CNS faz história em Conferência Global de Saúde no Cazaquistão

O Conselho Nacional de Saúde (CNS) participou da Conferência Global sobre Atenção Primária à Saúde, realizada nos dias 25 e 26 de outubro, em Astana, no Cazaquistão. O presidente do CNS, Ronald dos Santos, representou o controle social brasileiro diante de diversas organizações internacionais públicas e da sociedade civil, além de instituições acadêmicas e ministros de saúde de diferentes países do mundo.

 

 

O objetivo do encontro, organizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), com coordenação com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), foi apresentar uma nova declaração sobre Atenção Primária à Saúde, por ocasião dos 40 anos da Conferência de Alma-Ata, cujos eixos estruturantes são a Cobertura Universal de Saúde (CUS) e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).  A conferência de Alma-Ata, realizada em setembro de 1978, lançou bases para uma compreensão mais ampla sobre saúde e a reafirmou como direito humano.

O CNS, ao trazer considerações para uma nova declaração de Atenção Primária à Saúde, destacou a importância de combater o avanço do autoritarismo, o acirramento da xenofobia, a crise humanitária derivada de migrações forçadas, a crise climática e ambiental, entre outros aspectos.

“O Brasil é o país mais elogiado por conta da Constituição de 1988 e do nosso Sistema Único de Saúde (SUS). Porém estamos sob risco, nossa democracia está sendo atacada. E quando você ataca a democracia, você ataca o direito humano à vida e à saúde. Viemos para cá trazer essa mensagem, reafirmando o papel do Estado organizando a saúde a partir da atenção primária, garantindo acesso a todos”, alertou o presidente.

No dia 13 de setembro, o CNS levou treze diretrizes que ajudaram a nortear a construção do documento que foi apresentado pelo Brasil na Conferência de Astana. As diretrizes são em defesa de uma Atenção Primária à Saúde abrangente, que não naturalize as desigualdades produzidas pela ordem econômica vigente e que considere a centralidade destas relações na determinação do processo saúde-doença dos povos africanos e latino-americanos.

Confira 13 diretrizes que ajudaram a nortear a construção de documento para Conferência de Astana

Leia o documento do CNS e Fiocruz que reafirmam compromissos em Atenção Primária

As diretrizes foram construídas pela Câmara Técnica de Atenção Básica à Saúde (CTAB) do CNS, que reúne 21 membros de conselhos de saúde, comunidade acadêmica, entidades profissionais e movimentos sociais e populares.

DECLARAÇÃO DE ASTANA 2018

Fonte: Conselho Nacional de Saúde
Publicado em 31/10/218

Fortaleza abre segunda etapa dos Encontros sobre C&T e Assistência Farmacêutica

A Escola Nacional dos Farmacêuticos, em parceria com o Conselho Nacional de Saúde (CNS), está promovendo os Encontros Regionais Preparatórios para o 8º Simpósio Nacional de Ciência, Tecnologia e Assistência Farmacêutica (8º SNCTAF). Esta é a segunda etapa do programa realizado em parceria com a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) e Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). A próxima turma será realizada nos dias 8 e 9 de novembro, na Fiocruz Ceará, em Eusébio (CE).

 

 

As atividades são voltadas aos membros do controle social brasileiro, ativistas sociais, acadêmicos, usuários, trabalhadores e gestores do Sistema Único de Saúde (SUS). Para participar, basta preencher o formulário de inscrição online.

Os encontros também acontecerão em Brasília (12/11 e 13/11), Rio de Janeiro (22/11 e 23/11), Belém (26/11 e 27/11) e São Paulo (29/11 e 30/11).

O 8º SNCTAF acontecerá em dezembro, na sede da Fiocruz, no Rio de Janeiro, e integra as atividades rumo à 16ª Conferência Nacional de Saúde (8ª + 8). O simpósio se articula aos eixos: Saúde das Pessoas com Deficiência; e Assistência Farmacêutica e Ciência e Tecnologia. Neste sentido, o relatório dos Encontros Regionais realizados agora servirá de subsídio ao 8º SNCTAF, que, em seguida, levará suas contribuições para a 16ª Conferência, marcada para 2019.

