As negociações, iniciadas em Abril deste ano, e que deflagraram mobilizações após recorde histórico de participação, chegaram ao fim com a homologação da CCT que garante reajuste salarial de 10% para todos os farmacêuticos.
A data base de 1 de maio permanece inalterada o que garante à categoria a retroatividade e manutenção de todos os direitos acordados anteriormente.
A Diretoria do SINFARCE acredita que essa é uma grande vitória e atribui o sucesso das negociações as importantes mobilizações da categoria.
Essa mobilização servirá, segundo a Diretoria, de exemplo para futuros acordos.
Veja abaixo as conquistas asseguradas na CCT!
– Reajuste Salariais de 10% (dez por cento);
– Novo texto garantindo o adicional para os Farmacêuticos que laboram e valorizando a categoria que atua na área;
– Inclusão de Cláusula no que tange ao Trabalho Farmacêutico Decente e que está em consonância com a Organização Internacional do Trabalho.
O resultado favorável ao profissional farmacêutico, garantindo e ampliando importantes direitos, só foi possível graças ao empenho dos farmacêuticos, participando das Assembleias, mobilizações e reuniões.
Confira, a seguir, histórico dos encontros que garantiram a vitória na CCT deste ano!
Histórico da negociação
– Primeira Assembleia realizada dia 4 de abril;
– Segunda Assembleia realizada dia 4 de julho;
– Terceira assembleia realizada Dia 5 de Setembro;
– Mobilização em frente à sede do SINDHEF – 12 de Setembro;
– Quarta assembleia realizada dia 23 de setembro;
– Data da homologação da CCT 14 de novembro de 2016.
Clique aqui e confira a íntegra do documento:http://issuu.com/simmetria/docs/cct_2016_sindhef/1
Fonte: Sinfarce
Farmacêuticos de PE decidem por unanimidade ir para o dissídio
Por unanimidade, os farmacêuticos do segmento de Farmácias e Drogarias de Pernambuco decidiram levar a Convenção Coletiva de Trabalho 2016 para o dissídio. A decisão foi votada na noite dessa quarta-feira, 16, em Assembleia Geral Extraordinária, realizada pelo Sindicato dos Farmacêuticos em Pernambuco (Sinfarpe), no estacionamento do Conselho Regional de Farmácia (CRF-PE). A justiça agora é quem vai decidir o que não foi acordado em nenhuma das seis reuniões e duas mediações na Procuradoria Regional do Trabalho (PRT) com o Sincofarma, que representa o patronato.
A presidente do Sinfarpe, Veridiana Ribeiro, elencou todos os pormenores das rodadas de negociação e a pressão dos patrões para não atender às cláusulas da CCT. Na sexta e última reunião, ocorrida na terça-feira, 1º de novembro, também no CRF-PE, o patronato apresentou uma contraproposta de 10% de reajuste em troca da flexibilização da carga horária, ou seja, aceitou aumentar os salários desde que os profissionais perdessem a jornada de 30 horas.
A presidente do Sinfarpe disse não à contraproposta, e os representantes do Sincofarma aceitaram ir para o dissídio. Tudo o que foi discutido nesta reunião foi apresentado na Assembleia dessa quarta, 16. “Era importante que a categoria participasse e avaliasse todo o processo de negociação com o patronato para conhecer as dificuldades que tivemos em dialogar com os patrões e saber que eles não estão dispostos a conceder os direitos da categoria. Por isso, chamamos a Assembleia e colocamos em votação. Todos concordaram. Agora, vamos esperar a Justiça decidir”, enfatizou Veridiana.
Participaram da reunião, representando o Sinfarpe, os diretores: Veridiana Ribeiro, Maria José Tenório, Marise Matwijszyn e Rodrigo Sales, além do assessor jurídico, Josenildo Araújo. O CRF-PE, mais uma vez reiterou seu apoio ao Sinfarpe, com as presenças da presidente, Gisêlda Lemos, e da vice, Joyce Nunes, que elogiaram a participação expressiva da categoria e o trabalho realizado pela entidade sindical em defesa dos profissionais farmacêuticos no Estado.
Fonte: Sinfarpe
Trabalhadores e trabalhadoras pregam união contra retrocessos sociais
As forças políticas e sociais compromissadas com a defesa do direito à saúde devem estar articuladas para barrar o avanço de políticas que representem um retrocesso nos avanços conquistados na Constituição Federal. Essa foi a tônica, nesta quarta-feira (16/11), dos discursos da abertura do 7° Encontro Nacional das Comissões Intersetoriais de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (CISTT), promovido pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) na Universidade Federal do Estado do Maranhão (UFMA), em São Luís.
