivos quanto a se evitar a contaminação pelo vírus.
Para os colegas que atuam em farmácias e drogarias, a Convenção Coletiva de Trabalho 2019/2010 – Celebrada entre o Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado de Minas Gerais – Sincofarma e o Sindicato dos Farmacêuticos de Minas Gerais – Sinfarmig prevê nas clausulas 7 e 8 que:
Clausula 7ª – Fornecimento de Equipamentos
As empresas se obrigam a fornecer aos farmacêuticos (grifo nosso), no exercício de suas funções, os equipamentos necessários ao perfeito desempenho da função.
Clausula 8ª – Material de Trabalho/Uniformes
As empresas fornecerão aos empregados farmacêuticos os uniformes diferenciados necessários, em quantidades suficientes. A reposição dos mesmos deverá ser feita sempre que necessária.
Entendemos que neste momento difícil que atravessamos, é imperativo que busquemos as devidas proteções individuais e coletivas para evitarmos a expansão deste vírus, buscando a preservação da vida dos farmacêuticos e farmacêuticas e da população.
Farmacêuticos e farmacêuticas, cuidando da vida da população
Sinfarmig e Fenafar – Cuidando de quem cuida!
Farmcêuticas e Farmacêuticos no enfrentamento ao Covid-19
A capilaridade e distribuição geográfica das farmácias brasileiras, e o farmacêutico, pelas suas competências, habilidades e disponibilidade, representam frequentemente a primeira possibilidade de acesso ao cuidado em saúde. Portanto, frente à pandemia de Covid-19, as farmácias públicas e privadas deverão atuar como um importante instrumento da rede de atenção primária em saúde.
Os farmacêuticos são profissionais estratégicos no enfrentamento de pandemias. As atividades vão desde aspectos operacionais, como o suprimento de medicamentos e produtos para a saúde (álcool em gel a 70%, máscaras, luvas) até aspectos clínicos e educacionais, como realizar triagem clínica e testes rápidos em casos suspeitos e educar a equipe, além de estabelecer processos de trabalho que propiciem proteção ambiental e ocupacional visando a minimização do risco de contaminação de pacientes na farmácia.
O Brasil conta com mais de 200 mil profissionais farmacêuticos, não apenas nas farmácias comunitárias, mas também nas farmácias hospitalares, nos laboratórios clínicos, nas indústrias de medicamentos e produtos para a saúde, na vigilância sanitária e epidemiológica, entre outros tantos cenários. Em todas as áreas de atuação, o profissional é crucial no enfrentamento da pandemia, que já levou 8.000 pessoas ao óbito no mundo (dado do dia 18/03/2020).
É fundamental que os profissionais estejam preparados para o enfrentamento de um acelerado número de novos casos no Brasil, a se confirmar nos próximos dias, com a possibilidade de centenas de óbitos nos próximos meses.
A Escola Nacional dos Farmacêuticos, sempre atenta ao processo de formação dos farmacêuticos, centrado no cuidado em saúde individual e coletiva, e analisando evidências científicas e documentos publicados por gestores públicos e entidades da categoria, está otimista com o desempenho dos profissionais no combate ao Covid-19. Vale ressaltar que seguiremos atentos às necessidades de mais investimentos públicos e de mudanças de processos, se necessário for.
Por fim, e não menos importante, reforçamos que só teremos êxito, como sociedade, se seguirmos valorizando o nosso Sistema Único de Saúde. Os seus princípios norteadores (universalidade, equidade e integralidade) são extremamente necessários para um efetivo enfrentamento da Covid-19.
Desejamos aos farmacêuticos de todo o país muita sabedoria para a tomada de decisão com base nas melhores evidências, capacidade de comunicação assertiva, energia para seguir defendendo o SUS e saúde para o enfrentamento da pandemia que preocupa o mundo.