O objetivo do simpósio é propiciar o debate sobre ciência e tecnologia, assistência farmacêutica e atenção à saúde das pessoas com patologia, qualificando a atuação e intervenção dos participantes sobre a organização do acesso da população aos medicamentos e as novas tecnologias em saúde por meio do SUS.

Saiba mais 

A 16ª Conferência é o maior evento de participação social no Brasil e terá como tema central Democracia e saúde: saúde como direito e consolidação e financiamento do SUS. No decorrer de 2018, o CNS deliberou que uma série de atividades aconteçam de forma articulada com questões transversais de equidade, saúde de pessoas com patologias, ciclos de vida, promoção, proteção e práticas integrativas, alimentação e nutrição e educação permanente.

Todas essas pautas estarão presentes na 16ª Conferência, distribuídas pelos seguintes eixos: Saúde das Pessoas com Deficiência; Assistência Farmacêutica e Ciência e Tecnologia; Saúde Bucal; Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora; Saúde Mental; Saúde da População Negra; Recursos Humanos e Relações de Trabalho; e Orçamento e Financiamento.

Programação do Encontro Regional em Fortaleza

8 de novembro

9h às 9h30: Abertura
9h30 às 11h: Panorama atual da assistência farmacêutica e ciência e tecnologia no Brasil – por que discutir esses temas no controle social?
11h30 às 12h: Apresentação sobre a dinâmica dos grupos de trabalho
12h às 13h30: Almoço
13h30 às 17h: Grupos de trabalho sobre os temas: Arboviroses, Doenças Negligenciadas, Penicilina e Farmácia Popular

9 de novembro

9h às 10h: Apresentação das propostas construídas nos grupos de trabalho
10h às 11h30: Debate sobre os trabalhos dos grupos
11h30 às 12h30: Encaminhamentos e encerramento do encontro

Mais informações

O que: Encontro sobre Ciência, Tecnologia e Assistência Farmacêutica em Fortaleza
Quando: Quinta-feira (08/11) e Sexta-feira (09/11)
Onde: Fiocruz Ceará
Endereço: Rua São José, s/n, Precabura Eusébio
Contato: (61) 3315-2150 | 3315-3821

 

Mulheres realizarão seminário preparatório para a 16ª CNS

Conselheiras nacionais, estaduais e municipais de saúde, lideranças femininas de movimentos sociais que representem a diversidade das mulheres, trabalhadoras da saúde e gestoras do Sistema Único de Saúde (SUS) vão se reunir em Brasília para debater propostas rumo à 16ª Conferência Nacional de Saúde (8ª+8).

 

 

 

Mais de 80 ativistas estarão presentes no 2º Seminário Nacional de Saúde das Mulheres, realizado pelo Conselho Nacional de Saúde, de 29 de novembro a 1º de dezembro.

A ideia é fomentar a formação das Comissões Intersetoriais de Saúde da Mulher (Cismu) nos Conselhos Municipais e Estaduais de Saúde, além de debater a revisão da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM). As discussões serão norteadas pelas resoluções aprovadas na 2ª Conferência Nacional de Saúde da Mulher (2ª CNSMu), realizada em agosto de 2017.

Na ocasião do seminário, será lançada a publicação “Laboratório de Inovação: Experiências Exitosas em Saúde das Mulheres”, que foram premiadas em conjunto pela Organização Pan-Americana da Saúde (OpasP) e CNS, durante a 2ª CNSMu.  Durante o seminário também será realizado o lançamento da publicação “Relatório da 2ª CNSMu”. Todo o acúmulo servirá de subsídio para qualificar os debates diante da pauta das mulheres rumo à 16ª Conferência Nacional de Saúde (8ª+8), que terá sua etapa nacional realizada de 28 a 31 de julho de 2019.