“O recado que nós demos foi que há a necessidade de que essas forças se articulem, se fortaleçam e tomem iniciativas para não permitir que nenhum retrocesso aconteça, tanto do ponto de vista da saúde quanto do trabalho do povo brasileiro, no momento em que tudo isso está sob ameaça”, afirmou o presidente do CNS, Ronald Santos.
Ele se referiu a uma série de propostas e medidas encaminhadas pelo governo federal, como, por exemplo, a reforma da Previdência, mudanças nas leis trabalhistas e a PEC 55, em tramitação no Senado. Já aprovada na Câmara como PEC 241, ela prevê o congelamento dos gastos da União por 20 anos. “A articulação entre saúde e outros direitos dos trabalhadores é o que mais seriamente está ameaçado com as mudanças na Constituição que estão sendo propostas, as reformas que estão sendo propostas. Essa é a principal demanda que o povo brasileiro tem apresentado no debate político. Foi assim, por exemplo, nas eleições municipais, que colocaram a saúde como uma das questões centrais”, disse Ronald Santos.
Quanto à PEC 55, que ele próprio batizou como “PEC da Morte”, Ronald afirmou que sua eventual promulgação representaria a “liquidação do SUS e o fim das políticas voltadas à garantia da saúde dos trabalhadores”.
Em seu discurso Ronald reforçou que o encontro realizado no Maranhão “é uma expressão da democracia participativa para fazer a resistência”.
O 7º Encontro acontece no Espaço Paulo Freire, e o presidente da Fenafar e do CNS, Ronald, fez uma homenagem ao educador brasileiro, lembrando de uma frase de Paulo Freire “que marca o espírito do CNS nos últimos anos, neste caminho para enfrentar a dura realidade de incertezas. Dizia Paulo Freire: ‘É necessário unir os divergentes para combater os antagonistas’. No campo sindical, a disputa, o conflito e a dificuldade para enfrentar a unidade é sério, só que a conjuntura exige unidade e compromisso, porque o que está em jogo é o processo civilizatório, estão tentando rasgar a Constituição de 88 e o principal prejudicado é o trabalhdor, a mulher, a população negra, são os excluídos que cada vez serão mais excluídos. Em torno da agenda da saúde temos que construir a resistência. Democracia participativa se expressa nos conselhos de saúde e nas conferências é nessa aposta que nós conclamamos da democracia participativa da saúde do trabalhador a se envolver”, disse.
Desafios
O 7º Encontro Nacional das Comissões Intersetoriais de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (CISTT) vai até a sexta-feira (18/11), com cerca de 450 participantes. São representantes das Comissões Estaduais e Municipais de Saúde do Trabalhador, dos Conselhos de Saúde e dos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest).
O evento tem o objetivo de discutir os desafios da atual conjuntura para a atuação do controle social e contribuir para a implementação da Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, voltada à promoção de um ambiente livre de doenças e acidentes de trabalho. O encontro é também uma etapa preparatória para as conferências nacionais da Saúde das Mulheres e de Vigilância em Saúde, a serem realizados pelo CNS em 2017.
Os trabalhos desta quarta-feira foram iniciados com a conferência magna “O SUS do tamanho da necessidade do povo brasileiro”, que contou com palestras do presidente do CNS, Ronald Santos, e do ex-ministro da Saúde Agenor Álvares. Em suas explanações, ambos defenderam a permanência do SUS como um sistema público, gratuito e universal, acessível à toda a população.
Da redação com SUSConecta
Advogados do Sinfarce falam sobre decisão do STF de suspender a ultratividade
Advogados do SINFARCE comentam decisão do STF na ADPF 323 que suspende aplicação da ultratividade dos acordos e convenções coletivas de trabalho
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu medida liminar para suspender todos os processos e efeitos de decisões no âmbito da Justiça do Trabalho que discutam a aplicação da ultratividade de normas de acordos e de convenções coletivas. Esses processos, agora paralisados, devem aguardar decisão final do Supremo Tribunal Federal.
