Diretor da Fenafar produz infográfico com o histórico da Política Nacional de Assistência Farmacêutica – PNAF

O Primeiro Secretário da Fenafar, Dalmare de Oliveira Falcão e Sá, aluno do programa de pós-graduação em Saúde Pública, da Fiocruz Pernambuco, desenvolveu um infográfico apresentando a história da Política Nacional de Assistência Farmacêutica (PNAF). Este trabalho é um dos produtos técnicos desenvolvidos no doutorado e apresenta a sistematização das portarias e diretrizes que moldaram a PNAF ao longo dos anos.

O infográfico destaca por exemplo: a criação da Farmácia Popular, que surgiu praticamente no mesmo mês em que a PNAF foi instituída o que reforça a importância dessa política no fortalecimento do acesso aos medicamentos no Brasil, um dos pilares fundamentais do Sistema Único de Saúde (SUS).

Além do infográfico, Dalmare também realizou, em parceria com a Fenafar, um seminário sobre os 20 anos da PNAF, que ocorreu em maio deste ano. Esse seminário foi mais um dos produtos técnicos produzidos durante o doutorado.

A tese de doutorado, oferece uma análise detalhada da PNAF, destacando como essa política pública tem sido essencial para os farmacêuticos e como ela transformou o acesso a medicamentos no Brasil.

PROTUDO TÉCNICO 3 DOUTORADO - DALMARE

Conselhos Regionais de Farmácia terão que exigir carteira de trabalho para Responsáveis Técnicos

Os Conselhos Regionais de Farmácia (CRFs) serão obrigados a exigir a carteira de trabalho assinada para que farmacêuticos possam assumir a função de Responsável Técnico (RT) em empresas. O contrato de prestação de serviço não será mais válido. A mudança na Resolução nº 638, foi aprovada durante a 546ª Reunião Plenária do Conselho Federal de Farmácia (CFF), realizada quinta-feira, 22 de agosto.

Anteriormente, a resolução permitia que o vínculo profissional fosse comprovado por meio de contrato social, carteira de trabalho e previdência social (CTPS), portaria de nomeação ou contrato de prestação de serviços.

Com a nova redação, o “contrato de prestação de serviços” foi suprimido, restando apenas duas possibilidades para a assunção de RT nas empresas: ser proprietário ou ter a carteira de trabalho assinada.

Essa alteração resolve uma questão que vinha gerando muitas dúvidas e divergências entre os CRFs, alguns dos quais aceitavam qualquer tipo de contrato para a nomeação de um RT.

Além disso, a nova redação da Resolução nº 638 impõe uma importante obrigação aos CRFs: a notificação às autoridades competentes sobre irregularidades que não sejam de sua alçada resolver. Os conselhos deverão informar as autoridades responsáveis, sempre que identifiquem situações que extrapolem suas competências, assegurando que as irregularidades sejam devidamente tratadas.

Para o presidente da Fenafar, Fábio Basílio, que participou da reunião e defendeu a alteração da Resolução, a conquista representa um marco histórico para os trabalhadores da categoria.

Segundo ele, “A única maneira legal de um trabalhador, cuja relação com o patrão é de subordinação e horários a cumprir, ser funcionário de uma empresa, é através do registro em carteira de trabalho.”

Basílio enfatizou que a CTPS é um instrumento fundamental para garantir os direitos dos trabalhadores e que a mudança aprovada é decisiva no combate às fraudes trabalhistas, que se proliferam pelo país. “Foi um dia de grande vitória, um momento histórico para os farmacêuticos e farmacêuticas brasileiros”, afirmou.

Relatório Final: Conferencia Livre do movimentos sindical e popular – A voz da gente que faz o SUS

Conferencia Livre do movimentos sindical e popular – A voz da gente que faz o SUS: Em prol do trabalho, educação, saúde e democracia

Apresentamos o relatorio final da Conferência Livre realizada pelo movimento sindical e popular, preparatória para a 4ª Conferência Nacional de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (CNGTES) que aconteceu no dia 7 de agotos, de forma remota com a participação de diversos entidades e mais de 260 inscritos.