Mais informações

O quê: 2º Seminário Nacional de Saúde das Mulheres
Quando: 29 de novembro a 1º de dezembro
Onde: Brasília, DF (Local a confirmar)
Contato: 61 3315-2150 | 3315-3821

Fonte: SUSConecta
Publicado em 24/10/2018

Congresso Nacional amplia bancada da bala na Câmara e no Senado

Na próxima legislatura, que começa em 1º de fevereiro de 2019, a bancada da segurança pública, também conhecida como a “bancada da bala”, terá aumento significativo, passando de 35 para 60 deputados. A informação é do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). 

 

 

Esse crescimento se deve à grande viragem conservadora, que redundou na eleição de deputados de origem militar e de políticos filiados ao PSL, que tiveram como principal bandeira a alteração do Estatuto do Desarmamento.

A bancada da segurança pública, em sentido amplo, inclui tanto os adeptos de punição severa a criminosos, do armamento da população e os representantes dos interesses da indústria armamentista, como a Taurus e a Companhia Brasileira de Cartuchos, quanto os defensores da legislação educativa e preventiva para proteger a vida. Mas, neste levantamento, incluímos apenas o 1º grupo.

A bancada “linha dura” da Segurança Pública tem como prioridade a redução da idade penal, o fim das penas alternativas, a alteração do Estatuto do Desarmamento e também do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Com a eleição de representantes dos segmentos militares, serão abordados outros temas como a melhoria na segurança e meios de proteger as fronteiras do País. Esses novos parlamentares também criticam os resultados da Comissão Nacional da Verdade, relatando que não foram apurados os crimes praticados por guerrilheiros de esquerda, mas não elegem o tema como prioridade. Defendem ainda o endurecimento da legislação penal, processual penal e de execuções penais.

Entre os defensores de maior rigor no enfrentamento à violência, inclusive a praticada por menores, destaque para os deputados reeleitos Delegado Waldir (PSDB-GO), Delegado Eder Mauro (PSD-PA) e Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ), que é escrivão de polícia federal.

Essa bancada pode se alinhar à bancada evangélica em temas como a descriminalização do aborto, a defesa da honra da família e a regulamentação da união civil homoafetiva.

Apesar do crescimento, a bancada perdeu nomes expressivos como Alberto Fraga (DEM-DF), que se candidatou ao governo do Distrito Federal e não logrou êxito, Laerte Bessa (PR-DF), que tentou reeleição sem sucesso, Cabo Daciolo (Patri-RJ) e Jair Bolsonaro (PSL-RJ), ambos candidatos à Presidente da República, cujo 1º não passou do 1º turno e o outro segue na disputa no 2º turno.

No Senado Federal a bancada também aumentou. Foram eleitos 9 parlamentares. A bancada ganha força no Senado com nomes expressivos como Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), Capitão Stevenson (Rede-RS) e Major Olimpio (PSL-SP).

Mulheres

As mulheres terão também representação na bancada “linha dura”, a partir de 2019: as deputadas Edna Henrique (PSDB-PB), delegada, Major Fabiana (PSL-RJ) e Policial Kátia Sastre (PR-RJ), ambas policiais militares, além das senadoras Soraya Thronicke (PSL-MS), advogada e empresária e a Juíza Selma Arruda (PSL-MT).

A bancada de Segurança Pública chegará ao Congresso fortalecida e, certamente, irá atuar em parceria com outras bancadas de perfil conservador como a Ruralista e a Evangélica. Sua pauta que, inclusive tem apoio de um dos candidatos à Presidência da República, poderá ter prioridade no Congresso.