A ultratividade das normas coletivas de trabalho, garantida por meio da Súmula 277 do TST, é um importante dispositivo de proteção trabalhista para efetivação das normas previstas nos Acordos e/ou Convenções Coletivas. Segundo o enunciado, o convencionado nesses instrumentos, resta incorporado ao contrato de trabalho individual e deve perdurar até que novo acordo ou convenção coletiva seja firmado.
A suspensão dos processos e decisões que discutem a ultratividade das normas coletivas abrem, assim acreditamos, delicado precedente que pode gerar grave prejuízo ao trabalhador que ficará sem a cobertura das Convenções e Acordos até nova negociação, deixando ao encargo do empregador a decisão de manter ou não as garantias anteriormente convencionadas.
Outro aspecto a ser considerado, refere-se às dificuldades, já inerentes, na negociação entre empregadores e empregados; receamos aumento na resistência às negociações.
A legislação trabalhista e os instrumentos coletivos de trabalho amparam, dão condições e equilibram as relações de trabalho; é conjunto de normas de grande relevância para as justas relações em âmbitos profissionais.
Acreditamos que as normas coletivas de trabalho são relevantes dispositivos para ampliação de direitos. Portanto, atuam como reduto dos direitos dos trabalhadores, dando expansão, de maneira positiva e elogiável, aos preceitos da Constituição e CLT.
Assim, reafirmamos o valor do princípio da ultratividade das normas coletivas de trabalho no equilíbrio das relações trabalhistas.
Leia íntegra da decisão no site do STF: http://migre.me/vgAUP
Fonte: Sinfarce
Algumas formalidades essenciais às negociações coletivas
O advogado do Sindicato dos Farmacêuticos de Pernambuco, Leniro Rodrigues, assina artigo detalhando algumas exigências que os sindicatos precisam observar para realizar as negociações coletivas. Leia na íntegra
Sempre que iniciamos a campanha salarial, em assembleia, elencamos várias cláusulas sociais e econômicas, contudo, devemos estar atentos a algumas formalidades inerentes à negociação, para a categoria não sofrer prejuízos em eventual instauração de dissídio ou mesmo questionamentos em ações anulatórias de acordos e convenções coletivas de trabalho.
Não pretendemos esgotar toda as questões que envolvem a negociação, nem fazer um estudo aprofundado do tema, mas apenas chamar a atenção a três aspectos importantíssimos da negociação.
O primeiro deles é a inserção de todas as cláusulas reivindicatórias no corpo da ata da assembleia, tal orientação não é recente. Vejamos a orientação jurisprudencial Seção de Dissídios Coletivos nº. 8:
OJ-SDC-8 DISSÍDIO COLETIVO. PAUTA REIVINDICATÓRIA NÃO REGISTRADA EM ATA. CAUSA DE EXTINÇÃO.Inserida em 27.03.1998
A ata da assembléia de trabalhadores que legitima a atuação da entidade sindical respectiva em favor de seus interesses deve registrar, obrigatoriamente, a pauta reivindicatória, produto da vontade expressa da categoria.
Em que pese tal entendimento não ser hodierno, vários sindicatos ainda pecam em não inserir a pauta reivindicatória na ata da assembleia, neste sentido, vejamos recente julgado do Tribunal Superior do Trabalho:
EMENTA: DISSÍDIO COLETIVO. LEGITIMIDADE. ATA DA ASSEMBLEIA GERAL. A ata da assembleia geral dos trabalhadores constitui documento indispensável à propositura do dissídio coletivo, porquanto expressa autorização da categoria à instauração da demanda pela entidade sindical (CLT, art. 859). Por constituir autorização pela assembleia geral, aludida ata deve expressar a transcrição da pauta de reivindicações da categoria. O descumprimento dessa formalidade essencial implica ausência de legitimidade do suscitante, nos termos da Orientação Jurisprudencial n. 8 da SDC do c. TST. Dissídio coletivo extinto sem julgamento do mérito, por unanimidade. (TRT-24 00240261520165240000, Relator: JOAO DE DEUS GOMES DE SOUZA, TRIBUNAL PLENO, Data de Publicação: 05/08/2016)
Assim, deve-se inserir todas as reivindicações na ata da assembleia, sob pena de o Tribunal Regional do Trabalho sequer conhecer um futuro dissídio coletivo.