Fonte: Escola Nacional dos Farmacêuticos
Covid-19: Sindifars, CRF e Afargs emitem nota sobre planos de contingenciamento nos estabelecimentos de saúde
O Conselho Regional de Farmácia do Rio Grande do Sul, o Sindicato dos Farmacêuticos do Rio Grande do Sul e a Associação dos Farmacêuticos (Afargs), em atenção à Declaração de pandemia pela Organização Mundial da Saúde em 11 de março de 2020, em decorrência da Infecção Humana pelo novo coronavírus (COVID-19), e visando adotar medidas para conter a sua propagação, emitem a seguinte nota conjunta, a título de recomendação, com fundamento no artigo 11, parágrafo único da Lei nº 13.021/2014, para a criação de planos de contingenciamento nos estabelecimentos de saúde, a partir das seguintes diretrizes:
– É recomendável garantir a dispensação de medicamentos, os serviços farmacêuticos, com o fornecimento de materiais de proteção individual aos farmacêuticos e à equipe, de acordo o preconizado na NR nº6 do Ministério do Trabalho;
– Em nenhuma hipótese poderá haver discriminação de pacientes com suspeita ou sintomas da doença;
– A equipe deverá estar preparada para atender, avaliar, orientar e identificar quem necessitar de orientação técnica, para, se necessário, encaminhar os pacientes à imediata assistência médica;
– Todos os funcionários da farmácia devem estar informados, capacitados e treinados sobre as medidas preventivas a serem adotadas e os funcionários que apresentarem sintomas devem ser imediatamente colocados em isolamento por intermédio do Sistema de Saúde;
– Conforme preconizado pelo Ministério da Saúde, deve ser priorizado a vacinação ao grupo de risco, quais sejam pessoas acima de 60 anos e profissionais da saúde;
– O farmacêutico e equipe devem usar máscara e luva conforme preconizado no Protocolo do Ministério da Saúde;
– O Farmacêutico deverá estipular uma faixa de segurança de 1 (um) metro para o atendimento dos pacientes, a fim de garantir proteção a si e à sua equipe;
– As farmácias deverão disponibilizar álcool gel aos farmacêuticos, aos membros de sua equipe e aos usuários dos serviços farmacêuticos.
– Caso necessário, os farmacêuticos deverão criar um plano de atendimento nas farmácias, de forma que não haja aglomeração apta a expor a risco os pacientes ali presentes, assim como a si mesmo e à sua equipe. Esta solução pode ocorrer por intermédio de treinamento do colaborador para controlar o acesso à loja, evitando aglomerações e orientando o uso de álcool gel na entrada e saída da loja; higienização constante das gondolas com produtos de maior manuseio pelos clientes; disponibilização de um protocolo de atendimento do estabelecimento de saúde personalizado ao seu porte;
– O Farmacêutico deverá orientar toda equipe sobre boas práticas, descarte correto dos resíduos, higienização constante das mãos, antebraços e do rosto,
postos de trabalho e outras atividades inerentes, mediante protocolos devidamente documentados por escrito, que deverão ser atualizados conforme as orientações técnicas das autoridades sanitárias forem se atualizando;
– O Farmacêutico não pode comercializar medicamentos de forma a promover o seu uso irracional, nos termos do artigo 10 da Lei nº 13.021/2014.
Por fim, informamos que as entidades permanecerão em constante acompanhamento dos casos e poderão emitir outros comunicados em conjunto.
CRFRS, Sindifars e Afargs
Fonte: Sindfars
Farmacêuticos denunciam ausência de Equipamentos de Proteção Pessoal
Os sindicatos e a Fenafar estão recebendo denúncias e notificando as redes e os sindicatos patronais sobre a falta de Equipamentos de Uso Individual (EPI). Também estão encaminhando os casos para o Ministério Público do Trabalho acompanhar e tomar as medidas cabíveis quando for necessário.
Em meio à crise do Coronavírus, o grupo que mais corre o risco de contrair a doença são os profissionais de saúde que estão na linha de frente do atendimento da população. Os farmacêuticos e farmacêuticas que atuam na rede hospitalar, nos postos de saúde e em farmácias e drogarias estão entre os segmentos mais vulneráveis.
Por isso, o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) — máscaras, luvas, aventais descartáveis, álcool gel, entre outos — são fundamentais para que estes profissionais prestem atendimento à população de forma segura e adequada para todos.