O Título da Conferencia Livre “Movimentos sindical e popular a voz da gente que faz o SUS: em prol trabalho, educação, saúde e democracia” apresentou o debate sobre o avanço da terceirização, a precarização das relações de trabalho e a importância de políticas públicas que transformem a realidade para o bem-viver de todos.

O foco da Conferencia Livre ficou em torno do Eixo 2, da 4ª CNGTES: “Trabalho digno, decente, seguro, humanizado, equânime e democrático no SUS: uma agenda estratégica para o futuro do Brasil. Mais de 170 propostas foram encaminhadas previamente.

O relatório completo, com todas as propostas aprovadas, está disponível aqui.

Os 10 Anos da Lei 13.021/2014: Uma luta de 21 anos pela farmácia como estabelecimento de saúde 

Em 8 de agosto de 2024, a Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar) e os sindicatos filiados celebram uma década da promulgação da Lei 13.021/2014, um marco histórico que redefiniu a farmácia no Brasil, reconhecendo-a como um estabelecimento de saúde e não apenas um comércio.

Esta lei, que coloca o farmacêutico como agente de saúde essencial na promoção do uso racional de medicamentos e na prestação de assistência farmacêutica, foi resultado de uma batalha intensa e prolongada que se estendeu por mais de 21 anos.

A aprovação da lei trouxe mudanças significativas para o setor, consolidando a farmácia como parte integrante do Sistema Único de Saúde (SUS) e garantindo a presença de profissionais qualificados para assegurar a saúde e bem-estar da população. 

A Lei 13.021/2014 não apenas consolidou a farmácia como estabelecimento de saúde, mas também garantiu direitos fundamentais aos profissionais farmacêuticos, assegurando-lhes condições adequadas de trabalho e valorização profissional. Desde então, muitos avanços foram conquistados, graças à persistência e união da categoria.

Apesar dos avanços alcançados, a categoria farmacêutica ainda enfrenta desafios significativos, como a busca por melhores condições de trabalho e salários dignos. No entanto, com união e persistência de todos, é possível continuar avançando e consolidando cada vez mais os direitos e a valorização dos profissionais farmacêuticos. 

Mais do que um conjunto de normas; era a materialização de um sonho coletivo iniciado em 1993, uma resistência contra a lógica mercantil que ameaçava o setor farmacêutico. 

Ao longo dos anos, a Fenafar, juntamente com seus sindicatos filiados, seguiu empenhada em superar os desafios e em avançar na defesa dos direitos da categoria, reafirmando seu compromisso com a saúde pública e com o bem-estar da população brasileira. 

A Luta Iniciada em 1993 

A história dessa conquista teve início em 1993, quando a Senadora Marluce Pinto apresentou o Projeto de Lei 4385/94, propondo alterações na Lei 5.991/73, com o objetivo de desassociar a farmácia da figura do farmacêutico.  

Este projeto, que tramitou no Senado e foi aprovado às vésperas do Natal daquele ano, causou grande indignação na categoria farmacêutica. A proposta buscava consolidar o status comercial das farmácias, tratando o medicamento como mercadoria e desconsiderando a importância da assistência farmacêutica. 

Mobilização e Conquista 

A partir do momento em que o projeto foi conhecido na Câmara dos Deputados, iniciou-se uma intensa mobilização. A Fenafar, junto com várias entidades, liderou uma série de ações, incluindo a coleta de assinaturas e grandes manifestações em todo o Brasil.  

A luta foi marcada por grandes mobilizações, principalmente no primeiro semestre de 1994, quando o Projeto de Lei foi encaminhado à Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF). Embora a deputada relatora tenha inicialmente rejeitado a proposta, a pressão do lobby contrário à presença do farmacêutico nas farmácias continuou intensa. 

A Fenafar, com apoio das entidades de classe e dos estudantes, fez da questão um ponto central do debate, buscando sensibilizar a sociedade e os parlamentares. Buscou-se um relator que apoiasse a causa dos farmacêuticos. O deputado federal Ivan Valente assumiu a relatoria do projeto e apresentou um substitutivo que incluía a farmácia como estabelecimento de saúde integrado ao SUS.