Outra formalidade essencial é a lista de presença, vejamos aresto do TST de meados deste ano:
RECURSO ORDINÁRIO DA FEDERAÇÃO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS DE ALIMENTAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO – FETIASP. DISSÍDIO COLETIVO DE NATUREZA ECONÔMICA. ILEGITIMIDADE ATIVA. PAUTA DE REIVINDICAÇÕES. APROVAÇÃO PELA CATEGORIA PROFISSIONAL EM ASSEMBLEIA. NÃO COMPROVAÇÃO. A representação dos sindicatos para instauração de dissídio coletivo fica subordinada à aprovação de assembleia da qual participem os associados interessados na solução do dissídio coletivo, conforme regras estabelecidas no art. 859 da CLT. Na hipótese de a representação se dar por Federação, cuja legitimidade se dá em caráter sucessivo (art. 611, § 2º, da CLT), segue-se a mesma regra. No caso , apesar de constar dos autos a ata da assembleia realizada em 18.12.2013, bem como o edital de sua convocação, não foi comprovada a presença de qualquer número de trabalhadores na referida assembleia, não tendo sido colacionada qualquer lista de presença com os nomes dos membros da categoria profissional que, porventura, tenham ali comparecido. Desse modo, torna-se inviável aferir se, de fato, as pretensões formuladas na mencionada assembleia representaram a vontade da categoria. Registre-se que, ainda que se concedesse prazo à Suscitante para sanar essa irregularidade, isso não seria suficiente para tornar a FETIASP parte legítima para a instauração do presente dissídio, visto que o elenco de reivindicações constante da referida ata não corresponde à pauta de reivindicações apresentada, posteriormente, pela Suscitante, em juízo . Essa falta de correspondência torna patente a ausência de legitimidade da Federação Suscitante para o ajuizamento do presente dissídio, uma vez que as reivindicações por ela apresentadas sequer foram aprovadas em assembleia pela categoria profissional. Assim, deve ser mantida a extinção do feito sem resolução do mérito, nos termos do art. 485, VI, CPC/2015, dada a ilegitimidade ativa da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação e Afins do Estado de São Paulo – FETIASP. Recurso ordinário desprovido. (TST – RO: 10013391020145020000, Relator: Mauricio Godinho Delgado, Data de Julgamento: 13/06/2016, Seção Especializada em Dissídios Coletivos, Data de Publicação: DEJT 17/06/2016)
Como se infere do Acórdão supracitado, algo que parece simples, pode tornar inócuo todo o esforço empreendido durante a negociação. Então devemos está atentos a todas as formalidades.
Por fim, apontamos uma terceira observação muito importante. É a exigência da ata de Assembleia do Sindicato Patronal, pois o Artigo 612 da CLT, aduz que “Os Sindicatos só poderão celebrar Convenções ou Acordos Coletivos de Trabalho, por deliberação de Assembléia Geral especialmente convocada para êsse fim…” .
Sabemos que da elaboração da proposta a ser apresentada ao sindicato patronal, ao registro do acordo ou convenção no Ministério do Trabalho e Emprego há uma série de procedimentos e normas que devem ser observadas, atendo-se o presente texto a pontuar três tópicos que podem anular a norma coletiva ou mesmo impedir o conhecimento de um Dissídio Coletivo de Trabalho.
*LENIRO RODRIGUES, é advogado trabalhista
Sindifars atuante na greve dos hospitais
O Sindifars segue atuante na greve organizada pelos sindicatos de trabalhadores na área da saúde. Nesta quinta-feira (10/11), foi realizada caminhada do Hospital Conceição até o Hospital Cristo Redentor. A diretora do Sindifars, Lísia Hausen Gabe, representou a entidade. Os sindicatos querem reajuste salarial com base na inflação do ano passado (9,95%) e a patronal nega o pedido.
“Há 18 sindicatos unidos para o pedido de reposição salarial. O Sindihospa ofereceu apenas 6%. O movimento grevista também é contra a PEC 55 e o que poderá ser restringido daqui a 20 anos. É de extrema importância a união multiprofissional neste momento”, defendeu Lísia.
Nesta sexta-feira (11/11), haverá assembleia em frente ao Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), às 13h30min, com possibilidade de nova caminhada e paralisação da avenida Assis Brasil, como ocorreu nesta quinta-feira.
Fonte: Sindifars
Projeto cultural Cine Sinfarmig distribui ingressos para farmacêuticos no mês de novembro
O Sindicato dos Farmacêuticos de Minas Gerais – Sinfarmig oferece os últimos ingressos de 2016 no mês de novembro do Projeto Cine Sinfarmig. A promoção é válida para todos os farmacêuticos sindicalizados que curtem uma boa sessão de cinema.