No entanto, os sindicatos dos farmacêuticos de vários estados vem recebendo, desde o início desta semana, denúncias de que redes privadas de farmácias e drogarias e, também, no serviço público estão se negando a disponibilizar tais equipamentos. Entre os motivos apontados estão a escassez dos equipamentos e a orientação de não usar para não assustar os clientes.
O Sindicato dos Farmacêuticos de Sergipe entrou em contato com o gerente regional da Drogasil, uma das redes denunciadas por não estar disponibilizando EPI para os profissionais. “A Drogasil reviu a posição e vai disponibilizar a máscara para todas as unidades dos estados do Rio de Janeiro, Distrito Federal e São Paulo. Cobramos a inclusão de Pernambuco. São esses os estados que já estão com disseminação comunitária do vírus e para os demais estados seriam enviados em seguida”, afirmou Dalmare Anderson, diretor de Juventude e Direitos Humanos da Fenafar.
A Fenafar encaminhou ofícios às redes Extrafarma, Grupo Dimed, Rede RaiaDrogasil, Rede de Farmácias São João e Rede Pague Menos para solicitar esclarecimento sobre o fornecimento de EPI’s aos farmacêuticos e farmacêuticos e exigindo que eles sejam disponibilizados de acordo com as normas de seguranças. Veja o ofício encaminhado à Drogasil.
Em Minas Gerais, “os farmacêuticos estão relatando que em grandes redes e em farmácias de médio porte eles não estão recebendo equipamentos de proteção individual, máscaras, luvas e eventuais descartáveis. No máximo o álcool gel, disse o diretor do Sinfarmig, Rilke Novato.
“Muitos pacientes vem perguntar sobre os medicamentos, sobre os antiinflamatórios não esteroidais, a exemplo do ibuprofeno, o melhor analgésico. O atendimento tem se avolumado na busca por orientação. Fizemos um ofício solicitando ao Sincofarma que comunique, que notifique seus associados para que cumpram a legislação, não só a nota conjunta do MPT-Federal mas também a NR que trata dos EPI. Além disso, em Minas temos previsto na Convenção Coletiva de Trabalho vigente, firmada com o Sincofarma, que os EPI’s sejam fornecidos em quantidades suficientes para os farmacêuticos que trabalham em farmácias e drogarias. Todos esses instrumentos preveem a obrigatoriedade da disponibilização dos Equipamentos de Proteção Individual. Acionamos o Ministério Público do Trabalho que se colocou à disposição para receber as denúncias para tomar as providências”, explica Rilke Novato que é primeiro diretor de Relações Internacionais da Fenafar.
No Rio de Janeiro a situação da exposição e falta de segurança dos farmacêuticos também é preocupante. “Os hospitais e postos de saúde estão lotados, há uma aglomeração para retirada de medicamentos, há falta de profissionais atuando nos serviços públicos, o que torno a exposição dos trabalhadores ainda mais grave. E, sem os equipamentos de proteção individual os farmacêuticos e demais profissionais ficam ainda mais vulneráveis”, lamenta Leonardo Légora, vice-presidente do Sinfar-RJ e membro do Conselho Estadual de Saúde do Rio de Janeiro.
“Também estamos recebendo denúncias de redes de drogarias que não estão permitindo que os funcionários usem máscara, mesmo se eles comprarem, também não estão permitindo que os profissionais mantenham a distância de 1 m, e nem mesmo álcool gel estão disponíveis. Há também denúncias de que a Rede D’Or está racionando EPI”, relata Leonardo Légora.
Em São Paulo, as denúncias chegam de farmácias e drogarias de pequeno e médio porte e de redes. “A maioria das denúncia é porque a empresa está se omitindo em fornecer as EPIs sob a alegação de que não é necessário ou porque não tem o EPI. Na nota conjunta que divulgamos, além do acesso aos equipamentos de proteção, também colocamos que as empresas precisam garantir que o profissional lave as mãos a todo o momento, sem cerceamento. Há outras denúncias como farmacêutico que levou a máscara de casa e a empresa não permitiu que o farmacêutico usasse”, explica Renata Gonçalvez, presidente do Sinfar-SP.
Da redação