Veja a seguir as listas dos deputados e senadores que compõem a bancada, e também dos membros que estarão fora na próxima legislatura:

CÂMARA DOS DEPUTADOS (60)

PARLAMENTAR PARTIDO UF MANDATOS IDADE SITUAÇÃO PROFISSÃO
Cap. Alberto Neto PRB AM 36 Novo Policial Militar
Delegado Pablo PSL AM 42 Novo Delegado da PF
Pastor Sargento Isidóro Avante BA 56 Novo Policial Militar e Técnico em enfermagem
Profª Dayane Pimentel PSL BA 32 Nova Professora de ensino superior
Moses Rodrigues MDB CE 40 Reeleito Empresário e guarda municipal
Capitão Wagner Pros CE 39 Novo Capitão da Polícia Militar
Heitor Freire PSL CE 37 Novo Administrador e Empresário
Da Vitoria PPS ES 47 Novo Policial Militar
Dra. Soraya Manato PSL ES 57 Nova Médica
João Campos PRB GO 56 Reeleito Delegado de Polícia Civil
Delegado Waldir PSL GO 56 Reeleito Delegado da Polícia Civil
Major Vitor Hugo PSL GO 41 Novo Servidor Público Federal
Aluísio Mendes PODE MA 57 Reeleito Policial Federal
Mauro Lopes MDB MG 82 Reeleito Empresário e Bacharel em Direito (Policial Rodoviário Federal aposentado)
Dr. Frederico Patri MG 41 Novo Bombeiro Militar
Subtenente Gonzaga PDT MG 56 Reeleito Sub-Tenente da Polícia Militar
Misael Varella PSD MG 59 Reeleito Empresário
Alê Silva PSL MG 44 Nova Advogada
Cabo Junio Amaral PSL MG 31 Novo Policial Militar
Charlles Evangelista PSL MG 34 Novo Servidor Público Estadual
Delegado Marcelo Freitas PSL MG 42 Novo Delegado da PF
Léo Motta PSL MG 45 Novo Cantor Gospel
Jose Medeiros Pode MT 48 Novo Policial Rodoviário Federal
Nelson Barbudo PSL MT 58 Novo Produtor Agropecuário
Delegado Eder Mauro PSD PA 58 Reeleito Delegado da Polícia Civil
Efraim Filho DEM PB 39 Reeleito Advogado
Edna Henrique PSDB PB 60 Nova Delegada
Capitão Fábio Abreu PR PI 46 Reeleito Policial Militar
Sargento Fahur PSD PR 55 Novo Policial Militar (Rotam)
Felipe Francischini PSL PR 27 Novo Advogado
Filipe Barros PSL PR 27 Novo Graduado em Direito
Paulo Ramos PDT RJ 74 Novo Advogado e Policial Militar
Carlos Jordy PSL RJ 36 Novo Servidor Público Federal
Daniel Silveira PSL RJ 36 Novo Policial Militar
Delegado Antônio Furtado PSL RJ 46 Novo Delegado
Felício Laterça PSL RJ 51 Novo Delegado da Polícia Federal
Helio Fernando Barbosa Lopes PSL RJ 49 Novo Subtenente do Exército
Major Fabiana PSL RJ 38 Nova Policial Militar
Professor Josiel PSL RJ 52 Novo Militar Reformado
Sargento Gurgel PSL RJ 38 Novo Policial Civil
General Girão PSL RN 63 Novo Militar
Coronel Chrisóstomo PSL RO 59 Novo Engenheiro
Édio Lopes PR RR 66 Reeleito Servidor Público
Nicoletti PSL RR 37 Novo Policial Rodoviário
Onyx Lorenzoni DEM RS 64 Reeleito Empresário e Médico Veterinário
Alceu Moreira MDB RS 64 Reeleito Comerciante
Jerônimo Goergen PP RS 42 Reeleito Advogado
Sanderson Federal PSL RS 49 Novo Policial Federal
Coronel Armando PSL SC 61 Novo Militar Reformado
Fábio Henrique PDT SE 46 Novo Poliical Rodoviário Federal
Tenente Derrite PP SP 34 Novo Policial Militar
Capitão Augusto PR SP 52 Reeleito Policial Militar
Policial Katia Sastre PR SP 42 Nova Policial Militar
Gilberto Nascimento PSC SP 62 Reeleito Advogado, Delegado de Polícia e Graduado em Teologia
Abou Anni PSL SP 52 Novo Policial Militar
Alexandre Frota PSL SP 55 Novo Ator
Coronel Tadeu PSL SP 53 Novo Militar
Eduardo Bolsonaro PSL SP 34 Reeleito Escrivão de Polícia Federal
General Peternelli PSL SP 64 Novo Militar
Joice Hasselmann PSL SP 40 Nova Jornalista