A parceria entre o Sinfarmig e o Cinema Belas Artes já dura décadas e quem quiser prestigiar pode passar na sede do Sindicato para retirar gratuitamente o seu par de ingressos. Os farmacêuticos poderão escolher qualquer sessão que estiver em cartaz, sem restrições de dias e horários.
As cortesias são limitadas, mas cada sindicalizado tem direito a dois convites não cumulativos de um mês para o outro. Os interessados devem comparecer ao Sinfarmig e apresentar documento de identificação de segunda a sexta-feira, das 9 às 18h.
A distribuição de ingressos faz parte do projeto CINE SINFARMIG, convênio com o Cinema Belas Artes que busca levar cultura e entretenimento a categoria.
Confira a programação das salas em http://migre.me/ubZih
Serviço:
Cinema Belas Artes
Rua Gonçalves Dias, 1581
Tel.: (31) 3273-3229
Fonte: Sinfarmig
Sinfarmig visita e apóia ocupação dos estudantes na Faculdade de Farmácia da UFMG
Aulões, palestras, oficinas e atividades políticas e culturais. Esse é o cenário da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). As aulas teóricas ou em laboratórios deram lugar a ações e assembleias que passaram a fazer parte da rotina dos estudantes que protestam contra a PEC 55 (antiga PEC 241) que agora tramita no Senado Federal. Para os alunos da ocupação, a Proposta legaliza a retirada de direitos constitucionalmente garantidos à população. Além de representar uma ameaça direta ao Sistema Único de Saúde (SUS), levando a um desmonte progressivo da saúde pública.
O diretor do Sindicato dos Farmacêuticos de Minas Gerais (Sinfarmig) e da Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar), Rilke Novato, visitou a ocupação nesta terça-feira, 08/11 e declarou apoio ao movimento dos estudantes. Segundo ele, é importante que a sociedade de modo geral não se acomode com os retrocessos perigosos que estão sendo impostos pelo atual governo. “Somos contra a PEC 55 e favoráveis a esse movimento pacífico de resistência dos alunos. Estamos impressionados com a organização e a mobilização deles”, ressaltou o diretor.
A ocupação da Faculdade de Farmácia no campus Pampulha da UFMG teve início dia 04/11, após três assembleias realizadas entre os estudantes e professores. Embora as atividades acadêmicas tenham sido suspensas, a programação é intensa e a organização feita por comissões é direcionadas a atividades culturais e políticas.
O protesto cresce em todo o país, prova disso é que mais de 170 universidades já estão ocupadas. Na UFMG, 18 prédios onde funcionam diferentes cursos estão sem aulas e dão lugar a atividades diárias de protesto contra a aprovação da PEC 55.
Mas a disposição e a determinação dos manifestantes é testada o tempo todo tanto por colegas de curso que não apóiam a iniciativa por motivos pessoais ou políticos, quanto por movimentos mais radicais como o MBL e o Desocupa UFMG.
Para além das ameaças e agressões, o que os estudantes mobilizados querem é ampliar o debate, unir forças e buscar o apoio da comunidade. Para isso, tentam conseguir doações para preparar um material explicativo sobre as ocupações a ser distribuído nas imediações do campus.
O recado dos estudantes é “é de fundamental importância a sociedade saber que a luta é por um projeto de país sem perda de direitos, é bom que todos saibam que não vamos desistir”. Os contatos com os representantes da ocupação e para doações podem ser feitos pelo [email protected]
Fonte: Sinfarmig
Entidades do Movimento Social lançam Carta Aberta contra a PEC 55
Dezenas de entidades do movimento social brasileiro denunciam as graves consequências que a aprovação da PEC 55 (ex-PEC 241) poderá trazer à sociedade. Fenafar, Escola Nacional dos Farmacêuticos e outras entidades farmacêuticas assinan a nota. Leia abaixo na íntegra:
Carta Aberta
#nãoPEC241
#nãoPEC55No momento em que o país atravessa uma grave crise política e institucional, avançam no Congresso Nacional e no Poder Executivo propostas que atentam contra direitos trabalhistas e sociais, que se aprovadas e implementadas representarão um perigoso retrocesso para a sociedade.