A importância do Substitutivo Ivan Valente: Um Novo Paradigma 

O substitutivo do deputado Ivan Valente foi uma resposta contundente à tentativa de retirada do trabalho qualificado da atividade do farmacêutico. A proposta teve apoio total dos profissionais em todo o Brasil. Naquele momento, apesar da vitória momentânea, não se imaginava que com idas e vidas, seriam necessários mais 20 anos para a aprovação da lei. 

Um abaixo-assinado organizado pela Fenafar em conjunto com a Enefar levou a discussão para todo o país. Em junho de 1996, as entidades da categoria levaram esse abaixo-assinado a Brasília, com 80 mil assinaturas contra o PL 4385/94. Foi uma grande mobilização nacional até a aprovação do substitutivo.  

A Lógica Mercantil do PL Marluce Pinto 

O Projeto de Lei Marluce Pinto buscava consolidar o status comercial das farmácias, tratando o medicamento como mercadoria e desconsiderando a importância da assistência farmacêutica. Em contraponto, a proposta dos farmacêuticos projetava a farmácia como um espaço de saúde essencial, onde o farmacêutico atua não apenas na dispensação de medicamentos, mas também na orientação quanto ao uso racional e na promoção da saúde da população. 

Mobilização e Avanços 

Em 2007, a Fenafar promoveu diversas ações, mobilizando a categoria e a sociedade para retomar com força a campanha “Farmácia Estabelecimento de Saúde”, realizando mobilizações nacionais e intensificando o diálogo com os parlamentares. Em 2008, uma manifestação histórica em Brasília reuniu mais de mil farmacêuticos e estudantes, que marcharam até o Ministério da Saúde e ao Congresso Nacional, buscando apoio para a aprovação do projeto. 

A mobilização de 2008 foi crucial, obtendo apoio do Ministro da Saúde e lançando a Frente Parlamentar em Defesa da Assistência Farmacêutica. Essa mobilização deu novo fôlego à luta pela aprovação da lei. 

A Vitória em 2014 

O esforço da Fenafar e das demais entidades em defesa da profissão farmacêutica teve seu ponto alto em 2014, quando a Lei 13.021 foi finalmente sancionada, depois de mais de duas décadas de luta, estabelecendo a farmácia como um estabelecimento de saúde.  

A aprovação foi o resultado de anos de trabalho, que envolveram não apenas os farmacêuticos, mas também a sociedade civil, universidades e outros setores. Este marco consolidou o papel do farmacêutico na assistência farmacêutica e reafirmou a farmácia como um espaço de saúde pública. 

Em celebração aos 10 anos da Lei 13.021, convidamos todos os farmacêuticos, estudantes e a sociedade para relembrar essa trajetória de luta e para continuar fortalecendo a defesa de uma farmácia cada vez mais integrada ao SUS, essencial para a promoção da saúde e para a valorização do trabalho farmacêutico. 

Vamos juntos seguir avançando, porque a luta nunca para. 

Nota de Repúdio: Vídeo Infantil no YouTube retrata farmacêuticos de forma pejorativa 

A Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar), entidade que representa os sindicatos dos farmacêuticos do Brasil, expressa seu profundo repúdio ao vídeo infantil publicado no YouTube, que retrata os farmacêuticos de maneira negativa e ofensiva.  

No vídeo, um farmacêutico é representado como um “lobo mau” que distribui medicamentos falsificados e é preso pela polícia. Além disso, o vídeo sugere que a única solução para dores é procurar um médico, desvalorizando o papel essencial do farmacêutico. 

Esse tipo de conteúdo é inaceitável, pois desrespeita a imagem dos profissionais dedicados à promoção da saúde e ao bem-estar da população. A disseminação de informações falsas e prejudiciais contribui para a desinformação e a desvalorização da profissão farmacêutica, influenciando negativamente tanto crianças quanto pais que consomem esse tipo de conteúdo. 

A situação é ainda mais inadmissível diante da proximidade das comemorações, no dia 8 de agosto, dos 10 anos da aprovação da Lei 13.021/2014, um marco que redefiniu a farmácia como estabelecimento de saúde e não apenas um comércio.  

Essa conquista é fruto de uma intensa luta dos farmacêuticos em defesa de seu papel como agentes de saúde essenciais para garantir a saúde e o bem-estar da população. A lei reconhece a farmácia e seus profissionais como integrante do Sistema Único de Saúde (SUS) e exalta a profissão. O vídeo em questão, vai na direção contaria.  