SENADO FEDERAL (9)

SENADORES PARTIDO UF MANDATOS VOTAÇÃO IDADE SITUAÇÃO PROFISSÂO
Eduardo Girão PROS CE 2019/2027 1.325.786 46 Novo Empresário
Marcos do Val PPS ES 2019/2027 863.359 47 Novo Instrutor de segurança
Soraya Thronicke PSL MS 2019/2027 373.712 45 Nova Advogada e Empresária
Juiza Selma Arruda PSL MT 2019/2027 678.542 55 Nova Juíza Aposentada
Capitão Styvenson REDE RN 2019/2027 745.827 41 Novo Policial Militar
Flávio Bolsonaro PSL RJ 2019/2027 4.380.418 37 Novo Empresário e Advogado
Confucio Moura MDB RO 2019/2027 230.361 70 Novo Médico
Delegado Alessandro Vieira REDE SE 2019/2027 474.449 43 Novo Delegado de Polícia Civil
Major Olimpio PSL SP 2019/2027 9.039.717 56 Novo Major da Polícia Militar

DEPUTADOS QUE SAÍRAM (17)

PARLAMENTAR PARTIDO UF SITUAÇÃO PROFISSÃO
Rocha PSDB AC Vice-Governador Policial Militar
Cícero Almeida PHS AL Deputado Estadual Empresário, Locutor e Comentarista de Rádio e TV
Marcos Reategui PSD AP Reeleição Delegado da Polícia Federal
Cabo Sabino AVANTE CE Reeleição Policial militar
Alberto Fraga DEM DF Governo Policial Militar
Laerte Bessa PR DF Reeleição Delegado de Polícia Civil
Daniel Vilela MDB GO Governo Empresário
Delegado Edson Moreira PR MG Reeleição Delegado da Polícia Civil
Laudívio Carvalho PODE MG Reeleição Jornalista e Apresentador de TV
Marcos Montes PSD MG Vice-governador Médico, Professor e Empresário
Misael Varella PSD MG Reeleição Empresário
Tenente Lúcio PR MG Reeleição Oficial da Reserva do Exército
Wilson Filho PTB PB Deputado Estadual Empresário
Delegado Francischini PSL PR Deputado Estadual Empresário e Delegado de Polícia Federal
Cabo Daciolo PATRI RJ Presidente da República Bombeiro Militar
Jair Bolsonaro PSL RJ Presidente da República Militar da Reserva
Ronaldo Benedet MDB SC Reeleição Advogado e Empresário

 

Fonte: Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar – Diap
Publicado em 18/10/2018

Congresso derruba veto ao aumento do piso salarial de agentes comunitários de saúde

Com a derrubada do veto, que aconteceu nesta quarta-feira (17), na sessão do Congresso Nacional, volta a valer o texto da MP 827, e os os agentes receberão R$ 1.250 a partir de 2019; 1.400 em 2020 e R$ 1.550 em 2021.

 

 

Deputados e senadores reunidos em sessão conjunta do Congresso Nacional decidiram derrubar o veto (VET 32/2018) do presidente Michel Temer ao piso salarial dos agentes comunitários de saúde e de combate às endemias.

Assim, voltará a valer a remuneração nacional da categoria prevista na medida provisória (MP) 827/2018, aprovada em julho pelo Congresso. A matéria segue para a promulgação.