Dentre as medidas que estão em debate, a PEC no. 241 (neste momento PEC 55, no Senado Federal) – que congela os investimentos do Estado por 20 anos em Saúde, Educação e outras áreas sociais – representa a morte do Sistema Único de Saúde (SUS) e, consequentemente, o agravamento dos problemas de saúde e saneamento, bem como o fim da educação pública brasileira e o desmantelamento de políticas públicas.
Conforme informações de especialistas, com aprovação desta PEC, estima-se uma perda de R$ 400 bilhões de reais nos próximos 20 anos para o SUS. E ao lado desta PEC, o governo estuda a criação de Planos de Saúde Populares para substituir o SUS, num flagrante desrespeito à Constituição, já que a Carta Magna reconhece a Saúde como Direito de Todos e Dever do Estado.
Para a educação, como a proposta prevê cortes e congelamentos, além do fim dos concursos públicos, teremos o desmonte das instituições públicas de ensino e um futuro no qual só poderão ter acesso à educação os estudantes cujos pais possam pagar pelo acesso ao curso superior, por exemplo. Ou seja, representa a extinção da educação pública brasileira. Tal afirmativa se sustenta, também, no cálculo de especialistas de que R$ 24 bilhões de reais poderão deixar de ser investidos por ano em educação.
E o funcionalismo público também será atingido com a aprovação destes termos previstos neste ajuste fiscal. Caso o limite de gastos seja descumprido por um dos três Poderes ou por um órgão, o mesmo não poderá conceder aumentos para seus funcionários nem realizar concursos públicos. Outras sanções são impedir a criação de bônus e mudanças nas carreiras que levem a aumento de despesas. Há também consequências que não são citadas na PEC, mas podem vir após sua implementação, como o congelamento de salários e redução ou mesmo a suspensão dos concursos públicos.
Quando a discussão são os direitos trabalhistas, a primazia do “negociado sobre o legislado” ataca direitos como férias, 13º salário, licenças maternidade e paternidade entre outros. O desmonte da estrutura do Ministério do Trabalho e da Justiça do Trabalho, através do sucateamento de sua estrutura e a Reforma da Previdência é outra medida que penaliza o trabalhador e a trabalhadora, com o flagrante alinhamento de setores do judiciário, que através de decisões reforçam a retirada de Direitos dos Trabalhadores, a exemplo de deliberações do STF, contra o princípio da ultratividade, contido na Súmula n° 277, que garante a manutenção das conquistas obtidas em Convenções Coletivas de Trabalho anteriores, o que certamente terá impacto nas negociações coletivas de todos os trabalhadores brasileiros, como o corte de ponto e salários aos servidores públicos que entrarem em greve.
Nós, abaixo assinados, nos posicionamos veementemente em defesa da democracia, da Constituição Federal e pelo fortalecimento das políticas públicas. Por isso, nos manifestamos contra essas medidas propostas como ajuste fiscal, porque representam um retrocesso para o país e para todo o povo brasileiro.
Associação dos Servidores do GHC (Aserghc)
Associação Brasileira da Rede Unida
Associação Brasileira de Educação Farmacêutica
Associação Cultural José Martí/RS
Associação de Trabalhadores em Educação do Município de Porto Alegre (ATEMPA)
Associação dos Sindicatos de Trabalhadores Rurais da Regional Fronteira
Associação Nacional de Pós Graduandos (ANPG)
Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras/RS
Centro Acadêmico de Nutrição Pedro Escudero / UFRGS (CANPE/UFRGS)
Coletivo dos Residentes (RIS/GHC)
Confederação Nacional das Associações de Moradores (Conam)
Conselho Estadual de Saúde/RS (CESRS)
Conselho Municipal de Saúde de Porto Alegre (CMSPOA)
Diretório Acadêmico da Escola de Enfermagem da UFRGS (DAEE/UFRGS)
Diretório Acadêmico da Faculdade de Farmácia da UFRGS
Escola Nacional dos Farmacêuticos
Executiva Nacional dos Estudantes de Farmácia
Federação dos Empregados no Comércio de Bens e Serviços do Rio Grande do Sul (Fecosul)
Federação Gaúcha das Associações de Moradores (Fegam)
Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar)
Fórum em Defesa do SUS/GHC
Frente Gaúcha da Escola sem Mordaça
OCUPA SUS