Portanto, não é tolerável que uma produtora de vídeos infantis, sem conhecimento, retrate farmacêuticos de forma tão negativa. A Fenafar, aliada as demais entidades estuda medidas jurídicas cabíveis para que o vídeo seja retirado da plataforma, garantindo o devido respeito e valorização da profissão farmacêutica. 

Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar) 

Fenafar e sindicatos filiados divulgam Carta Aberta para Candidatos(as) nas eleições municipais 2024

A Carta Aberta aos candidatos(as) nas eleições municipais de 2024 foi discutida e aprovada durante a reunião do Conselho de Representantes da Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar) realizada no Rio de Janeiro, nos dias 4 e 5 de julho de 2024.
 
É resultado de um esforço coletivo dos sindicatos filiadas à Fenafar, que buscaram consolidar suas demandas e proposições em favor de uma Política de Assistência Farmacêutica mais eficaz e inclusiva. O documento foi elaborado em um contexto de profunda reflexão sobre as necessidades e desafios enfrentados pela categoria farmacêutica e pela população em geral.
 
A Carta Aberta reflete a importância da participação cidadã e do voto consciente, destacando a necessidade de eleger candidatos comprometidos com os princípios constitucionais, com o SUS e com a melhoria das condições de vida da população.

O documento completo está disponível aqui.

Principais bandeiras destacadas:

  1. Valorização e dignidade do trabalho farmacêutico: Fortalecimento do atendimento público e criação de condições de trabalho dignas para os profissionais da saúde, destacando a importância do cuidado a quem cuida.
  2. Implementação da Política de Assistência Farmacêutica Municipal: Garantia dos direitos e princípios fundamentais para o acesso à saúde, conforme estabelecido na Constituição Federal e na Lei nº 8.080/90.
  3. Revisão periódica da Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (REMUME): Atendimento às necessidades epidemiológicas e promoção do uso racional de medicamentos.
  4. Ampliação do acesso a medicamentos essenciais: Garantia de produtos seguros, eficazes e de qualidade, promovendo o uso racional e resguardando os princípios de equidade e justiça social.
  5. Cumprimento das normas sanitárias e éticas: Respeito às pessoas e profissionais, assegurando a cidadania.
  6. Plano Municipal de Saúde e Assistência Farmacêutica: Fortalecimento da distribuição de medicamentos nas unidades de saúde, programas de farmácia popular e plantas medicinais, e cumprimento das boas práticas farmacêuticas.
  7. Fomento à vigilância sanitária: Melhoria da fiscalização e combate às infrações sanitárias no setor público e privado.
  8. Consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS): Articulação dos entes federados e construção participativa do Plano Municipal de Saúde.
  9. Adequado financiamento da saúde: Transparência na gestão e fiscalização dos recursos destinados à saúde.
  10. Fortalecimento da democracia e controle social: Restabelecimento da gestão participativa e respeito às deliberações das conferências e conselhos de saúde.
  11. Promoção e prevenção em saúde: Acesso à alimentação adequada, atividades físicas, lazer, transporte público e cuidado variado.
  12. Reorganização da atenção básica: Fortalecimento da estratégia de saúde da família e imunizações.
  13. Vigilância em Saúde: Garantia de concursos públicos e participação dos farmacêuticos na equipe de saúde.
  14. Práticas Integrativas e Complementares de Saúde (PICS): Ampliação da oferta de terapias no SUS e promoção da autonomia e autocuidado.
  15. Saúde mental: Fortalecimento da rede de atenção psicossocial e educação permanente dos profissionais.
  16. Regionalização das especialidades: Facilitação do acesso às especialidades para comunidades distantes.
  17. Desprecarização das condições de trabalho: Melhoria das condições de trabalho e realização de concursos públicos.
  18. Mesas de negociação do SUS: Definição de um Plano de Cargos, Carreiras e Salários.
  19. Estruturas físicas e equipamentos adequados: Melhoria das unidades de trabalho farmacêuticas.
  20. Capacitação técnica dos farmacêuticos: Incentivo à atualização dos conhecimentos.
  21. Dotação orçamentária específica: Gestão para alocação de recursos nas ações de Assistência Farmacêutica.
  22. Desenvolvimento regional: Apoio à produção local e competitividade tributária.
  23. Combate às fake news: Valorização da ciência e fortalecimento das instituições de ensino e comunicação comunitária.