O presidente da República sancionou a nova regulamentação profissional da categoria (Lei 13.708/2018), mas vetou os seis pontos do texto que tratavam do reajuste. Foi mantido apenas o veto que determina que, a partir de 2022, o piso seria reajustado anualmente em percentual definido na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

De acordo com o Palácio do Planalto, a matéria aprovada pelo Congresso Nacional cria despesas obrigatórias sem estimativa de impacto orçamentário e viola a iniciativa reservada ao presidente da República no que diz respeito à criação de cargos e aumento de sua remuneração.

Derrubada do veto

Senadores e deputados que usaram a palavra durante a votação da matéria defenderam a derrubada do veto. O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) e a deputada Érica Kokay (PT-DF) destacaram o compromisso do Congresso na valorização desses profissionais.

— Aprovamos aqui este reajuste até 2021, foi vetado pelo Presidente da República, mas a última palavra é do Legislativo – ressaltou Flexa.

O deputado Hildo Rocha (MDB-MA) disse que reajustar os salários dos agentes comunitários de saúde e de combate às endemias é o mesmo que aumentar o investimento em prevenção.

— Não é aumento de salário. Aqui está se falando em reequilibrar o salário desses profissionais. Sem eles não vamos conseguir controlar os diversos tipos de doenças, além de aumentar a despesa com a saúde curativa- avaliou.

O deputado Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE) lembrou que o reajuste é uma luta antiga desses profissionais.

— São cerca 300 mil agentes de comunitários e 100 mil agentes de combate às endemias no país que desde o ano de 2013 vêm lutando para que possamos ter uma legislação que garanta as suas atividades e um salário digno – defendeu.

Fonte: Senado Federal
Publicado em 18/10/2018

Campanha SUS é Vida reúne artistas, profissionais e usuários em defesa da Saúde pública

Para celebrar os 30 anos do Sistema Único de Saúde, o projeto “Direitos Sociais e Saúde: Fortalecendo a Cidadania e a Incidência Política” lançou neste domingo, 14,  a campanha SUS É VIDA.  A campanha conta com  diversos materiais, como cartazes, spots de rádio e peças para redes sociais e aplicativos.

 

 

 

O vídeo foi produzido pela TVT e conta com a participação de gestores, usuários, profissionais e artistas que vestem a camisa do SUS, como Leci Brandão, Celso Frateschi e Sérgio Mamberti. A campanha SUS é Vida é fruto do projeto “Direitos Sociais e Saúde: Fortalecendo a Cidadania e a Incidência Política”, realizado pelo Programa Justiça Econômica, com apoio da União Europeia e Agência Católica para o Desenvolvimento da Inglaterra e País de Gales (Cafod).

Assista ao vídeo clicando nele ou direto no YouTube:

Fonte: Abrasco

Lewandowski determina compensação que pode injetar R$ 20 bi na Saúde até 2036

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, considerou incorreto o cálculo do gasto mínimo do governo federal com Saúde no ano de 2016 e determinou a compensação dos valores que deixaram de ser aplicados.

 

 

A decisão, tomada na sexta-feira (05/10), dá razão a reclamação constitucional do Instituto de Direito Sanitário Aplicado (Idisa) e da Associação Nacional do Ministério Público de Contas (AMPCON) e, se mantida, poderá representar um aporte de cerca de R$ 20 bilhões para o setor até 2036.

“Mais do que uma discussão sobre porcentuais, o tema traz à tona um ponto importante: não é permitido retrocesso no custeio dos direitos fundamentais à saúde e à educação. Se a receita e a economia crescem, há um dever de gasto mínimo proporcional nesses direitos”, afirmou a procuradora do Ministério Público de Contas de São Paulo, Élida Graziane Pinto.

A discussão da reclamação constitucional do Idisa teve como ponto de partida a aplicação da Emenda Constitucional (EC) 86, de 2015. A regra alterava a lógica de cálculo do piso para financiar ações e serviços de saúde. A determinação era de que, no primeiro ano de vigência, deveria ser reservado para o setor o equivalente a 13,2% da receita corrente líquida da União. O porcentual teria um aumento paulatino, até alcançar 15% em 2020.