Sindicato das Secretárias e dos Secretários no Estado do Rio Grande do Sul (Sisergs)
Sindicato dos Assistentes Sociais do Rio Grande do Sul (Sasers)
Sindicato dos Empregados de Ijuí
Sindicato dos Empregados no Comércio de Farroupilha
Sindicato dos Empregados em Empresas Exibidoras, Distribuidoras e Produtos de Filmes e Vídeos
Cinematográficos do Rio Grande do Sul (Seecergs)
Sindicato dos Enfermeiros do Rio Grande do Sul (Sergs)
Sindicato dos Farmacêuticos no Estado do Rio Grande do Sul (Sindifars)
Sindicato dos Fonoaudiólogos do Rio Grande do Sul (SindfonoRS)
Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa)
Sindicato dos Nutricionistas do Rio Grande do Sul (Sinurgs)
Sindicato dos Profissionais de Enfermagem, Técnicos, Duchistas, Massagistas e Empregados em
Casas de Saúde do Rio Grande do Sul (Sindisaúde)
Sindicato dos Psicólogos no Estado do Rio Grande do Sul (Sipergs)
Sindicato dos Técnicos de Segurança do Trabalho do Rio Grande do Sul (Sinditest RS)
Sindicato dos Técnicos, Tecnólogos e Auxiliares em Radiologia Médica do Estado do Rio Grande do
Sul (Sinttargs)
Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Bagé
Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Uruguaiana
Sindicomerciários de Montenegro
União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes)
União Brasileira de Mulheres/POA
União Brasileira de Mulheres/RS
União da Juventude Socialista (UJS)
União das Associações de Moradores de Porto Alegre (Uampa)
União de Negras e Negros pela Igualdade (Unegro)
União Nacional dos Estudantes (UNE)
Fenafar realiza curso de formação sindical em Minas Gerais
Nos dias 4 e 5 de novembro, a Federação Nacional dos Farmacêuticos – Fenafar realizou um Curso de Formação Sindical para a diretoria do Sindicato dos Farmacêuticos de Minas Gerais – Sinfarmig.
A iniciativa, considerada um dos pontos definidos como estruturantes, foi aprovada durante o Planejamento Estratégico da Gestão da Fenafar, realizado em março de 2016. Estão programados até agosto de 2018 várias iniciativas de formação em parceira com o Centro de Estudos Sindicais e do Trabalhador – CES, em todos os sindicatos da base da Fenafar.
Em Belo Horizonte, o curso foi realizado no auditório do Sinfarmig, e contou com a presença de diretores da nova gestão (2016/2018), além dos funcionários da entidade. Entre os assuntos abordados A Origem do Sindicato e a História do Movimento Sindical Brasileiro, que foi apresentado pelo historiador Renato Bastos. A professora Celina Arias falou sobre as Negociações Coletivas com a colaboração da diretora de Organização da Fenafar, Debora Melecchi. As “Concepções Sindicais’’ foram destacadas pelo professor Adelmo Rodrigues.
Para a diretora da Fenafar e do Sinfarmig, Júnia Lelis, o curso cumpriu o objetivo de qualificar e orientar os participantes sobre a importância do enfrentamento às adversidades do mundo sindical. Para ela, a capacitação dos diretores sobre as estratégias para superar os desafios das negociações trabalhistas é fundamental, sobretudo, num momento conjuntural adverso. “Entendemos que a formação para uma atuação mais eficaz no movimento sindical em nível estadual e nacional deve ser permanente e sempre contextualizada” defende Júnia Lelis.
Além dos diretores e funcionários do Sinfarmig estiveram presentes diretores convidados representando o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde- SIND-SAÚDE dos Municípios de Betim, Igarapé, São Joaquim de Bicas e Ibirité, e da Federação dos Diabéticos de BH e região, além de farmacêuticos que atuam no ramo de farmácias e drogarias.
Na avaliação final, os participantes aprovaram a abordagem feita no curso que procurou mesclar a realidade da conjuntura nacional e o histórico das lutas sindicais. Para o diretor do Sinfarmig e da Fenafar, Rilke Novato, o conteúdo é importante porque nos remete à profundas e sérias preocupações quanto ao destino das entidades sindicais e das conquistas trabalhistas alcançadas ao longo das décadas. “Mais do que nunca precisamos nos manter mobilizados para resistirmos e impedirmos retrocessos já em andamento que podem ser adotados pelo governo golpista com o apoio de um poder judiciário reacionário”, alerta.
Fonte: Sinfarmig