Fenafar e seus sindicatos filiados reafirmam seu compromisso com a democracia, a saúde pública e a valorização dos profissionais farmacêuticos, defendendo uma política de saúde que priorize a vida e os direitos dos cidadãos. #EmNossasMãosEstáODestinoDaDemocracia

FEDERAÇÃO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS E SINDICATOS FILIADOS

Fenafar em defesa dos Farmacêuticos que atuam na Ebserh

Na quarta-feira, 17, a diretora da Fenafar, Maria Cristina Ramirez, participou de uma importante reunião em Brasília, realizada no Ministério do Trabalho. O encontro teve como objetivo tratar da situação de diversos profissionais, entre os quais os técnicos em laboratório e técnicos em farmácia, que atuam na Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e estão sendo impedidos de acumular dois cargos públicos.

Durante a reunião foi solicitada a prorrogação da data limite para a opção dos cargos, que atualmente está prevista para encerrar em 1º de agosto. Essa prorrogação é necessária para permitir que os trabalhadores afetados tenham mais tempo para ajustar suas situações sem prejuízos.

Também foi solicitada uma reunião de mediação conjunta entre os ministérios do Trabalho, da Educação e da Saúde. Esta reunião também deverá envolver o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), buscando uma solução integrada e coordenada para a questão.

Maria Cristina Ramires garantiu que a Fenafar, segue firme na defesa dos direitos dos técnicos em laboratório e técnicos em farmácia da Ebserh. “Continuaremos trabalhando na busca das garantias de que esses profissionais possam exercer suas funções de maneira justa e digna, sem serem prejudicados por impedimentos burocráticos.”

Além da Fenafar, a reunião contou com a presença de representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Saúde (CNTS) e da Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE).

O Presidente da CNTS, Valdinei Castagna, se comprometeu a entrar em contato com o Ministério da Educação (MEC) para confirmar uma reunião que estava pré-agendada para o mesmo dia, mas que não foi confirmada.

Além disso, foi sugerido estabelecer contato com o Ministro Alexandre Padilha, da Secretaria de Relações Institucionais, para auxiliar nas próximas ações e garantir o apoio necessário.

Assalto em farmácia e violência sexual à farmacêutica gera mobilização por mais segurança

Na madrugada da última quarta-feira (10), uma farmacêutica foi vítima de um assalto seguido de abuso sexual em seu local de trabalho, a DROGARIA SÃO PAULO em Jacareí, interior de São Paulo. O caso, que tem gerado grande repercussão na imprensa, está sendo investigado pela Polícia Civil. Até o momento, ninguém foi preso.

De acordo com notícias veiculadas, o criminoso entrou na farmácia armado por volta de 0h40 e anunciou o assalto. O atendente foi levado até a sala da gerência e obrigado a permanecer lá, enquanto a farmacêutica foi levada para outra sala, onde o criminoso cometeu a violência sexual. Após o crime, o homem roubou cerca de R$ 1,4 mil em dinheiro e dois celulares.

O Sindicato dos Farmacêuticos do Estado de São Paulo (SINFAR-SP) emitiu uma nota de solidariedade à vítima, e já teve uma reunião com a empresa. A presidenta do SINFAR-SP, Renata Gonçalves, destacou a gravidade do ocorrido e a necessidade de medidas urgentes para garantir a segurança das(o)s profissionais. “Infelizmente, o caso não é isolado e tem trazido muita preocupação. O tema será pautado na próxima reunião de negociação com o SINCOFARMA-SP.”

Renata salienta que o SINFAR-SP tem solicitado, ao longo dos anos, que o sindicato que representa os patrões inclua na Convenção Coletiva de Trabalho cláusula com procedimento em caso de roubo, sequestro ou cárcere privado, em defesa da(o) profissional farmacêutica(o). “O que queremos é segurança para os farmacêuticos já! É preciso tratar do tema com a seriedade que ele se impõe”, afirmou a presidenta.