“A regra representou, no entanto, uma perda importante para o setor, uma vez que, em 2015, havia sido destinado proporcionalmente para a Saúde o equivalente a 14,8% da Receita Corrente Líquida (RCL)”, argumentou Élida. Somente no primeiro ano, a perda com a aplicação da EC 86 seria aproximadamente de R$ 2 bilhões, calcula.

A decisão tem um impacto significativo para o financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS). A alteração do orçamento de 2016 traz reflexos também para o montante reservado para saúde em 2017. Um ano fundamental, uma vez que ele é considerado a base de cálculo para uma outra regra, a que fixou o congelamento de gastos. Determinada pela Emenda Constitucional 95, ela determina que o piso para o setor é calculado com base nos 15% da Receita Corrente Líquida de 2017, corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A regra vale até 2036.

Foi diante desse quadro que o Idisa e a Associação Nacional do Ministério Público de Contas ingressaram com a reclamação constitucional. “Os tempos são difíceis, mas é preciso comemorar as pequenas vitórias, especialmente porque nos trazem os fundamentos jurídicos necessários para vencermos a luta contra a EC 95 – a do congelamento do orçamento. O reconhecimento pelo STF do princípio da vedação ao retrocesso será fundamental para assegurarmos a não redução dos recursos necessários à garantia do direito à saúde. Essa é a nossa esperança”, afirmou o advogado do Idisa, Thiago Campos.

“Essa decisão do ministro Levandowski é histórica para o SUS e para o seu financiamento. Ela confirma a tese de que não pode haver redução de recursos do SUS, motivado por uma mudança de regra do cálculo do piso constitucional. Isso confirma o princípio da vedação do retrocesso, ou seja, uma nova regra constitucional não pode reduzir recursos comparativo à regra que vigia anteriormente”, afirma o consultor da Comissão Intersetorial de Orçamento e Financiamento (Cofin) do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Francisco Funcia.

Funcia ainda reitera que a decisão do ministro confirma a tese que o CNS entendeu como correta, na interpretação da Emenda Constitucional 95, de que o piso de 15% da Receita Corrente Líquida já estava valendo a partir de 2016. “Esse foi um dos pontos que fez com o que o CNS reprovasse o Relatório Anual de Gestão (RAG) de 2016, do Ministério da Saúde”, completa.

Fonte: SUSConecta
Publicado em 15/10/2018

A Saúde pela democracia: em defesa dos direitos e da vida

Entidades, organizações e lideranças lançam manifesto em defesa do SUS, e dos programas públicos de saúde ameaçados nestas eleições. Leia, divulgue e assine o manifesto.

 

 A SAÚDE e as nossas VIDAS correm riscos.

Em função de nossas responsabilidades com a defesa da Saúde e da Vida fazemos um alerta a respeito dos graves Riscos que pairam sobre a nossa recente democracia e ao conjunto dos direitos do Povo Brasileiro. Em segundo turno das eleições presidenciais temos dois CAMINHOS, que são apresentados à sociedade brasileira. Cabe-nos neste momento denunciar que, um destes projetos despreza a democracia e apresenta orientação discriminatória, quando propõe abertamente a segregação e até o extermínio de povos e de parcelas da população, que são excluídas do que consideram como “cidadão do bem”.

No mesmo rumo de Temer, este projeto trata a saúde e a educação como negócios lucrativos e que, não devem ser questões de Estado. Apresenta compromisso com interesses econômicos privados e estrangeiros, em detrimento dos interesses do povo e da nação brasileira. Propõe uma agenda de abertura total, para satisfazer o uso e aplicação de agrotóxicos e a privatização das fontes de Energia e Minérios, o que levará a um encarecimento dos serviços básicos de água, luz, gás, dentre outros.