A Federação Nacional dos Farmacêuticos (FENAFAR) também se posicionou sobre o caso, expressando seu apoio à farmacêutica e ao SINFAR-SP. O presidente da FENAFAR, Fábio Basílio, ressaltou a importância de ações concretas para proteger as(os) profissionais da categoria. “É inaceitável que os farmacêuticos, que desempenham um papel crucial na saúde pública, sejam submetidos a situações de risco extremo como essa.”

A FENAFAR apoia integralmente as ações e reivindicações do SINFAR-SP e cobra respostas imediatas da DROGARIA SÃO PAULO do SINCOFARMA-SP e da ABRAFARMA para garantir a segurança nas farmácias. “Não podemos permitir que episódios como este se repitam. Exigimos que as empresas garantam condições dignas e seguras de trabalho para todos os farmacêuticos do país”, declarou Fábio.

A FENAFAR alerta todas(os) os (as) profissionais farmacêuticas(os) do Brasil para a gravidade deste fato e ressalta a necessidade de exigir das empresas medidas efetivas de segurança. É essencial que as(os) farmacêuticas(os), em todo o país, fiquem atentos e mobilizados para garantir ambientes de trabalho seguros.

A FENAFAR e o SINFAR-SP reafirmam seu compromisso de continuar lutando por melhores condições de trabalho e segurança para as(os) farmacêuticas(os), e se colocam à disposição da profissional vítima da violência, oferecendo todo o suporte necessário neste momento.
Ascom Fenafar

Acordos Coletivos de Trabalho

Nesta seção, serão registradas e atualizadas todas os últimos Acordos Coletivos de Trabalho celebradas por estado e por empresa. É essencial que todos os sindicatos façam o upload de suas convenções mais recentes para que os demais possam acompanhar e, ao realizarem negociações em seus respectivos estados e empresas, possam negociar com uma padronização nas cláusulas econômicas e sociais.

Farmácia Popular: programa, passa a oferecer 95% dos medicamentos e insumos de forma gratuita 

Em solenidade realizada na quarta, 10, o Ministério da Saúde anunciou a ampliação do Programa Farmácia Popular (PFP), que este ano completa 20 anos. A Ministra da Saúde, Nísia Trindade anunciou que partir de agora, 95% dos medicamentos e insumos passam a ser oferecidos gratuitamente, consolidando o compromisso do governo com a saúde e o cuidado dos brasileiros.  

A Fenafar, participou da solenidade em Brasília, representada pela vice-presidenta, Débora Melecchi e pelo secretário Dalmare de Oliveira Falcão e Sá. O presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Fernando Pigatto e o diretor do Departamento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde e de Inovação para o SUS, Leandro Safatle, também estiveram presentes para celebrar essa importante novidade. 

Iniciativa proposta pelo Controle Social, aprovada no CNS, juntamente com a Política Nacional de Assistência Farmacêutica, o Programa Farmácia Popular foi criado em 2004, durante o primeiro mandato do presidente Lula e se destaca por sua abrangência e impacto social. 

Em 20 anos, mais de 70 milhões de pessoas foram atendidas, acessando medicamentos para diabetes, hipertensão, asma, osteoporose e contraceptivos. Agora, a lista inclui também remédios para colesterol alto, doença de Parkinson, glaucoma e rinite, beneficiando diretamente cerca de 3 milhões de usuários. 

O PFP também contribui para a economia brasileira, permitindo que os usuários economizem até R$ 400 por ano em medicamentos. Com o aumento do orçamento para R$ 5,1 bilhões em 2024, o PFP continua a crescer e a fornecer suporte para a população. 

O evento destacou o importante papel desenvolvido pelo Departamento de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde (DAF/MS) na implantação e expansão do programa, assim como no desenvolvimento da Política Nacional de Assistência Farmacêutica, que há 20 anos é responsável pelos avanços na saúde pública e melhoria da qualidade de vida de milhões de brasileiros. 

Em 2022, o programa enfrentou o risco de corte de 60% no orçamento, uma ameaça revertida pelo governo atual, que aumentou significativamente os recursos destinados ao PFP, assegurando sua continuidade e expansão. Esse reforço orçamentário reflete o compromisso do governo em manter e ampliar o acesso a medicamentos essenciais, especialmente para os mais vulneráveis.