Um projeto com características nitidamente racista, misógino e machista, que é apoiado e financiando pelos interesses econômicos ligados ao mercado financeiro nacional e internacional e que se coloca contra os Direitos ao Trabalho e ao Emprego, à Educação e Saúde para todos. Não defendem a Segurança Alimentar da população e Propõe o fim dos Programas de Proteção Social às famílias, tais como, o SAMU, Saúde da Família, Brasil Sorridente e o Programa Mais Médicos.

Alertamos, ainda, que o uso da violência, do ódio, da intolerância, como armas políticas é capaz de afastar amigos, dividir famílias e provocar doenças, mortes e infelicidade. É visível o aumento do numero de casos e tentativas de suicídio, de mortes de mulheres, jovens negros e lgbti. Conclamamos a todos trabalhadores e trabalhadoras da saúde e usuários e usuárias do SUS a não aceitarem este caminho, que irá fragilizar ainda mais a nossa saúde pública, além de retirar direitos e conquistas sociais importantes como o férias, Décimo Terceiro e Aposentadoria, em particular dos trabalhadores e das trabalhadoras que atuam nos serviços públicos, assim como, para as mulheres e a juventude.

O outro Caminho é representado pela defesa da Vida, com mais liberdade e dignidade de viver, em harmonia, com democracia e participação, com Trabalho, Emprego e Saúde, com a retomada da economia com a garantia de direitos e com a revogação das medidas antidemocráticas do Temer como a Emenda Constitucional, EC- 95 (que limita os investimentos em saúde e políticas sociais) e que somente retirou direitos do povo trabalhador. A defesa da vida é o primeiro valor da humanidade, que diferencia o ser humano das demais espécies. Quem defende o SUS e a Saúde Pública de qualidade defende a vida!

DEFENDER A SAÚDE E O SUS É DEFENDER A VIDA!

Entidades, Movimentos Sociais e Fóruns do Controle do SUS, 11 de outubro de 2018

Para assinar o manifesto envie o nome da entidade ou seu nome para Email: [email protected] ou [email protected]

CNS publica relatório da Conferência Nacional de Vigilância em Saúde

Confira o Relatório Final da 1ª Conferência Nacional de Vigilância em Saúde (CNVS), realizada entre os dias 27 de fevereiro e 2 de março de 2018, com a participação de 1820 conferencistas de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal.

 

 

Conselheiros de saúde, delegados, participantes livres e convidados definiram as diretrizes para a Política Nacional de Vigilância em Saúde, considerada um marco histórico na construção de políticas para o Sistema Único de Saúde (SUS). O evento foi organizado pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) e foi mais uma etapa preparatória para a 16ª Conferência Nacional de Saúde, agendada para julho de 2019.

Acesse o documento na íntegra

Fonte: Conselho Nacional de Saúde
Publicado em 09/10/2018

Justiça usa CNS como referência para anular patente para medicamento de Hepatite C

A Justiça Federal deferiu, na última sexta (28/09), pedido de liminar da Defensoria Pública da União (DPU) para a anulação da patente do fármaco antiviral Sofosbuvir (Sovaldi) que estava favor de empresas norte-americanas. Isso significa que agora a empresa não terá mais exclusividade na fabricação do medicamento.

 

 

Sendo assim, a expectativa é que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Blanver (empresa brasileira) possam continuar a produzir o medicamento genérico usado no tratamento da Hepatite C, distribuído pelo Sistema Único de Saúde (SUS) desde o ano de 2015. Para a decisão, foram utilizadas referências os recentes posicionamentos públicos do Conselho Nacional de Saúde (CNS) sobre o tema, além da Recomendação nº 7/2017 do CNS.

O documento do CNS solicita ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) que leve em consideração os interesses da saúde pública no Brasil para que o medicamento pudesse ser produzido no país. Na nota publicada em 18 de setembro, o CNS “reafirma seus valores em defesa da soberania nacional e vai mobilizar todos os recursos políticos, técnicos e jurídicos para preservar o interesse da saúde pública do povo brasileiro”.

Leia a decisão na íntegra

Fonte: Conselho Nacional de Saúde­­­
Publicado em 04/10/2018